quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Aécio blindado

Luís Nassif lembra Julio Cortazar, em um de seus contos clássicos, em que ele conta a história da família em que morreu um membro. A avó não podia saber. Esconde-se sua morte. É verdade que ele é velado na sala da casa, enquanto alguém entretém a velhinha em outro cômodo. Mas dali por diante, ele teria que ser incluído nas conversas, como se estivesse vivo. Depois, morre mais um, e morre mais um. E todos recusam continuar vivos nas conversas. Outro contista do fantástico latino-americano, não me lembro se Gabriel Garcia Marques, conta a história da moeda de ouro que caiu na porta de um bar. Como ninguém sabe quem perdeu a moeda, e pode ser o coronel local, a moeda permanece no mesmo lugar por anos a fio. Em alguns momentos, o Brasil lembra o realismo fantástico das republiquetas latino-americanas. Tem-se um cadáver na sala de estar da política: a declaração do doleiro Alberto Youssef de que o senador Aécio Neves recebia US$ 150 mil mensais de Furnas, esquentados através da empresa Bauruense. O procurador geral da República Rodrigo Janot fingiu que não ouviu. E esqueceu-se de que sua gaveta guarda um inquérito de 2010 do MPF do Rio de Janeiro sobre uma conta fantasma de Aécio no paraíso fiscal de Liechtenstein. A notícia foi para o mundo inteiro através da Reuters Internacional. Notícia tão relevante que abriu a chamada das Top News do dia. Foi manchete do Clarin, o mais antikirchenista dos grupos de mídia argentinos. Por aqui, nenhum grande jornal julgou que seus leitores mereciam saber do caso. Não saiu uma mísera linha sobre a delação. Ontem, na sabatina de Janot no Senado, o assunto foi evitado em todas as intervenções, dos senadores da oposição e da situação. O sentimento de corpo foi maior do que as disputas ideológicas. Ou, quem sabe, o medo de expor seus próprios podres tenha sido a razão de preservar os podres do colega. Não é pouca coisa. Trata-se do candidato derrotado nas últimas eleições que recebeu quase 50% dos votos. É o nome favorito do PSDB para as próximas eleições. Continuemos com Nassif nas Notas Curtas:

Carbonário
Nos últimos meses, despontou como um carbonário, bradando em nome da ética e vociferando a palavra “honra” com o fervor de um monge beneditino exposto a alguma tentação demoníaca. Hoje em dia, em qualquer setor responsável, no meio empresarial, intelectual, político nas próprias alas mais consequentes do PSDB, forma-se a convicção sobre a imaturidade e irresponsabilidade de Aécio.

Viralizando
Onde se pretende chegar com essa blindagem, sonegando uma informação crucial em um terreno de ampla abertura das informações? Mais do que o fato em si, a blindagem viralizou, termo que se emprega quando algum tema explode nas redes sociais.

Credibilidade
Nesta quinta-feira será divulgada a próxima etapa da campanha visando reforçar a imagem dos jornais. O diretor-executivo da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, foi taxativo: “Enquanto a internet ainda sedia terrenos de informação obscura, os jornais colocam à disposição do leitor seu grande patrimônio: a credibilidade”. Qual a sensação do leitor do grande jornal quando encontrar-se com o amigo que prefere a Internet, e souber por ele a notícia que só circulou na rede?

Credibilidade II
Não se trata de questão menor. Quando Fernando Collor caiu, venceu no jogo da credibilidade o único jornal que nada escondeu sobre ele nas eleições.

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Olha só o desespero do PSDB por filiados e, melhor ainda, o desco-nhecimento de Aécio Neves ou sua equipe, quanto a Minas Gerais, Estado que ele governou por dois mandatos e continua representando como senador. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Fátima Bezerra critica postura de Gilmar Mendes e é destaque no site de Paulo Henrique Amorim

Colhi com muita honra, no site Conversa Afiada de PHA, esta matéria sobre o desempenho corajoso da nossa senadora potiguar Fátima Bezerra (PT-RN), durante a sabatina de Rodrigo Janot no Senado: Criticou duramente a postura do ministro Gilmar Mendes, que pede a reanálise das contas do governo Dilma de 2014, já aprovadas pelo tribunal e que tiveram como relator ele próprio, em carne, osso e canalhice. A senadora disse que Gilmar Mendes vem extrapolando suas prerrogativas de agente jurídico e está agindo politicamente em seus julgamentos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral. Fátima defendeu a reputação do vice-procurador da República, Eugênio Aragão, que havia sido acusado por outros parlamentares de atuar com parcialidade. “Se há alguém que age com parcialidade e falta de isenção é o ministro Gilmar. O Brasil inteiro sabe do ódio que ele tem em relação ao PT, mas ele não pode extrapolar sua função por causa disso”, ressaltou. Fátima citou sessão do TSE em que o ministro destratou sua colega, a também ministra Maria Thereza de Assis Moura, após ela ter rejeitado, como relatora, o prosseguimento da ação do PSDB contra a presidenta Dilma por abuso de poder econômico durante a campanha. “Será que o ministro Gilmar perdeu o controle emocional porque a ministra não aceitou as ações impetradas pelos partidos de oposição contra a campanha da presidenta? Ou será que foi porque ela afirmou que técnicos do TSE constataram irregularidades nas prestações de contas do outro candidato?”, ressaltou a parlamentar.

Financiamento de campanhas
No final da sabatina, Fátima voltou a defender o fim do financiamento empresarial de campanha na reforma política e saudou a indicação de Janot pela presidenta Dilma Rousseff. Ela lamentou que o Congresso esteja mantendo a possibilidade do financiamento empresarial, um dos meca-nismos que, na opinião da senadora, mais contribuem para a corrupção no sistema político e eleitoral. “Sinto-me frustrada diante da hipocrisia de membros deste Congresso que são coniventes com a corrupção ao votarem pela manutenção das doações por empresas. Eu e meu partido vamos continuar lutando pelo fim do financiamento empresarial de campanhas. E tenho a esperança de que a sociedade reaja e tenhamos uma reforma política que traga mais ética, mais democracia para nossa política.

Jumentos
Estarei hoje, ao lado da advogada Vânia Diógenes, da OAB, no Plenário 9 da Câmara Federal em Brasília, depondo na CPI que investiga o maltrato aos animais no Brasil. Destaque para o abate de jumentos em Apodi, com a espetacularização inclusive com degustação, projeto despropositado que desconhece o projeto que foi apresentado ao Ministério Público pela Ufersa e que poderia resolver o problema preservando o animal mais importante para a cultura e a História do Nordeste brasileiro.

Pré-julgamento
A Aécio Neves desejo o benefício da dúvida. Não se pode fazer o pré-julgamento decidindo pela sua culpa antes da investigação e do julgamento com amplo direito de de-fesa, mas também de acusação. E quando falo em pré-julgamento, sou contra a condenação prévia, mas também sou contra a absolvição a priori. O benefício da dúvida é um direito que implica na investigação. E esta investigação não sai mesmo diante de denúncias feitas pelo mesmo doleiro cujas acusações, mesmo sem provas e antes das investigações, levaram petistas direto para o xadrez. Será que temos duas legislações diametralmente opostas, em vigência no Brasil?

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 Está ficando descarada a blindagem de Aécio Neves pela mídia, repetindo a cretinice da Justiça. Depois do depoimento do doleiro Youssef reafirmando pela terceira vez que Aécio recebeu propina do esquema de Furnas, o UOL tirou a matéria do ar. Um internauta mais vivo já tinha fotografado e jogou a rede mundial de computadores e a imagem viralizou causando um estrago milhares de vezes maior que Aécio poderia esperar.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Minha Casa Minha Vida marchando para os 4 milhões de residências

Quatro milhões de casas serão entregues no Brasil pelo programa Minha Casa Minha Vida até o final de 2016, afirmou ontem o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro. Segundo ele, a iniciativa é uma mudança na história de habitação do País. “É um dos maiores programas do governo. Na história da habitação não tivemos no mundo nunca um programa com essa amplitude”, afirmou. “Já foram entregues 2,3 milhões de casas. E o restante, a diferença entre as contratadas e as entregues ou em construção, 1,7 milhão, nós temos a expectativa de entregar todas até o final do ano que vem”, explicou. Dando continuidade a entrega de casas pelo programa, hoje serão entregues 2.555 unidades habitacionais nas cidades paulistas de Araras, Araraquara, Catanduva e Mauá. Em Araras, serão entregues 448 casas, em Araraquara, 754 moradias do Parque Residencial Valle Verde também estão adaptadas para pessoas com deficiência. Em Catanduva, 1.237 famílias serão beneficiadas com imóveis no residencial Nova Catanduva I, que possui área de lazer com pista de caminhada, minicampo de futebol, quadra de areia e playground. Já em Mauá, 116 famílias serão beneficiadas com imóveis no residencial Cerqueira Leite. Os quatro empreendimentos possuem infraestrutura completa, pavimentação, redes de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e acesso ao transporte público. Além de unidades básicas de saúde, creches e escolas. Segundo o ministro, devido ao sucesso do Minha Casa, Minha Vida, o governo federal lança no dia 10 de setembro a fase 3 do programa. Nesta nova etapa serão contratados 3 milhões de unidades. Fazendo um cálculo rápido, Kassab estima que ao final de 2018 cerca de 15% da população brasileira terá sido beneficiada pelo programa. No Rio Grande do Norte, segundo informe do Facebook da senadora Fátima Bezerra, o Minha Casa minha Vida já chegou a cerca de 95% dos municípios potiguares e já entregou quase cem mil residências. Tem gente que não consegue ver isso, mas aí o problema é de falta de consulta ao oculista... Ou ao psiquiatra.

