sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Sob Bolsonaro, o Brasil adianta ponteiros do Relógio do Juízo Final

A Deutsche Welle, emissora internacional da Alemanha, em seu respeitadíssimo jornalismo, informa que as loucas políticas ambientais do governo e a devastação da Amazônia fazem que o Brasil seja incluído pela 1ª vez em dispositivo criado em 1947 para medir o quanto a humanidade estaria perto de uma catástrofe. Trata-se do “Relógio do Juízo Final”, criado por cientistas em 1947 para medir a probabilidade de uma guerra nuclear. O Relógio do Juízo Final teve seus ponteiros ajustados na última quinta-feira (23), para a marca de apenas 100 segundos para a meia-noite, simbolizando o maior perigo para a humanidade registrado desde a criação do dispositivo em 1947. O Brasil foi citado pela primeira vez como um dos causadores do aumento do nível de perigo em razão das políticas ambientais do governo e do desmantelamento da proteção à Amazônia. O avanço dos ponteiros foi decidido pelo Boletim de Cientistas Atômicos, um painel internacional de especialistas que controla o dispositivo e conta com a participação de 13 vencedores do prêmio Nobel. Outros fatores levados em conta foram o aumento das tensões internacionais, a maior utilização de tecnologias destrutivas, a militarização do espaço e o desenvolvimento de novas armas supersônicas, além do risco de uma nova corrida nuclear. "Passamos a contar em segundos o quanto estamos próximos de uma catástrofe, não em horas ou minutos", disse Rachel Bronson, presidente do organismo. O Relógio do Juízo Final foi inicialmente criado para medir os riscos de uma catástrofe nuclear, mas desde 2007 passou a incluir também as mudanças no clima do planeta e seus efeitos. "No ano passado, alguns países agiram para combater as mudanças climáticas enquanto outros, incluindo os Estados Unidos, que deixaram o acordo de Paris, e o Brasil, que desmantelou políticas de proteção à floresta amazônica, deram vários passos para trás", afirma um comunicado do boletim. Entre as causas de preocupação, os cientistas destacaram o fracasso da Conferência do Clima em Madri, o aumento as emissões de CO2 e incêndios de grandes proporções ocorridos "desde o Ártico até a Austrália". No ano passado, o aumento das queimadas na Amazônia gerou comoção internacional e fez que o Brasil se tornasse alvo de pesadas críticas de governos e organizações ambientalistas em todo o mundo. Em 2019, em torno de 10 mil quilômetros quadrados de floresta foram devastados no Brasil. O desmatamento na Amazônia cresceu 85,3% em comparação com 2018, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O Brasil abriga 60% da Floresta Amazônica, que é um regulador chave para os sistemas vivos do planeta e também para o índice de chuvas no país. Suas árvores absorvem cerca de 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano e liberam 20% do oxigênio do planeta. Depois de ter sido considerado uma história de sucesso ambiental, o Brasil vem perdendo prestígio, principalmente desde a eleição de Jair Bolsonaro à presidência. Ele já declarou várias vezes a intenção de explorar a floresta amazônica, ameaçando reservas naturais e terras indígenas, e chegou a negar a existência das mudanças climáticas. Devido ao discurso do presidente e à agenda ambiental do governo, especialistas temem que o desmatamento no Brasil atinja níveis alarmantes nos próximos anos.

LAMENTÁVEL
Regina Duarte não está prometendo uma gestão à altura das necessidades da cultura brasileira. Tomara que dê certo. Mas, não está começando bem.

NATUREZA
A maior barbaridade já dita por uma autoridade num fórum de grande poder mundial foi, sem dúvida, a de Paulo Guedes dizendo que são os pobres que destroem a natureza. Mais do que reacionarismo e ódio aos pobres, precisa ser burro. E burro ele já provou que é quando disse que faria um novo orçamento diferente do que foi aprovado pelo congresso, depois que assumisse o Ministério da Fazenda. E vem provando sua incompetência na gestão de uma economia que não deslancha e ele sempre pede mais um tempo. Um ano já se foi.

CORRUPÇÃO
Sob Bolsonaro, o Brasil é visto como um dos países mais corruptos do mundo. Eleito com a promessa de combater a corrupção, o governo de Jair Bolsonaro ficou marcado em um ano de gestão por uma série de denúncias, que atingem não só destacados membros do Executivo como seu núcleo familiar. Por conta disso, em 2019, o Brasil caiu uma posição no ranking do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) e ocupa a 106ª posição entre os 180 países avaliados.

CINISMO ABSOLUTO
A briga de Jair Bolsonaro com Sérgio que tem pretensões presidenciais se aprofunda a cada dia. Já está chegando num nível incontornável. Ainda não pipocou de vez pelo cinismo absoluto dos dois.