quarta-feira, 30 de julho de 2014

A síndrome eleitoral de Jayme Hipólito

Ontem, lembrei-me muito do jornalista e escritor Jayme Hipólito Dantas, de quem tive a honra de ter sido aluno na Faculdade de Direito da Uern, ainda Furrn. Brilhante, ágil, competente, honesto, grande jornalista, grande advogado, promotor, professor e escritor de grande porte em vários gêneros textuais, com destaque para os contos. Dizem que ele foi candidato a vereador e, mesmo sendo dotado de reconhecida capacidade, o eleitorado ligado em outros valores que não a competência não lhe garantiu a cadeira no Legislativo mossoroense. E estando ele, depois do resultado negativo, lá pelo cartório do amigo Joca Bruno, um eleitor dele se aproximou lamentando a sua derrota nas urnas, contrastando com tantos pontos positivos em seu currículo. E terminou com uma pergunta: - Mas Doutor Jayme, o que foi que faltou para o senhor ser eleito? Jayme, num jorro de verve bem-humorada, disparou: - Faltou voto, meu filho. Só isso...  A situação me veio à lembrança, pelo que constato nas conversas informais sobre o pleito estadual, no que se refere ao filho de Aluízio Alves, deputado decano e presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, duas vezes presidente interino da República, ora candidato ao Governo do Estado. Com quase todos com quem converso, me aparece uma avaliação de que Henrique vai ganhar... Porque tem muitos prefeitos com ele, tem muitos deputados, tem muitos vereadores, tem dinheiro em banda de lata, tem muito prestígio em Brasília. Ou seja, está com a bola toda... Mas quando pergunto: - E você vota nele? A resposta quase sempre é: - De jeito nenhum. Deus me defenda. Aí fico me perguntando: Como é que se ganha eleição sem voto?

Hilário
Ciclistas em protesto contra a insegurança que reina em Natal foram assaltados. Literalmente, no ato...

Lixo do RN ainda sem destino
Roberto Lucena, repórter. Menos de 7% dos municípios do Rio Grande do Norte dão destino correto ao lixo produzido diariamente pela população. Atualmente, o Estado conta com dois aterros sanitários que atendem apenas onze cidades. Os demais 156 municípios despejam o lixo em aterros controlados ou lixões a céu aberto. Os números revelam que a maioria dos gestores municipais, não...

Aécioporto
O candidato Aécio Neves se enrola muito mais, a cada tentativa de se desvencilhar do nó em que se meteu com o aeroporto construído com dinheiro do Estado no seu governo, em terreno de um tio. Agora admite que usou o aeroporto, mas foi legalmente, para um pouso de helicóptero. Já foi desmentido pelos fatos. Para ter sido legal o uso teria que ter uma autorização prévia da ANAC e não teve. Não bastasse este detalhe de suma importância, Aécio tem um heliporto autorizado a apenas seis quilômetros do local. Para que usar o aeroporto como heliporto? Parece aquela velha expressão nordestina: “Quanto mais jura mais mente”.

FotoLegenda
Admirável a luta de Chiquinho, conhecido no meio artístico como “Chico Window”, para manter em funcionamento o Teatro Dix-huit com programação de bom nível cultural. Recentemente, reuniu-se com artistas para negociar as pautas e vai tocando a luta enquanto a nova secretária Isolda Dantas.