Arre égua
Paulinho da Força está se transformando em Paulinho da Farsa... Em um ato na presença da peãozada massa de manobra da sua central sindical disse para Eduardo Cunha: “Você é a pessoa mais correta que eu encontrei na minha vida”. Pois sim. Como dizia meu pai: “Não falta um chinelo para um pé torto”.

Bolsa Família
Falei para um amigo que é empresário, a quem considero pessoa de grande seriedade e gente bem informada, que as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família têm que apresentar anualmente, por ocasião da renovação do cadastro, a comprovação de frequência escolar de pelo menos 92% de presença das crianças na escola e o cartão de vacinação da molecada. Ele ficou muito admirado, pois não tinha a informação de que existe esse controle e essa exigência. Acrescentei que com essas medidas, os meninos das famílias mais pobres hoje têm quase 97% de frequência em aulas, têm quase 95% de aprovação e a mortalidade infantil caiu de 47 crianças em cada mil nascidas vivas para 17. Ele ficou muito admirado. Que pena que a maior parte da mídia brasileira, especialmente os grandes órgãos de imprensa são profundamente desonestos trocando a missão de informar pela tarefa politiqueira de desinformar e deformar.

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Entre as 50 maiores obras em construção no mundo, 17 estão no Brasil. Para quem é incapaz de enxergar as grandes obras do Governo Dilma Rousseff, devemos informar que foi inaugurada uma torre para estudo do clima na Amazônia, da altura de um prédio de cem andares e os estudos são de interesse do mundo, pois suas conclusões servirão para planejar o futuro da espécie humana no planeta terra. Os que insistem em duvidar olhem esta foto e saibam que este líquido que corre aí, se chama água, e que essa estação elevatória é da altura de um prédio de 12 andares e que são várias dessas ao longo dos 477 quilômetros de canais e que este canal visto na foto tem 40 metros de largura embaixo, suas paredes têm 45 metros de altura e a abertura em cima me de duzentos metros “de barreira a barreira. E é bom que se diga que 70% da obra gigantesca já estão prontos e que os outros 30% serão concluídos até final de 2017 e que os inimigos do PT deverão torcer para ser inaugurado dentro do calendário previsto, porque se atrasar vai ser bem pertinho da campanha, quando o PT terá Luís Inácio Lula da Silva como candidato a presidente.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O Al Capone “de Deus”

Como se sabe o mega mafioso Al Capone fazia todos os tipos de estripulias e em nada deixava rastros para a polícia poder provar que era criminoso. Saia ileso de todas as investigações, até que alguém teve a feliz idéia de comparar os bens do bandidão com a sua declaração do Imposto de Renda. Passava longe uma coisa da outra; E ele foi pego e preso pelo viés que jamais esperaria. Dali começou a derrocada do poderio da máfia. PC Farias também fez e aconteceu e só foi pego num repasse de dinheiro de um suposto empréstimo para o Paraguai. Nada batia com nada e ele acabou condenado e perseguido pelo mundo inteiro até ser preso na Ásia e depois assassinado na própria cama ao lado da namorada. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que vive se esgueirando por entre os espinhos de 22 processos de corrupção, agora está denunciado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot e pesa sobre ele muitas acusações e a possibilidade de, em sendo condenado ter que, além de perder o cargo, ou melhor, os cargos de presidente da deputado federal e de Presidente da casa, além da privilegiada condição de segundo sucessor da presidenta da República. Está sendo condenado a devolver 277 milhões. Mais que o equivalente a cinco vezes de tudo que foi desviado no escândalo que ficou conhecido como “Mensalão” que, em suas 80 mil páginas do imenso processo fala de 52 milhões de reais. O dinheiro de boa parte das propinas de Cunha entrou na conta da Igreja Assembleia de Deus Madureira. A Igreja agora tem que provar com documentos que o dinheiro era mesmo para ela e não para Cunha como todos sabem que era e ainda que, se era para El, como foi pago do dízimo... A única novidade na eventual queda de Eduardo Cunha é a solidariedade dos cretinos que vivem com a acusação de corrupção na boca. Contra Dilma, contra Lula, contra Zé Dirceu. Eles que vivem pedindo o impeachment, agora acham que deve se dar um tempo a Eduardo Cunha. Que não deve haver pré-julgamento.  Se cinismo tivesse limites o mundo seria outro...

Acumulações
Pela lei nenhum funcionário público pode ganhar salário maior que o do presidente da República. Juiz Federal é funcionário público. Logo, Sérgio Moro que, é juiz federal, é funcionário e como homem zeloso pelo respeito à lei ganha igual ou abaixo do salário da presidenta Dilma Rousseff a quem ele tenta de manhã de tarde e de noite imputar a condição de ladra. Mas aí a lógica não funciona. Nem a lei. O salário dele é de 77 mil reais por mês. O que significa que deve ter muitos benefícios acumulados ilegalmente.

Isto não é
A revista “IstoÉ” e o jornalista Hugo Marques vão ter de pagar 60 mil reais de indenização ao governador Fernando Pimentel, do PT de Minas Gerais. A condenação é por calúnia e danos morais. Esse é o teor da decisão condenatória ado-tada pela 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na quarta-feira (19). Em uma série de três reportagens, publicadas em março de 2010, a revista semanal apontou o governador como operador do esquema de remessas ilegais de dinheiro ao exterior no contexto das investigações do escândalo do Mensalão.

Mentira deslavada
As acusações não se confirmaram e Pimentel ficou isento de indiciamento criminal e de denúncia à Justiça no decorrer das investigações da polícia e do Ministério Público. De vez em quando a gente volta a acreditar que “há juízes no Brasil”.

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Para os que dizem que as obras do Canal do São Francisco estão paralisadas, eis a foto do canal feito. Já são 78% prontos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

DesaCUNHA...

Rodrigo Janot, procurador geral da República, apresentou na última quarta-feira, 19, ao STF, denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato; A base da denúncia são as acusações do empresário Júlio Camargo, que confessou ter pago propina de 5 milhões de dólares para Cunha, para ele facilitar contratos de navios-sonda entre a Samsung e a Petrobras; Como se não bastasse essa traulitada, o ex- traidor e agora opositor declarado do governo sofreu outra derrota nesta quarta, quando o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, negou seu pedido para retirar da Justiça Federal do Paraná a ação penal sobre irregularidades na contratação de navios-sonda pela Petrobras. Cunha foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção praticados dentro do esquema da Lava Jato. A denúncia ainda precisa ser aceita pelo STF para que o parlamentar seja considerado réu no processo. Janot pede a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e da ex-deputada federal Solange Almeida, atual prefeita de Rio Bonito (RJ), por ter participado de pressão pelo pagamento de valores retidos, incorrendo em corrupção passiva. De acordo com o idealizador da Lei da Ficha Limpa e coordenador do MCCE - Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, juiz Márlon Reis, o STF pode afastar Eduardo Cunha de ofício, com a aplicação do artigo 86 da Constituição. O referido artigo, combinado ao parágrafo 1º, inciso 1º, define que o presidente da República “ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal”. Para Márlon, isso se aplica diretamente àqueles que estão na linha de sucessão da presidente da República. Todos que fazem parte deste linha, que são o vice-presidente e o presidente da Câmara federal precisam absolutamente livres de quaisquer processos, pois imagine-se o trauma de apear do poder o chefe a nação e poucos dias depois ter que repetir o processo com o seu substituto.

Ondas da Leitura
Ontem o Teatro Dix-huit Rosado abrigou um belo ato. A entrega da mochilas com li-vros do projeto nas Ondas da Leitura, parceria da Secretaria Municipal de Educação com a Editora IMEPH, de Fortaleza. Presentes o prefeito Silveira Júnior e a secretária Ieda Freitas. De parte da editora IMEPH, o poeta Antônio Francisco, autor de alguns dos livros adotados, a coordenadora pedagógica e escritora Amélia Albuquerque e a escritora Salizete Freire. Mais de setecentos alunos e cerca de cem  professores lotaram o teatro, assistindo atrações artísticas e ouvindo as explicações sobre o projeto, além de receber os kits de leitura.

Matemática
Há uma grande dúvida de muita gente boa sobre se nos concursos das polícias existe algum questionário sobre Matemática. É muito estranho o jeito de contar o povo nas manifestações. Quando se trata de manifestação contra o PT, quando os organizadores dizem que deu mil pessoas, a polícia diz que tinha dez mil, mas quando se trata de atos em favor do PT, quando os organizadores dizem que deu dez mil pessoas, a polícia só consegue ver mil.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Monsenhor Pedro Ferreira, do Coral do Canto do Povo à Camerata de Vozes do RN

De vez em quando, é interessante render loas a quem merece e pouco é reverenciado. O trabalho do monsenhor Pedro Ferreira na formação da música erudita e na criação de coralistas no Rio Grande do Norte é desses dignos de manchetes garrafais, mas permanece na rotina obscura de ensaios e apresentações sem notícia. O então “padre” Pedro foi responsável, entre outros, pela criação da Banda Sinfônica da Universidade e também de um dos maiores patrimônios musicais do Estado: o Coral Canto do Povo. Isso há quase três décadas. Nos últimos anos recebeu alguma oposição e deixou o cargo de regente do Canto do Povo ao maestro Janilson Batista. Em 5 de junho de 2012, Pedro Ferreira fundou a Camerata de Vozes, assim como o Canto do Povo, também vinculada à Fundação José Augusto. Desde então se firmou como um dos principais grupos de coralistas do Estado, concebida para um gênero de música com origem nas raízes das cameratas italianas, conforme explicou o monsenhor Pedro. O grupo é composto por 34 membros muito bem selecionados pelo próprio regente, dissidentes de outros grandes grupos do Estado. Ensaia, ou ensaiava, no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP). Em seu repertório trabalha composições variadas, passando pela música sacra, afro-americanas e brasileiras. O número mais reduzido de músicos permite trabalhar também o aprendizado estrutural das peças, que vai ao cerne da música como expressão e tradução máxima da sua dimensão espírita de silêncio, sons e sentido, da criação à linguagem e transformação dos sentidos. Assim, as cameratas permitem apresentações em locais menores, diferentemente de grandes grupos e orquestras. Portanto, fica o registro da importância do trabalho realizado pelo monsenhor Pedro Ferreira, da Camerata de Vozes e do tradicional movimento coralista do RN, tal qual o movimento de bandas de música espalhado pelo interior do nosso Estado. Essa é a nossa tradição musical mais latente e que se mantenha o apoio total a essa gente!

Padre Pedro Ferreira
Eu estava da direção geral da Fundação José Augusto quando tive que administrar uma crise. O padre Pedro Ferreira, regente do Coral Canto do Povo não queria mais ficar na função porque tinha dificuldades de fazer todos os componentes cumprirem a disciplina que um coral, especialmente com a qualidade do Canto do Povo, precisa para funcionar com a qualidade que lhe caracteriza.

Muito diálogo
Diante da impossibilidade, mesmo com inúmeras sessões de diálogo com ele e com os membros do coral, aceitei que um dos membros, escolhido pelos colegas, assumisse a regência. E assim passou um bom tempo, mas o próprio coral pediu a volta do Padre Pedro. 

Tentativa de salvar
Depois que saí, a nova gestora fez a divisão, criando a Camerata de Vozes. Fiquei calado, mas fiquei sabendo que era a única forma de manter o trabalho. Respeitei. Agora está havendo um impasse. Quando decidi transcrever a matéria acima, do blog Substantivo Plural, de Sérgio Villar, a polêmica ainda não estava instalada. Morreu o meu amigo Zé Rodrigues, fotógrafo e cinegrafista e dediquei a coluna de ontem a ele, deixando a matéria da camerata para hoje. Agora vejo que a situação está conflagrada. Não vou me meter na polêmica, como não tenho me metido em qualquer polêmica que envolva a FJA, mas como achei a matéria muito boa, exerço meu direito de transcrevê-la.

Excelência
Em inúmeras palestras e reuniões falei, quando diretor da FJA, que ali tínhamos, entre muitas coisas boas e ótimas, três centros de excelência: a Orquestra Sinfônica, o Balé do Teatro Alberto Maranhão e o Coral canto do Povo. Se o padre tem dificuldades de conviver com o coral inteiro, há que se encontrar uma solução para os que não entraram na Camerata, que continuam tendo todos os seus direitos trabalhistas garantidos, desde a conquista do Plano de Cargos e deverão continuar tendo. Minha preocupação é que esta pressão de agora, por mais bem intencionada que seja, em vez de unificar o Coral Canto do Povo, venha a destruir Coral e Camerata.

Levando o barco devagar
Meu amigo e companheiro Rodrigo Bico tem nas mãos um grande abacaxi. Parece aquela parábola africana, do ovo na mão. Se apertá-lo ele quebra na mão mesmo, mas se afrouxar a mão, ele cai e quebra no solo. Portanto, o momento exige uma solução salomônica, que eu não tenho a oferecer, longe que estou distante do fogo da decisão. Mas com certeza, qualquer decisão precipitada pode trazer prejuízos irreparáveis. Ao amigo Bico, o conselho de Paulinho da Viola: “Faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar”.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Zé Rodrigues morreu. Viva Zé Rodrigues!

A vida corrida por demais não me permitiu prestar-lhe a última homenagem, acompanhando-o à sua última morada. Transitando entre Fortaleza, Recife e Natal, com uma agenda recheada de compromissos ina-diáveis porque urgentes demais, fiquei distante da partida de José Rodrigues da Costa, o fotógrafo e cinegrafista, cooperativista e turismófilo Zé Rodrigues, ou simplesmente “Rodrigues do Foto”, como era conhecido.
Acompanhei seus últimos dias, não tão de perto como gostaria e deveria por sermos parceiros de sonhos e empreitadas, amigos quase irmãos. Mas acompanhei.
Vi sua agonia, desde quando sentiu-se mal exatamente na minha residência em Serra do Mel, no dia do meu aniversário, na hora em que filmava o discurso do governador Robinson Faria, depois de ter passado uma semana comigo nas vilas, nas estradas esburacadas, nos poços fechados e nas tubulações com vazamentos, nas casas sedentas, por entre os cajueiros velhos vergados sem folhas, nos quintais viçosos só pelo cheiro da água sobrante dos gastos caseiros, nas obras inacabadas, nas cruzes dos caminhos.
Me disse, dias depois, já constatado um câncer a lhe corroer a saúde, que tinha sentido uma emoção muito forte ao ver, não só o governador, a senadora Fátima Bezerra, deputados, secretários e mais de mil amigos do programa A Voz da Serra, prestigiando o meu aniversário e compartilhado sonhos de melhoria do município. A emoção foi tão forte que fez aflorar o mal que já lhe arruinava a vida no silêncio traiçoeiro desta doença que até há alguns anos nem se podia chamar pelo nome, sendo tratada apenas como “aquela doença” ou a “doença grande”.
Disse-me também que não tinha medo da morte. Sabia que ela estava se aproximando, mas não a temia. Lembrava de quando acompanhou os últimos dias do ex-Padre Zé Luís, com certeza seu maior amigo e parceiro em empreitadas as mais produtivas e também as mais loucas, mas acima de tudo, as mais bem intencionadas.
Só não parava de sonhar.
Rodrigues não tinha emprego e a aposentadoria era mínima. Lembrava de quando um secretário de Comunicação do Estado o chamou para assumir um cargo no Palácio Potengi e ele respondeu que não podia porque tinha expediente para dar na Cooperativa dos Fotógrafos que ficava a cinquenta metros da sede do Governo. O secretário disse: Venha nos primeiros dias, assine o ponto e vá embora. Depois nem precisa vir. Só precisa pegar o contracheque no final do mês. Rodrigues respondeu: E com que cara vou me olhar no espelho? Colocou o caráter acima da ocasião e perdeu a chance de uma sinecura que tinha tudo para se tornar efetiva pois ainda não havia a obrigatoriedade de concurso da Constituição de 88. Este era Rodrigues.
A nossa última conversa foi no domingo, 9 de agosto próximo passado. Não estava mais para muitos sonhos, mas noutras conversas, sentado numa rede, computador à mão, lápis e folhas de papel ao redor, não parava de traçar seus grandes sonhos para o turismo da região. Sonhava tanto e tão alto que com ele aprendi a sonhar demais, mas aprendi também a podar os sonhos, por precisar podar as viagens imaginárias pelas estradas do futuro.
No domingo, 9, me fez um apelo para cobrar uma conta de uma autoridade, cuja posse havia filmado e que nem naquele momento de dificuldade conseguia receber a micharia. Com certeza chegaria em cima da necessidade. Mas sempre ressaltou que não sentiu-se abandonado. Especialmente pela família, de quem estava cercado de carinhos e de apoios.
No domingo, 16, fui à sua casa, novamente, levava-lhe uma boa notícia, mas ele estava hospitalizado e um compromisso urgente em Serra do Mel, não me permitiu visitá-lo no hospital.
Deixei para a segunda, mas o chamado da responsabilidade do trabalho, foi para chegar com urgência em Fortaleza. À tarde recebi a notícia triste.
Impossibilitado de ir para Mossoró, foi com tristeza que ganhei o prêmio de não vê-lo morto. A sua imagem vivaz é, com certeza a que vai me acompanhar até quando eu for encontrá-lo além do horizonte.
Vou deletar da retina a figuração de fragilidade que encontrei no seu rosto envelhecido e no seu corpo alquebrado que vi no último encontro.
Vou lembrar de Zé Rodrigues vibrante, sonhador quixotesco, cheio de projetos, otimista, esperançoso, sempre pensando no bem comum, no desenvolvimento da região, com especialidade na força da indústria sem chaminés e seu último xodó, o Polo Costa Branca de Turismo.
Uma simples palavra falaciosa, uma promessa falsa, um “lero” de um prefeito, uma mera promessa quimérica, por mais demagógica que fosse, de um simples vereador ou secretário de qualquer coisa, dizendo que iria fazer algo pelo turismo fazia Zé Rodrigues, sonhar, vibrar, acreditar, pensando que todos tinham a sua própria pureza e compromisso.
Rodrigues foi um dos maiores historiadores de Mossoró. Seu grau de leitura era pequeno, mas registrou em forma de imagens, seja em fotografia, seja em filmes, meio século de história de Mossoró e região. Centenas de milhares de fotografias, umas cinco mil horas de imagens em audiovisual.
Duvido que tenha acontecido algo importante em Mossoró que ele não tenha registrado com suas lentes.
Ficou conhecido no Brasil quando filmou ao vivo a morte de Falconi, o assaltante do Banorte, filmou e acompanhou Roberto Carlos quando ainda despertava na Jovem Guarda, em dois dias de visitas às salinas e outras belezas da região. Política, arte, economia, amigos, idosos, crianças e sua fixação, o turismo.
Ninguém mais que Zé Rodrigues mostrou o potencial turístico desta região, deste estado, sem nunca sensibilizar as autoridades insensíveis e insensatas.
Mas deixou sua marca. Em primeiro lugar numa família humilde, mas de muito respeito que criou. Deixou a marca, no seu exemplo de homem de bem e do bem, no seu imenso esforço produtivo, na sua liderança no meio dos fotógrafos e cinegrafistas por quem muito fez, até que cada um criasse asas e voasse, alguns para distante, outros lhe acompanhando de forma independente. Neste ramo são muito poucos os que não tiveram seu apoio, por mais simples que fosse em algum momento.
Não podemos esquecer o quanto sonhou por coisas grandes, junto aos grandes.
Com João Batista Cascudo acompanhou os primeiros passos da atual Uern, com Vingt-Un, as primeiras imagens concretas da ESAM, hoje UFERSA, a luta pela volta da Estrada de Ferro, pelo Ferryboat de Areia Branca, pelas estradas, pelos hotéis, pelo petróleo. Enfim, Ele pode não ser o autor de nada disso porque não assumiu cargos que lhe permitissem ordenar, mas sonhou junto com quem fez, e quando via um sonho realizado erguia outros novos sonhos.
Um dia disse a um assessor de um político que iria oferecer um projeto àquele gestor. O assessor disse, não leve projeto, converse, vá devagar até ele se convencer e assumir a proposta como sendo dele, como tendo partido dele e não de você, pois do contrário ele não leva à frente.
Imagino quantas ideias assim Rodrigues deu de graça a quem apareceu tanto como sendo aqueles que fazem muito pela sua terra...
Rodrigues foi. Mas Rodrigues ficou.
Sua marca estará sempre presente em cada um dos seus sonhos realizados quando as mentes atrasadas conseguirem alcançar alguns anos à frente, o que Rodrigues vislumbrou décadas atrás.
Zé Rodrigues morreu. Encantou-se, mudou de andar, partiu, mas haveremos de continuar os seus sonhos, suas lutas quixotescas, porque suas ideias não morrem.
Portanto, Viva Zé Rodrigues!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Nem Dilma cai nem os protestos param