terça-feira, 29 de julho de 2014

ONU é só elogios ao Brasil em relatório internacional

Marco Prates, da Revista Exame, mostra que não é de hoje que a ONU cultiva a mania de enfocar o lado positivo e os bons exemplos dos países que aparecem em seus relatórios de análises globais, principalmente quando se trata do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. Desta vez, porém, fica explícito que o Brasil virou, aos olhos dos organismos internacionais, sinônimo de país que combate a pobreza e mira as desigualdades sociais. O destaque é mesmo o programa Bolsa Família, citado sete vezes ao longo do relatório como exemplo bem-sucedido de transferência de renda. Mas há um debate interno na ONU sobre suas qualidades. Não só isso: também a política de cotas nas universidades e a evolução do acesso à educação ganham linhas elogiosas e, por vezes, pouco críticas, vale destacar. Tendo como fonte principal estudos e trabalhos acadêmicos, o relatório produzido pelos analistas da ONU pode parecer aos olhos nacionais pouco realista em alguns momentos. O MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, por exemplo, aparece como uma associação civil autônoma de partidos políticos com peso educacional na luta do Brasil para ensinar crianças a ler e escrever. A finalidade do “Human Development Report 2014”, segundo a ONU, é mostrar como países podem se fortalecer para estarem prontos diante de crises inesperadas, principalmente do ponto de vista social. Neste ano, o Índice de Desenvolvimento Humano trouxe uma leve melhora do Brasil, que subiu uma posição e ficou em 79º lugar dentre 187 nações. Confira abaixo as nove vezes em que o país aparece com destaque no relatório de 239 páginas, com os respectivos trechos. Vamos às notas:

1ª) Programas sociais em países não ricos
“É um equívoco comum é que apenas os países ricos podem pagar por proteção social”: Destaque para ‘Bolsa de Apoio à Criança’, da África do Sul, que custou 0,7 por cento do PIB em 2008-2009 e reduziu a taxa de pobreza infantil de 43 para 34%. E Bolsa Família, do Brasil, que custou 0,3% do PIB em 2008-2009 e foi responsável por 20-25% da redução da desigualdade."

2ª) A importância de olhar o IDH sob o prisma da desigualdade
“Na Bolívia, Brasil e Camboja o crescimento do consumo para os 40% mais pobres tem sido mais rápido do que para a população como um todo."

3ª) Capacidade de proteger a população mais pobre  em épocas de crise
“Veja a iniciativa do Bolsa Família, um programa de transferência de renda que tem como objetivo minimizar os adversos impactos de longo prazo, mantendo as crianças na escola e protegendo a saúde delas."

4ª) Como fortalecer a proteção social
Trechos: “O Bolsa Família, no Brasil, e o Oportunidades, no México, são outros exemplos de políticas ganha-ganha”.

5ª) Ação de governos para reduzir a pobreza
Trechos: “Governos geram apoio político para ações públicas contra a pobreza ao criar um clima favorável para ações pró-pobres, o que facilita o crescimento de associações da população pobre e aumenta a capacidade política desta”.

6ª) Desigualdade racial e inclusão social
“Brasil está tentando reduzir as disparidades raciais para sua população afro-brasileira e mestiça, que constitui mais da metade dos seus 200 milhões de pessoas, através da implementação de políticas de ação afirmativa na educação". "Em 1997, 2,2% dos estudantes pretos ou mestiços com idades entre 18-24 estavam em universidades; em 2012, 11%."

7ª) A participação civil nas decisões públicas
“Novas formas de ação coletiva e novas energias cívicas agora se engajam politicamente a nível local – como os processos de orçamento participativo em Porto Alegre, no Brasil, ou o Ato de Direito à Informação na Índia”.

8ª) Construindo um país preparado para adversidades
“Os esforços do Brasil para reduzir sua desigualdade de longa data, promovendo a redistribuição de renda e de acesso universal à educação, saúde, abastecimento de água e saneamento também melhoraram a nutrição infantil, o que resultou em uma grande redução na desnutrição de crianças entre os 20% mais pobres da população."

9ª) Associações civis e governabilidade
“Devido à participação popular nas decisões de governo do Brasil, o coeficiente Gini de desigualdade caiu de 0,59 em 2001 para 0.53, em 2007."

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Escândalo fez Aécio cair em pleno voo