Lembro a piada de um fumante que dizia: “Deixar de fumar é muito fácil. Já deixei umas vinte vezes...”.  Quer dizer: Quem deixa alguma coisa por vinte vezes, nunca deixou de fato. Os golpistas partiram pra cima de Dilma para derrubá-la. E usaram várias frentes e continuam usando outras variadas formas de luta. Trata-se de uma ação desesperada de Aécio, a cada dia mais isolado, que sabe que não terá mais a oportunidade de ser o candidato tucano e que, se conseguir sê-lo não é páreo pra Lula em 2018. O discurso do presidente da CUT dizendo que os trabalhadores irão para as ruas, entrincheirados, de armas nas mãos para defender o governo, o discurso de Lula falando do “exército” do MST e a Marcha das Margaridas que mudou de marcha reivindicatória para ação de apoio ao governo, mais a UNE, mais os Sem Tetos, os artistas que falam indignados com essa palhaçada, os juristas, os apoios internacionais, tudo isso foi dando à direita a consciência de que não tem golpe sem resistência popular, sem derramamento de sangue e sem um desmantelamento da vida econômica, política e social do Brasil que pode durar alguns anos para voltar aos trilhos. Até alguns próceres do PSDB, como FHC e Alckmin puxaram o freio de mão e o dono da Rede Globo chamou senadores do PT para mandar o recado dizendo que não vai ter golpe. Os países árabes ainda lambem as feridas das suas “primaveras”. O custo de uma aventura dessas é muito alto e os seus protagonistas, com certeza serão engolidos pelo leviatã da convulsão e não terão vez no novo regime, como Carlos Lacerda que pensava correr para o abraço depois do golpe e o que encontrou foi um abraço de urso, ficando cassado e alijado do processo, tendo que ver o País fazer continência para generais presidentes por vinte longos e tenebrosos anos. Dilma não será derrubada. As Marchas murcham. A segunda foi metade da primeira, a terceira foi menos de metade da segunda. Diminui o número das cidades em protesto, diminui assustadoramente o número de manifestantes e diminui o ímpeto e o impacto. Os discursos são cada vez mais atabalhoados. A ação política foi carnavalizada. As marchas contra Dilma mais parecem micaretas de “outonos caindo secos” que “primaveras” políticas “onde as flores vencem os canhões”. Homens nus, mulheres fazendo topless almejando muito mais a subida ao pódio da revista Playboy que a queda de Dilma... Ninguém, porém, pode se enganar. A direitona, ao final do ato no domingo, mesmo diante do evidente fracasso foi pra cima: Caiado, Aluysio Nunes, Aécio e Paulinho da Força estavam brandindo seus discursos pró-impeachment. Mas era esperado, pois era esse o script. Atos, boatos sobre a queda de popularidade da presidenta e o reforço da ideia de impeachment nas ruas e no Congresso, tudo de acordo com Cunha, que já não mostra tanto as garras, mas que continua destilando veneno. Lava Jato, vazamentos, novas operações envolvendo petistas “próximos de Lula”, boatos nas quintas e manchetes na sexta em revistas semanais com repercussão nos jornais televisivos, declarações de “especialistas” de que a nossa economia está à beira do caos, vão continuar ininterruptamente, como que saídas de uma cornucópia. Não é mais o golpe, é a sangria de Dilma, para que o governo não se estabilize e consequentemente possa ser queimado o nome de Lula para deixar de ser o furacão que é hoje, nas urnas de 2018. Agora cabe ao PT e ao governo, irem pra cima. Fazer política. Mudar a medíocre articulação política do Planalto, mudar radicalmente a pífia política de comunicação, melhorar as relações internacionais, envolvendo o mundo democrático no acompanhamento dessa tentativa de retorno à ditadura no Brasil e manter os movimentos sociais acesos e prontos para ocuparem as trincheiras. Usar essas armas da política, é única forma de não precisar ir para as ruas com as armas nas mãos.

Frouxos
Aécio foi ao palanque em Belo Horizonte. Kim Kataguiri fez charminho para dar a impressão de que não é Aécio quem bancava direta ou indiretamente a festa. E ele subiu ao palanque de forma relâmpago nas manifestações de rua, cercado de seguranças, e logo deixando o chão para subir num carro "alegórico", de onde fez mais um dos seus discursos - vazios - repetitivos e hipócritas. É o que diz uma nota que circula na internet.

Fazendo cenas
Conforme a própria imprensa está divulgando, tão logo discursou, e já com a certeza de ter sido fotografado e filmado, visando aparecer na mídia e gerar imagens para o próximo programa eleitoral dos tucanos, Aécio deixou o local, onde permaneceu por menos de meia hora.

Boneco gigante
Um boneco inflável gigante com Lula em trajes de presidiário desfilou pelas ruas no ato de domingo passado. De muito mal gosto, mas um direito de quem protesta. Afinal de contas já protestamos com caixões de defunto simulando de que era de Sarney ou de Collor. O problema é que, além de carros de som e inúmeras outras despesas, o boneco custou doze mil reais e não se sabe quem pagou. Vai ficar sem explicação, como o custo e a propriedade do avião de Eduardo Cunha e a pasta de cocaína do helicóptero de Perrela que até hoje não tem dono.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Corrupta tucana mobiliza nas redes sociais ato “contra corrupção”

Aque ponto chegamos. Um policial federal que foi expulso da PF por corrupção voltou ao cargo e caiu nas graças de um delegado tucano a ponto de ser ele quem conduz os presos da Operação Lava Jato às celas. Aécio Neves, José Agripino, Ronaldo Caiado, cada um mais bichado que o outro em processos de corrupção, são os ícones desta luta “contra a corrupção”. Sem falar no desacunhado Cunha. A Globo que sonegou 615 milhões de dólares em impostos bate todo dia em Dilma, por ela não ter dinheiro para a saúde, educação, etc.. E o que é mais cínico, agita “contra a corrupção”, como se uma sonegação equivalente a vinte e tantos mensalões não fosse corrupção. Ronaldão Cavalão, como bem chamava Canindé Queiroz, apoiou Aécio e falou “bonito” no “combate à corrupção” até prenderem todos os seus amigos, sócios e cúmplices na roubalheira da Fifa, da qual ele é um dos maiores suspeitos de ser beneficiário. Agora surge mais uma bandida mobilizando os abestados “contra a corrupção”. Fernanda, filha de Paulo Celso Mano Moreira da Silva, ex-diretor do Metrô de São Paulo, acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado por suspeita de corrupção com a Alstom. A bondosa menina é uma das grandes agitadoras na mobilização para o ato do dia 16. Em 1997, Moreira da Silva abriu uma conta no País e acrescentou duas filhas como beneficiárias da dita conta: Fernanda Mano de Almeida, 41 anos, a dita cuja e Mariana Mano Moreira da Silva, 38 anos. No período em que o Swissleaks foi investigado, ele apresentou um saldo de US$ 3,032 milhões. E ela não se escandalizou nem um pouquinho com a montanha de Dinho, fruto de roubo que lhe chegou à conta. Fernanda é a agitadora das redes sociais, militante tucana. Em fevereiro do ano passado, postou uma imagem em seu perfil no qual aparece a seguinte inscrição: “Campanha contra a corrupção no Brasil – Eu tenho vergonha dos políticos brasileiros”. Ela também compartilhou imagens de apoio à candidatura de Aécio Neves à Presidência. Tuto buona gente!

Mostrando força
Depois do abraço ao Instituto Lula, os movimentos populares mostraram força na Marcha das Margaridas. Um mundo de mulheres ocupou Brasília, não para bater panelas nem para pedir o impeachment, mas para pedir mais direitos para as mulheres e agilidade na reforma agrária. Nada de pauta conservadora. As mulheres deram um recado de um Brasil que anda caladão, mas não aceita retrocessos. 

Imbecilizado
Completamente imbecilizado o blogueiro abestado da Veja Reinaldo Azevedo, aquele a quem o teólogo Leonardo Boff chamou de “Rola-Bosta”, disse que o petista que sair de casa no dia 16, estará procurando confusão. Em outras palavras ele decretou “estado de sítio” para os petistas, como se não fosse bastante democrático respeitar os espaços onde os protestos estão acontecendo.

Gorando
Parece que a candidatura de Datena a prefeito da capital paulista já está gorando. Bastou Maluf ironizar o “espírito público” do moço que iria trocar um salário de 500 mil por um de vinte mil... Além de deixar de ser estilingue para se tornar vidraça. Falar é fácil...

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Essas feridas da vida, Margaridas...

A marcha das margaridas acontece a cada quatro anos. Inspiradas em Margarida Maria Alves, paraibana de Alagoa Grande, que foi assassinada por lutar pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, mulheres de todo o Brasil vão á capital federal dizer o que querem para melhorar suas vidas margaridas. Margarida Maria Alves eu tive a honra de conhecer pessoalmente. Estivemos juntos em Olinda num encontro do CENTRU – Centro de Treinamento do Trabalhador Rural, dirigido por Mané da Conceição, outro guerreiro que perdeu uma perna em tiroteio com a polícia dos Sarney no Maranhão. Ali estavam também Lula e Paulo Freire. Desde quando conheci Margarida muitas das pautas das mulheres foram atendidas, mas faltam outras tantas. A Lei Maria da Penha passou a existir, mas a violência contra as mulheres ainda é muito forte, porque o machismo não morreu. Pelo contrário, encolheu-se um pouco por ser covarde, mas ainda não pela consciência de que amado é quem conquista e não quem subjuga; Os salários das mulheres já melhoraram bastante, mas ainda sofrem um pouquinho por discriminação, em profissões ainda tidas como masculinas, inclusive algumas de nível superior; O PRONAF mulher fez várias delas poderem ter acesso ao crédito rural e à posse da terra; A tão criticada Bolsa Família, cujo cartão bancário é feito prioritariamente em nome da mulher evitou que muitos reais destinados à boca dos filhos fosse sujar de álcool os lábios de pais irresponsáveis. Como vi Lula dizer em Angicos, quando o menino chora com fome, chora pegado na barra da saia da mãe; Os programas como FIES, Cotas e Prouni levaram uma quantidade tão grande de mulheres pobres à universidade que a repercussão disso em futuro próximo abalará, com toda a certeza os alicerces do machismo, porque milhões deles obedecerão ordens de “chefas” no trabalho. Um programa simples como o das Cisternas de placas mostra o foco de gênero, quando se constata que 90% das cisternas foram feitas em nome de mulheres. Alguém que vai ás ruas no dia 16 contra a mulher presidenta da República sabe o quanto pesa para uma mulher andar quilômetros com uma lata d’água na cabeça para pôr em casa menos de vinte litros de água de péssima qualidade? A mulher avançou muito nos governos de Lula e Dilma. Mas ainda falta avançar muito mais, porque o espaço onde ela menos progrediu foi exatamente na política. Mesmo tendo mais de 50% de mulheres na população brasileira, quadro que se reflete com os mesmos percentuais no eleitorado, apenas 10% dos cargos públicos são ocupados por mulheres. Presidente da República, como na propaganda mãe, “só tem uma”, por sinal, a primeira e uma corja imensa de homens “machistoides”, mistura de “machista” com “fascistoide” e mulheres imbecilizadas estão gastando seus poucos e atrofiados neurônios lutando, uma luta vã, porém titânica para tirar essa mulher do poder e justificar o discurso cretino de que mulher não serve para o poder. Pode?

Dissipando
O clima de golpe está se dissipando, mas os petistas não devem baixar a guarda, pois vai continuar o bombardeio com a finalidade de deixar Dilma sangrando até a eleição de 2018.

O filme é velho
O problema é que eles já usaram esta mesma tática com Lula em 2005, com o Mensalão e Lula se recuperou e ganhou a reeleição. É bom lembrar que Dilma tem gordura política para queimar à vontade, visto que não é candidata. E ainda pelo fato do seu candidato não precisar do seu apadrinhamento político.

Argentina
A impressão que a mídia brasileira vende é a de que na Argentina, ninguém quer Cristina Kirchner. Abrem-se as urnas e seus candidatos saem largamente vitoriosos. É isso que eles temem aqui. Uma coisa é o que a mídia pensa, outra, bem diferente, é o que o povo pensa. Até porque a mídia é ouvida, lida e vista por uma quantidade cada vez menor de pessoas. E acreditada por muito menos. Cada vez menos.

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Nesta semana perdemos pessoas muito conhecidas. No meio do povão, ninguém mais conhecido que Miguel Mossoró e o Padre do Junco; nos meios acadêmicos Alf Schwarz, valoroso cientista europeu/canadense que se fez norte-rio-grandense e faleceu em Nísia Floresta, onde tinha um sítio. Alf era Doutor Honoris Causa da Uern. Quem quiser saber da importância deste sábio homem que nos deixou, leia o último artigo de Paulo Linhares sobre sua vida e seus valores. Vale a pena.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Ricardo Boechat mais uma vez lembra que ainda existe verdade no Brasil

"Eu fico me perguntando onde estão os elementos concretos políticos e jurídicos para se pedir o impeachment de Dilma Rousseff. O Brasil já viveu uma inflação de 70% ao mês... 70% ao mês, já tivemos índices de desemprego maiores do que esse, já vivemos crises econômicas maiores do que essa. Então que papo é esse de querer eleger uma situação que sabemos que é grave, mas que sabemos também que não é inédita, como sendo a pior situação que já passamos, para se exigir os desfechos extremos que estão sendo exigidos. Onde estão as condições, os fatos objetivos para pedir o impeachment ou a renúncia da Dilma. Quer tirar Dilma do poder, tira primeiro o PT das prefeituras no ano que vem, derrota os aliados do PT. Tira Dilma em 2018, no voto. Vem o Michel Temer dizer que precisa de alguém que unifique o País. Quem seria Michel. Você? Você que integra um partido que pode ser encarado em alguns momentos como uma quadrilha. O PMDB age como quadrilha e agiu como quadrilha em muitas ocasiões. Então essa soma de conselheiros, palpiteiros e arautos do fim do governo vão criando esse clima em que não se pode fazer nada, não se pode enxergar um palmo diante do nariz. Dona Dilma Rousseff tem que pagar o pato que comprou. E o pato que ela comprou foi se eleger presidente e tem que governar. Tem que parar de dar conversa a esses vagabundos do Congresso e governar. Tem que parar de dar conversa a articulações de menor expressão distribuindo carguinhos, distribuindo ministeriozinhos, distribuindo boquinhas para poder governar. É um absurdo a gente estar há sete meses de um governo que foi eleito legitimamente e o país estar paralisado, com uma crise política que alimenta uma crise econômica. Qualquer parlamentar dá um pum no congresso e o País entra em pânico. O Cunha fala qualquer bobagem e tem 50 mil jornalistas ao lado dele para repercutir. Que tal se a gente não der bolas para o que o Cunha diz? E que tal se a gente não der bolas para o que o Renan representa. Estou pouco me lixando se ela sofrer impeachment ou renunciar. O discurso do impeachment e o discurso da renúncia são duas faces da mesma moeda. E eu não vejo razões legais ou constitucionais para o impeachment. A grande bandidagem brasileira está no Congresso Nacional. A gente tinha que estar pedindo o impeachment de Cunha, o impeachment de Renan, tem que pedir impeachment do congresso que só trabalha em prol do seu próprio umbigo. E estes a gente fica tratando como se fossem heróis da Pátria”.

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Desta vez é verdade. O missionário Itamar de Almeida, o “Padre do Junco” passou para o andar de cima. Acompanhei a trajetória de Itamar por décadas. Por volta de 1978 fui convidado a cantar um baião de viola na calçada da Catedral de Santa Luzia sobre o Meio Ambiente, um tema ainda pouco explorado.  Era uma Campanha da Fraternidade. De longe, vi aquela figura agitada. Um homem vestido de roxo, uma bata que mais parecia uma batina, mas tinha também quê de mortalha.  Estava agitadíssimo, pensando que se tratava de um violão e que eu e Antonio Lisboa iríamos cantar “músicas da moda”. Quando viu que se tratava de poesia popular, cantoria nordestina, repente ao som da viola, aplaudiu e gritou que poesia cabia, sim, naquele ambiente. Que os versos dos violeiros eram como salmos a guiar o povo... Depois tive de vê-lo em milhares de lugares diferentes, sempre brandindo a palavra de Deus e a crítica mordaz, contundente contra “os erros do mundo”. Língua de fogo.  Era da linha do profeta Amós, criticando duramente os poderosos. Tinha a têmpera de João Batista, achando que sua cabeça estava sempre a prêmio, por mais que alguns poderosos não o levassem a sério por saberem das suas limitações psíquicas. Suas cartas-denúncias eram famosas, escritas a mão e reproduzidas a mancheia, em cópias xerox distribuídas contra tudo e contra todos os que oprimem o povo. Decepcionado com a Igreja católica, depois até de dar surra em padre com cordão de São Francisco, bandeou-se para algumas seitas protestantes, a ponto de, por último se engraçar do picareta a quem chamam de “Apóstolo Valdomiro”. Mas estava retomando o caminho por ter se tornado um admirador do Papa Francisco. Um dia, nos idos de 2004, ficou com raiva de mim porque me aliei ao ex-deputado Francisco José a quem chamava de fariseu. Passou a me esculhambar por todos os lugares onde faziam suas pregações com língua de fogo. Conseguiu uma intriga pessoal com a minha esposa que nunca o perdoou. Quando rompi com Francisco José, ele passou a me elogiar em todo canto, de novo. Quando criei o programa A Voz da Serra, na Rádio Difusora, quase todos os domingos contava com sua presença dentro do estúdio da emissora, de radinho de pilha nas mãos, para ouvir “no aparelho” o que estávamos dizendo a três metros de distância dele. Interferia, lá da sua cadeira, quase sempre aos gritos. De sua cadeira gritava coisas maravilhosas, mas que se saíssem no microfone nos dariam belos processos, mas nunca pediu para falar no microfone. Sabia que iria atrapalhar pelo seu radicalismo maior que o meu e de Raimundo Félix. Itamar sempre nos pedia dinheiro. Todos os domingos, e nós sempre dávamos, porque sabíamos que ele saÍa dali e dava o dinheiro a quem precisava mais do que ele. Que Deus o tenha.  Itamar foi um inocente. Não tinha o pecado, porque não tinha maldade, mesmo em meio às diatribes que dizia com sua língua de fogo. Nem nas suas loucuras, pecou. Perturbado com as desgraças do mundo, sua mente agia, em velocidade maior que a necessária. Seu lugar é lá. Não era missionário, padre, pastor, nada disso oficialmente. Mas era puro na sua loucura pela defesa do Evangelho.