Antonio Lassance, importante cientista político, faz uma análise dos estragos da denúncia publicada pela Folha de S.Paulo dando conta de um aeroporto feito por Aécio Neves quando governador em terras de um tio. Vale salientar que, depois dessa, apareceu outra falando de outro aeroporto numa cidade de Montezuma, a apenas 30km de uma empresa da família de Aécio Neves. O analista entende que o estrago tem sido maior que a assessoria de Aécio imaginava. Vejamos:  A denúncia do aeroporto construído na fazenda que pertencia ao tio de Aécio Neves, com dinheiro público, fez um estrago maior do que o esperado pelo candidato e sua coordenação de campanha. A equipe responsável pela campanha já tem sinais claros de que a denúncia "pegou" - ou seja, ganhou grande repercussão entre os eleitores mais informados sobre política e já virou o assunto principal associado ao candidato. Os sinais foram colhidos em pesquisas internas, tanto telefônicas quanto de análise da repercussão em redes sociais. A péssima notícia virou um grande problema para a campanha oposicionista e deixou seu comando, a começar do próprio Aécio, indeciso sobre o que fazer, de agora em diante. Até o momento, a tática era a de fugir do assunto o máximo possível. Pensava-se, de início, que o ideal seria não comentá-la para não dar mais "asas" ao assunto, e diminuir o risco de "o aeroporto do tio de Aécio" - que é como o assunto tem se popularizado - colar ainda mais na imagem do candidato. Os dados colhidos da percepção dos eleitores mostram que isso já não funciona mais. Pior: pode já estar surtindo efeito contrário. Quando foi pego de surpresa, Aécio deu declarações que, logo em seguida, foram desmentidas por outras reportagens. Nos dias seguintes, se calou sobre o caso. Ontem, ao ser perguntado por jornalistas a respeito, Aécio simplesmente recusou-se a responder. De agora em diante, a postura só ajuda a consolidar a convicção, entre muitos eleitores, de que o candidato está "metido em corrupção" - para usar uma frase comum surgida nas respostas da pesquisa telefônica. A postura de criticar as investigações da Anac e do Ministério Público pode piorar o quadro ainda mais, pois deve reforçar a crítica de que se tenta esconder sujeira debaixo do tapete. Pesquisas internas, como as telefônicas, servem apenas como um recurso rápido para analisar o tamanho da repercussão que um assunto ganha na campanha e calibrar a dose da resposta a ser dada. A campanha de Aécio já espera por uma queda em suas intenções de voto, a ser aferida nas próximas rodadas, a partir de agosto. Agora começa a fase na qual a divulgação do escândalo começa a chegar no boca a boca da campanha com mais força. Doravante, se Aécio for pousar na pista do seu agora muito conhecido aeroporto, escondidinho na cidade de Cláudio, interior de Minas Gerais, é bom pedir ao comandante para avisar: "atenção, torre de controle. Temos um problema!"

Sem repercussão
Não deu a mínima repercussão a vinda a Mossoró do deputado Henrique Alves, candidato a governador. O mais grave. Cheguei a falar com uma pessoa ligada ao Larissandrismo, que disse: “Em Sandra e Larissa eu voto, mas em Henrique, depois de tanta luta dele contra nós, Deus me livre”. Mais ou menos o que já previmos neste canto de página. Sandra não transfere votos para candidato majoritário, tampouco se esforça para isso. Foi assim com Fernando Freire e com Iberê para o Governo e com Fernando Bezerra e com Wilma para o Senado. De quebra, ainda tem essa briguinha ridícula dela com Fafá fazendo Henrique ter dois palanques e dois discursos em Mossoró, numa matemática de divisão e não de soma.

Barril de pólvora
O Oriente Médio, em peso, está dentro das mesquitas orando a Maomé, o profeta guerreiro. É o Ramadã, espécie mês santo dos islamitas. Estupidamente, os israelenses bombardeiam Gaza. O ódio religioso é destilado lado a lado. Preparem-se para a reação. É triste, mas a irracionalidade sionista não tem mais limites. O ódio cega.

Desperdício
Na Tribuna do Norte, uma matéria mostrando que na Ceasa de Natal, em média treze toneladas de alimentos se perdem por dia. Claro que muitos são jogados fora por já se encontrarem estragados, mas é bom lembrar quer mesmo esses podem se transformar em alimentos de animais que podem produzir carne, leite ou ovos. O desperdício é uma praga mundial, mas no Brasil, terra do Fome Zero, é maior que em qualquer lugar do mundo.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Ariano morreu. Viva Ariano!