sábado, 8 de agosto de 2015

O PT começa a reagir

Cerca de 500 pessoas se reuniram na última sexta-feira, 7, em frente à sede do Instituto Lula, em São Paulo, em um ato que prestava solidariedade ao ex-presidente e pedia a punição dos responsáveis pelo atentado a bomba que atingiu o local na semana passada. “O povo na rua, golpista recua”, gritavam os manifestantes. Organizado pela frente intitulada #TodosPelaDemocracia, que reúne entidades, centrais sindicais e partidos, o ato contou com a presença de uma série de políticos e lideranças partidárias, como o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, o secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), entre outros. “Estamos protestando contra isso que foi um ataque terrorista ao instituto. A Polícia Federal, que tem como responsabilidade a proteção e escolta dos ex-presidentes, na nossa visão, deve assumir a investigação”, disse Rui Falcão. Lula, que foi ao encontro dos manifestantes, recebeu flores e foi ovacionado aos gritos de “Olê olê olê olá, Lula, Lula” e “Lula guerreiro do povo brasileiro”. No dia 16, data marcada para uma série de protestos contra o governo Dilma, a sede do Instituto também será o local de uma vigília dos simpatizantes petistas e dos movimentos sociais.

Hiroshima
O mundo lembra 70 anos da bomba de Hiroshima: “A rosa com cirrose a anti-rosa atômica, sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada”. Faltou lembrar a “Bomba H”, a bomba capitalista, aquela se um dia for detonada matará todas as pessoas e deixará todas as riquezas para o País invasor, com certeza, os Estados Unidos.

De crises
Para se avaliar a importância de sacudir um livro de História verdadeira nos peitos de um coxinha, basta esta frase: “Crises econômicas o Brasil já superou muitas, uma crise política terminou em uma ditadura de 21 anos”.

Pra cima
“Vamos pra cima dos golpistas que eles amarelam”. A frase é de Lula. O sentimento é de todo o partido. O PT não pode baixar a cabeça. Tem argumentos, tem fatos, tem História. Tem muitos acertos e uma folha enorme de serviços prestados à História do Brasil. E na oposição e na mídia não tem ninguém com moral para criticar seus erros.

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O abraço ao Instituto Lula foi um recadinho para os que acham que os petistas vão suportar calados todo tipo de agressão do terrorismo midiático, judiciário, das agressões pessoais em ambientes públicos e agora até das bombas.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A vingança vem aí

Notícias boas enchem de alegria o mundo petista: Lula é considerado o melhor presidente da História do Brasil pela terceira vez, em pesquisas do Instituto Datafolha; O programa do PT em rede de rádio e TV foi um sucesso absoluto; As ciclovias criadas por Fernando Haddad em São Paulo, depois de um bombardeio contrário na imprensa e na Justiça, consegue 80% de aprovação; O nível de aprovação do Programa Mais Médicos cala a oposição e a mídia golpista; O abraço ao Instituto Lula em protesto pela bomba que ali foi detonada, foi outro sucesso acima das expectativas; A refinaria de Pasadena tão criticada está dando lucros; A General Motors está investindo 14 bilhões no Brasil, o que significa que a confiança na economia do Brasil está se recuperando; Estudo mostra que o Brasil continua sendo o 3º destino preferido pelo capital estrangeiro para investimentos; Fernando Henrique Bom... Não parece o caos que a mídia pinta e que já está incorporado ao subconsciente nacional bem à base da máxima de Joseph Goebells de que uma mentira repetida mil vezes por quem tem poder passa a ser vista como verdade. A mídia tem dado nó em pingo d’água para pintar um cenário de caos. Não consegue, mas consegue impingir a Dilma toda desgraça do mundo. Mas até quando? Nunca se sabe, até quando pode durar isso ou até mesmo se é possível mesmo derrubar Dilma, que tem se revelado um osso duro de roer, apesar de parecer estar o tempo todo na corda bamba. Em meio a tantas notícias boas, a manchete que tomou conta da mídia, ontem foi a da reprovação ao governo, com a queda fortíssima da popularidade de Dilma. Mas isso não é nada diante do bombardeio que deverá vir nos dias próximos para que possa se manter viva a tendência de queda da popularidade da presidenta e em banho Maria o caldo de cultura do impeachment. Acima de tudo, a Veja precisa continuar vendendo revistas e a Globo precisa continuar a ter telespectadores ligando a TV no seu canal. E como já não tem quase nenhum petistas ou simpatizante ligando na Globo nem lendo a Veja, elas têm mesmo que fazer o jornalismo do esgoto que agrada aos coxinhas. Lembra a imagem do cachorro mordendo o próprio rabo. Claro que se trata de uma vira-latas.

Fome HC
Devido o resgate da informação de que na Era FHC morriam 290 pessoa por dia de fome ou em consequência dela, está rolando na internet um banner muito interessante. Diz: “O PT matou A fome... O PSDB matou DE fome”.

Pasadena
A tão satanizada refinaria de Pasadena está dando lucros. Cabe uma pergunta à oposição: Já que os diretores da Petrobrás, na visão de vocês tinham que pagar os prejuízos, agora vão ter direito a participação nos lucros. Não. É a resposta. Claro que não. Mas fiz somente uma provocação para mostrar quão estúpido era o argumento usado antes.

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A mídia está desesperadamente em busca de uma pauta anti-Haddad, o prefeito petista da capital paulista. É que as ciclovias criadas por ele e tão contestadas na mídia e na Justiça têm nada menos que 80% de aprovação. Já, já, estarão descobrindo quantos chutes ele deu na barriga da mãe e que, quando menino teve uma unha encravada...

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O golpismo está nos bastidores; A militância vai para as ruas

Está chegando no limite. Na verdade já foi longe demais. A militância despertou, já que a cúpula partidária está inerte. Os petistas vão às ruas e vão dispostos a frear o golpe que está em marcha. A agência de notícias do PT informa, mesmo que o partido não tenha o protagonismo destas lutas. Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda estão se articulando e convocando a população para participar de uma mobilização nacional em defesa da democracia e a favor de direitos sociais, no dia 20 de agosto. A manifestação é uma resposta às tentativas de golpe e do avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional, como a redução da maioridade penal. Além disso, os atos também visam a defesa de direitos trabalhistas. A UNE é uma das organizações que convocam para a mobilização.  A vice-presidente da entidade estudantil, Tamires Sampaio, acredita que as ofensas dirigidas à presidenta Dilma Rousseff por representantes da direita atingem a todas as brasileiras. “É uma afronta a todas as mulheres, à história do Partido dos Trabalhadores (PT) e a todos os avanços conquistados nos governos Lula e Dilma, como ocupação de espaços de poder por mulheres, ingresso de pessoas com menor poder aquisitivo em universidades, negros ocupando espaços de decisão”, relata. O objetivo das ações da oposição, segundo ela, é acabar com os direitos sociais que a população conquistou, por meio da militância e da luta. “Ocupar as ruas é uma oportunidade também para a divulgação de pautas mais propositivas, como a universalização e melhora da qualidade da educação”. Para ela, os meios de comunicação têm responsabilidade sobre o avanço do golpismo. “A militância precisa ocupar as ruas e mostrar que o País que a mídia mostra, não existe”. Em entrevista ao “Portal Vermelho”, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, defendeu a formação de uma ampla frente que reúna vários setores com o objetivo de barrar o conservadorismo. Entre as pautas, devem estar a defesa da soberania e da indústria nacionais, da Petrobras e do avanço econômico, social e político. “É verdade que a situação do pais não é confortável, temos aumento de tarifas de energia, do combustível, mas já vivemos momentos muitos piores”, lembrou o sindicalista, em referência às gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Fome HC
No governo de Fernando Henrique Cardoso, a fome somada às suas próprias consequências, matava em média 290 pessoas por dia no Brasil. Tem gente que tem saudades disso. Duvidam? Pensem no americano que pagou 50 mil euros, duzentos mil reais para ter um prazer de assassinar um leão. E aí vocês verão a que ponto pode chegar a maldade humana. Lá como aqui.

Cadê a crise?
O jornal Valor Econômico traz uma matéria que poderia ser lida com atenção redobrada se não fosse o bombardeio golpista na mídia. Diz: “Os desafios de um cenário macroeconômico recessivo e de política nacional turbulenta, que geralmente levam os empresários a pôr o pé no freio da produção e dos investimentos, estão sendo superados por diversas companhias, de diferentes setores. Essas empresas registram crescimento de dois dígitos na receita líquida, mesmo diante das adversidades.

Terrorismo imperialista
Claro que as bombas de Hiroshima e Nagasaki foram atentados terroristas e não apenas atos de guerra. Atentados perpetrados contra a dignidade humana e em nome do domínio norte-americano do sistema capitalista no planeta. O Japão já estava preparando a rendição oficial, porque do ponto de vista bélico já estava vencido.  As bombas era tecnicamente desnecessárias. Foi um claro aviso aos então aliados soviéticos, pois os EUA sabiam que depois da Alemanha destruída, a ameaça seria o poderio das armas soviéticas de fora pra dentro dos países europeus e das ideias socialistas de dentro pra fora.  As bombas foram só para mostrar os músculos, temendo Stalin ordenar que o Exército Vermelho seguisse até à Península Ibérica e dominasse toda a Europa, que estava em frangalhos e tinha milhões de simpatizantes do socialismo em todos os países.

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Pobres imbecilizados, pois há tempos ultrapassaram os limites da alienação, precisam de uma explicação sobre sua verdadeira condição social. Como não entendem explicações, o argumento vai desenhado.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O lado podre e oculto da imprensa brasileira golpista e corrupta

O jornalista cearense, Xico Sá é bem conhecido em Mossoró pela sua repetida presença nas feiras de livros, como debatedor. Ele saiu da Folha de São Paulo, com nojo, desde que foi censurado e agora está expondo as fraturas da imprensa, nos seus bastidores sujos, nas suas falcatruas e conspirações. Paulo Moreira Leite, do blog Diário do Centro do Mundo mostra as credenciais de Xico e expõe seus pensamentos e informações, como algo a ser ouvido e refletido. Diz: Xico Sá é um exemplar do jornalista ideal. Imparcial e apartidário. Poucas vozes captam com tamanha precisão o estado da mídia brasileira. Não só da mídia, a rigor – mas da cena política nacional. Que Justiça é esta? Que mídia é esta? Ninguém pode acusar Xico Sá de ser petista, torcedor, militante. Ele é apenas um jornalista honrado que se cansou de ver tanta sujeira no país em favor da plutocracia. Ele vem, aos poucos, no Twitter, mostrando bastidores da mídia que o grande público ignora. Contou nesta terça, por exemplo, que em seus tempos de jovem repórter havia dois personagens “indenunciáveis”. Quer dizer: nenhum jornalista podia falar mal deles que o patrão não deixava. Eram José Serra e Romeu Tuma. Serra é Serra e Tuma, “grande fonte” de Xico, foi um homem poderoso na polícia. Por que Tuma era blindado? Segundo Xico, por gratidão pelos serviços prestados. Tuma foi vital, na narrativa de Xico, para que as empresas de jornalismo importassem equipamentos para as redações a partir de 1975. Sem pagar impostos. Alguns tuítes de Xico sobre o tema: 1) “O bravo Tuma importou ilegalmente os equipamentos para o Brasil.” 2) “Que tal pedir para a mídia metida a honesta que apresenta nota fiscal do equipamento importado de 1975 para cá?” 3) “O maior personagem da mídia brasileira é Romeu Tuma, minha grande fonte. Importou os equipamentos para Estadão, Globo e Folha.” Você tem que ser muito cínico, hoje, para trabalhar nas grandes corporações de mídia. Xico Sá não aguentou. Ainda bem para a sociedade, que por ele pode saber de coisas que permaneceriam escondidas por toda a eternidade.

Dirceu
A regra não existe, mas em se tratando de prejudicar Zé Dirceu a regra que não existir precisa ser inventada. E é. Qualquer regra jurídica criada diretamente para uma pessoa ou em função dela, é chamada em Latim, de “privis legis”. Traduzindo para o Português, se chama “privilégio”. É esse o “privilégio” de Zé Dirceu. Regime semiaberto lhe foi proibido, prisão domiciliar lhe foi negada enquanto podia Joaquim Barbosa, preso em regime domiciliar foi redundantemente preso numa estapafúrdia “prisão preventiva”.

Dirceu II
Agora criaram uma nova regra. Um preso não pode falar com dois advogados no mesmo dia. Uma advogada, Ana Luíza de Souza foi lhe deixar roupa e comida, mais tarde, o seu advogado Juarez Cirino dos Santos foi ouvi-lo para preparar a defesa. Foi barrado. Já tinha falado com uma advogada. A regra não existe. Mas acontece no Brasil do juiz Moro, que nunca chamou um denunciado chamado Aécio Neves para depor.

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Anjos, sereias e cinismo sem medidas. Um internauta manda em seu Twitter um conto de fadas chamado Petrobras, onde a corrupção começa com a entrada de Lula.
Rememorando: Depois que Vargas se suicidou a Petrobras nunca mais foi a mesma, porque ele já se suicidou porque não queria entregá-la ao capital externo; Durante a ditadura militar, o jornalista Paulo Francis foi embora do Brasil porque denunciou a corrupção braba que existia lá. Morreu de tédio nos Estados Unidos porque não podia voltar ao Brasil sem ser preso ou morto. No Governo FHC, Ricardo Boechat ganhou um prêmio de jornalismo com denúncias sobre a corrupção da Petrobrás na Era tucana; Ricardo Semler disse que sua empresa Semco, tentou vender à Petrobrás na ditadura e não conseguiu porque a propina era de 10% líquidos, o mesmo aconteceu na Nova República, se repetiu nos governos tucanos e que agora, a propina era de “apenas” 3%. Uma ironia, claro, porque 3% de contratos da Petrobrás são somas gigantescas. Mas ele foi contundente ao dizer: “Nunca se roubou tão pouco na Petrobrás, como agora”.  E ele é filiado ao PSDB.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Zé Dirceu acorrentado

Há homens e mulheres a quem não basta matar, quando precisam destruí-lo. É preciso ir mais longe, porque a sua morte tem que servir de exemplo, dentro de uma lógica terrorista de exemplar pelo medo, que é a tortura em sua forma psicológica. Gramsci preso ainda era pouco para Mussolini, que dizia que “tinham que fazer aquela cabeça parar de pensar”. O jogo das várias mortes, foi o que fizeram com Tiradentes. Depois da prisão a morte, depois da morte, o esquartejamento, depois a exposição dos pedaços nas cabeças dos postes entre Rio de Janeiro e Vila Rica, depois do esquartejamento a salga da casa onde morou e a maldição de quatro gerações de seus descendentes. Um século se passou até que alguém tivesse a coragem de dizer que era descendente do alferes maldito. A Cristo não bastaria a prisão. Tinha que vir também a execração pública por toda a via sacra que foi feita em via pública, a pena de morte por crucificação e 400 anos de perseguição a quem pronunciasse seu nome. A Zumbi, além do suicídio, forjado ou forçado, seguiu-se a necessidade de transformar seu nome em sinônimo de assombração... Prometeu, “aquele que pensava antes” roubou o fogo do Olimpo e o deu aos homens. Além da inteligência e o conhecimento, o homem ganhou com o fogo, o sonho de liberdade. Depois, num gesto brincalhão, Prometeu deixou, de um animal caçado para o banquete de Zeus, apenas os ossos e este revoltou-se e tomou o fogo dos homens porque tinha sido dado por Prometeu. E o fogo saiu de novo do Olimpo pelas mãos do mesmo Prometeu, em forma de uma brasa dentro de um tronco de pau e de novo foi dado aos homens. Zeus não mais o tomou dos homens, mas mandou o ferreiro Hefaistos fabricar uma corrente de ferro indestrutível para prender Prometeu no alto de uma montanha para as bandas do Cáucaso, na Rússia, portanto, distante do Olimpo, que fica na Grécia. Lá, além de preso, Prometeu ficaria com as vísceras expostas a uma águia que as comeria constantemente até acabar e a cada vez que se acabasse, novas vísceras se formariam para que a águia as comesse de novo, ininterruptamente, por todo o sempre. Assim está José Dirceu. Em prisão domiciliar, usando tornozeleira, uma “corrente eletrônica”. Distante, muito distante do Planalto, o Olimpo brasileiro, portanto, sem condições de oferecer qualquer tipo de resistência a qualquer tipo de investigação e sem oferecer qualquer tipo de ameaça a qualquer tipo de testemunha, depoente ou delator que contra ele erga a voz, independentemente de ter provas ou de ser mandado por alguém ou de ter o domínio do fato ou do argumento. O que fez Dirceu? Como nada resta provado nos autos, nem mesmo nas 70 mil páginas do Mensalão, não nos foi dado o direito de saber o real crime do condenado. Mas aí está ele, preso e “represo”, exposto a ter as vísceras comidas publicamente por uma águia, quanta simbologia. Uma águia... Quem sabe? A águia do Norte que quer o Pré-Sal a qualquer custo. Outra grande simbologia é que o fogo que Prometeu levou aos homens, é interpretado como sendo o saber, a informação. E que Zeus o odiou porque entendia que a informação era propriedade privada dele. E só dele. Qualquer semelhança com a Rede Globo, não é mera coincidência. Prometeu ficou acorrentado até que apareceu Hércules e o libertou. Zé Dirceu está acorrentado, distante do Olimpo e suas vísceras sendo comidas ininterruptamente. Até quando? E quem será o Hércules a libertá-lo. Talvez o próprio povo. Como? Não sei. Só sei que quando o povo acorda é “novo, alegre e cheio de paixão”

Mais Médicos
São dois anos do Programa Mais Médicos, inicialmente tão contestado. Hoje ninguém mais questiona. Já são 18.240 novos médicos em comunidades pobres. Grande parte delas nunca tinha visto um médico. 4.058 municípios contemplados, 34 distritos indígenas, 134 milhões de brasileiros, dos quais 63 milhões nunca tinham tido assistência médica.

Democracia
Eduardo Cunha aproveita seus últimos momentos no poder para praticar maldades, destilar ódio, injetar veneno. Tirou o PT de quatro CPIs, será que conseguirá o seu intento, depois da tantas CPIs que iam acabar com o PT e não conseguiram. Vamos ver quem se acaba primeiro. Se o governo do PT ou a presidência de Cunha...

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Professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Romero Cardoso foi o vencedor do concurso de texto promovido pelo parque cultural "O Rei do Baião" em Cajazeiras (PB). Intitulado "Lembranças do Ídolo", o concurso homenageou o compositor e radialista Rosil Cavalcante, que completaria 100 anos de idade em dezembro deste ano. Rosil morreu em 1968, deixando mais de 100 composições que foram gravadas por cantores, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês e outros. Segundo a coordenação do concurso, foram inscritos 77 trabalhos de autores com origem em vários estados brasileiros. Após a avaliação, a mesa julgadora elegeu a crônica “A ação implacável das secas em aquarela nordestina”, de Romero Cardoso, como a melhor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Não vai ter repercussão

Em qualquer país do mundo, um ex-presidente da república é respeitado e é notícia, mesmo quando sai para proferir uma simples palestra, especialmente quando fala sobre política ou quando com ele acontece qualquer coisa minimamente incomum. Jimmy Carter tem páginas e páginas quando vai a um País qualquer como simples observador internacional de uma eleição. Bill Clinton é notícia quando vai fazer lobby para as empresas americanas. É muito elogiado, pois isso é importante para o País. Se um ex-presidente da República ou o seu escritório sofre uma atentado a bomba, com certeza será um “deus-nos-acuda” na mídia. Mas aqui, não. Duas sedes do partido do governo são queimadas e a sede de um instituto, onde um ex-presidente dá expediente sofre um atentado a bomba e a mídia ignora ou, quando muito, diz alguma coisa, minimizando, como se não fosse nada. Curioso é que a mesma mídia que adora ver terrorismo em tudo. A mesma mídia que deu ampla repercussão a uma bolinha de papel que alguém, num comportamento moleque, jogou na testa ampla de um candidato de caráter muito estreito. É a mesma mídia que repercutiu à farta, com chamada de capa e outras besteiradas, quando um militante porra louca do PT, sem nenhuma autorização do partido disse nas redes sociais que alguém deveria dar um tiro em Joaquim Barbosa, então presidente do STF. Nenhuma linha, porém sobre o policial federal que fez um retrato de Dilma Rousseff e ficou praticando tiro ao alvo com ele. É a mesma mídia que fez um escarcéu quando irresponsavelmente Gilmar Mendes disse que tinha grampos de escuta no STF e insinuou que era coisa de iniciativa da ABIN, portanto, do Poder Executivo. É a mesma mídia que repercutiu por semanas seguidas quando mulheres do MST destruíram canteiros de plantas transgênicas de pesquisas científicas não autorizadas. A mesma que fez um grande “auê” quando militantes sem-terra derrubaram pés de laranja de uma multinacional que ocupa ilegalmente uma terra que há anos deveria ter sido destinada à reforma agrária. Definitivamente temos dois brasis. E já não se trata daquela divisão geográfica de Norte e Sul. Já não é aquela divisão entre ricos e pobres. É um Brasil do PSDB e da mídia aliada, nadando em privilégios na Justiça e que está a serviço do capital estrangeiro. E tem um Brasil do PT, que está fazendo o que pode pela imensa maioria dos brasileiros. É este Brasil que mesmo bombardeado, seja com bomba midiática, seja com artefato explosivo, continua achando que Lula foi o melhor presidente da República do Brasil e, o que é mais grave e assustador para esta elite cretina, acha que Lula deve voltar à Presidência em 2018. O advogado e ex-deputado Luís Eduardo Greenhalgh pede no Twitter uma campanha midiática sobre a bomba, lembrando que campanha midiática está muito em moda, para divulgar o atentado a bomba no Instituto Lula. Mas não vai ter. No fundo, querem mesmo a eliminação física de Lula, pois esta é a única forma de frear a sua volta ao Palácio do Planalto.

Também não vai ter golpe
Depois de um ano e meio prendendo meio mundo de empresários e de gente do PT com a expressão do tesoureiro João Vaccari e agora de José Dirceu, que já era preso e, portanto, não oferecia nenhum risco a testemunhas ou mesmo qualquer risco de fuga, eis que, em sua 17.ª fase, a Operação Lava Jato não consegue mexer com um fio de cabelo de Dilma Rousseff e, por mais que o nazistoide juiz Sérgio Moro viva lambendo a rapadura para pegar Lula, o ex e futuro presidente segue ileso, por não ter nada que lhe desabone. Quanto à honestidade de Dilma, até Fernando Henrique, ainda que de forma meio hipócrita porque queria atingir Lula, já deu seu depoimento lá pelas terras estrangeiras.

Cenário futuro com Dilma
O jornalista gaúcho Ilimar Franco escreveu artigo mostrando que os golpistas podem começar a desensarilhar as armas. O mercado financeiro já projeta o futuro próximo com Dilma no poder: "Investidores do mercado financeiro projetam um cenário com a permanência da presidente Dilma no poder. Esse é o recado que eles têm recebido de consultores políticos. Estes dizem que após a avalanche de denúncias de corrupção ela sairá menor e terá de reduzir o espaço do PT. A realização de novas eleições já e a deposição de Dilma e de seu vice Michel Temer ficaram sem chão”

Cenário futuro com Dilma II
E prossegue Ilimar Franco: “Eles relatam que há desânimo entre os aecistas. A principal razão da reversão de expectativas é institucional. Perguntam: qual autoridade de um TCU onde a conduta de três de seus ministros está na berlinda? E questionam: qual a moral do presidente da Câmara chicoteado pela delação do executivo Júlio Camargo?"

sábado, 1 de agosto de 2015

Terrorismo contra o PT... Pode.

A direita ensandecida está esquecendo que os petistas são de carne e osso, têm sentimentos, têm consciência política e defendem um projeto que, apesar de tudo, tem um balanço positivo no Brasil, com repercussões mais que positivas nas quatro “pruvenças” do mundo, desde as mais humildes tribos africanas aos mais luxuosos salões americanos, asiáticos e europeus. A direita está saindo do campo da disputa política para a provocação, da provocação para a agressão, o confronto físico; da queda de braço, do cabo de guerra para o perigoso pantanal da guerra aberta. À base de fogo e de explosões. Prender petistas sem provas por práticas políticas que os outros partidos sempre fizeram e continuam fazendo e o fazem concomitantemente, é uma desculpa esfarrapada para criminalizar o partido, enfraquecer o governo e inviabilizar Lula como candidato em 2018. Só. Combater a corrupção ninguém quer, porque o outro lado está eivado dela e não se move uma palha contra, a ponto de investigador ter a cara de pau de dizer que não sabe o que significa a sigla “FHC”... É complicado, por não ser democrático, ver-se uma mídia inteirinha tomando partido contra um partido, contra um governo e até contra o País, quando isto interessa ao projeto de criminalizar, satanizar, acusar, caluniar, julgar, prender e riscar do mapa o PT. E o que é mais grave, ver-se a Justiça, o Poder Judiciário não só ser conivente com esta bandalheira, mas acima de tudo, fazer parte dela. Ver-se uma Polícia Federal se tornar polícia política e, ao contrário do que já é condenável quando as polícias políticas são defensoras dos governos, esta se dar ao luxo de conspirar e agir contra o governo por dentro do governo, à custa do governo, a serviço da oposição, com os mesmos fins com que sua banda podre agiu durante a ditadura. Manter um tesoureiro de partido preso porque recebeu dinheiro de uma empresa, legalizadamente, da mesma forma que a campanha adversária recebeu e recebeu um valor ainda maior. Para desespero desta direita enlouquecida o povo não aceita seu discurso explosivo, inflamado, porra-louca. Os petistas estão firmes com o partido, se organizam, debatem, mas se mantém nos limites da disputa política civilizada, dentro dos limites da legalidade. Ao invés de perder filiados, o PT os ganha. Novos filiados chegam aos milhares. Mas... nesta semana, jogaram uma bomba no Instituto Lula; não é a primeira vez que agridem fisicamente um espaço do PT. Duas sedes municipais já foram queimadas. São três atos de terrorismo físico, além do terrorismo midiático, jurídico, ideológico e político. Continuemos nas Notas Curtas:

Até quando?
Resta saber até onde, até quando, o partido, enquanto instituição vai aceitar ser agredido por terroristas e não encontrar abrigo nas instituições que cuidam da preservação e do respeito à lei, até quando o PT vai continuar dando a outra face e arranjando mais outra e mais outras e mais outras faces a apanhar. E... O que é mais difícil, até quando o PT, enquanto direção partidária vai conseguir segurar dois milhões de filiados e cinquenta milhões de simpatizantes. 

Dá para segurar?
Será que no meio dessa imensidade de gente, de corações, de mentes, de sentimentos, vai ser possível controlar o desejo de alguém revidar. E começar uma situação de instabilidade capaz de tirar a paz do País?

Querem a guerra?
Só que, cabe perguntar: não é isso mesmo que a direita está querendo? Particularmente, acho que sim. Mas tem muita gente que aceita a provocação e pode, a qualquer hora, perder a paciência e partir pro pau.

Pode aqui, pode ali
Isso é muito, mas muito ruim. Mas também é muito possível, porque se vai ficando provado que terrorismo contra o PT, pode. De repente, alguém – ou “alguéns” – pode se dar ao direito de pensar que contra os terroristas ou seus padrinhos, também pode.

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Entre a primeira e a segunda capa de Veja, vai-se de 38 a 40 anos. Um terrorismo midiático sem fronteiras, sem limites. Tem mais a guerra jurídica que rola há pelo menos dez anos com exposição na mídia, a guerra política que já era grave e se agravou mais ainda com Eduardo Cunha na presidência da Câmara e Aécio no palanque desde a campanha. Agora, a direita, depois de ir às ruas e pedir “democraticamente” a volta dos militares, começou a fase do terrorismo físico. Duas sedes do PT queimadas e uma bomba no Instituto Lua. Claro que querem guerra.