Acabo de sair de uma reunião e me deparo com notícias na internet dando conta da morte do gênio nordestino Ariano Suassuna e outras notícias desmentindo. Ter morrido ou não ter morrido, não altera a grandeza desse gênio imortal da Academia Brasileira de Letras e, acima de tudo, da cultura brasileira e universal. Quando Ariano Suassuna veio a Mossoró receber o título de Doutor Honoris Causa da Uern, o então reitor Walter Fonseca convidou este colunista/cordelista para apresentar o novo doutor na sua linguagem preferida, a literatura de cordel. E foi um sucesso. Ariano ficou extremamente feliz porque, sendo um dos maiores estudiosos desta expressão literária, nunca havia sido homenageado num folheto sobre a sua vida e obra. Agora que dele nos despedimos, relembro aquele momento glorioso de 2004, no Teatro Lauro Monte Filho:

I
A Uern nos convida
Para ocupar a tribuna
E na sua galeria
Preencher uma lacuna
Dando esse título exemplar
A Ariano Villar,
O Príncipe dos Suassuna!
II
Doutor pela nobre causa
Do seu fazer teatral,
Do saber do Sertão/mundo,
Do dizer armorial
Épico, romance e canção
Do clássico do seco chão
Do Nordeste universal!
III
Ariano é verve homérica,
Cabeça brechtiana,                                                                                                                                    
Cervantes sem quixotismo
Da cena paraibana;
Camões da nossa nação,
Gil Vicente do Sertão
Um gênio da raça humana.
IV
Foi nascido em 27
Com “fógo”, cachimbo e loa.
Nossa Senhora das Neves
Seu berço, terra tão boa
Espetáculo de cidade
Que contra  a sua vontade
Se chama de João Pessoa.
V
Filho de João Suassuna
E Dona Rita Villar
Sendo ele governador,
Ela, mulher exemplar,
Ariano com três anos
Viu tudo mudar de planos
Ao ver o seu pai tombar.
VI
Pegou fogo a Paraíba
Diante dessa agressão,
Princesa se levantou
Criando nova nação
No meu Sertão nordestino
Com bandeira, exército e hino,
Moeda e constituição!
VII
A seca de 32
Marcou demais os destinos
Dos filhos de Dona Rita
Que assistiram nordestinos
Morrendo de morte vã
E ela vendeu a Acauã
Para educar os meninos.
       VIII
Foi neste clima de dor,
De seca e revolução
Que ele começou a ver
João Redondo, procissão,
Aboio, Cangaço, Coco,
Peleja em Brasil Caboco,
Quadra, Martelo e Mourão!           IX
Dali Ariano foi
Pra o Colégio Americano
No Recife de Nabuco
Ginásio pernambucano
Faculdade de Direito
Onde granjeou respeito
Para galgar maior plano
X
Foi lá que encontrou Colegas,
Companheiros, irmãos, fãs,
Como Hermilo Borba Filho
Aluísio Magalhães
Heraldo Souto e Joel,
Capiba, Ana e Raquel,
Epitácio e Guimarães!
XI
Juntou todos com Brenand,
Do Colégio Oswaldo Cruz
Carlos Alberto Buarque
Juntos a turma conduz
A batalha cultural
Da guerrilha Armorial
Velho saber, nova luz!
XII 
Ariano começou
No mundo da poesia:
Com a Morte de Mão de Pau,
Beira-mar de cantoria
Jesuíno em lutas brabas
E a saga dos Guabirabas
Que o pasto incendiaria!
XIII
Depois entrou no teatro
Resgatando cavalheiros
Reis, bufões, príncipes, princesas
Em palhaços, fazendeiros,
Amarelos, mentirosos
Frades, ladrões, milagrosos
Prostitutas, cangaceiros!
XIV
Povoou a sua obra
De deuses, de herói e mito,
João Grilo sendo um Moisés,
Os Cariris sendo o Egito,
Céu, inferno e terra perto
E atravessando o deserto
Com seu primo Manuelito!
XV
Sua obra universal
No chão de Acauã habita,
Panati, Saco e São Pedro
Princesa e Pedra Bonita
Em “tí” Joaquim, monarquista,
“Tí” Manuel, materialista
...Na Compadecida, Rita!
XVI
Junta Téspis, Ésquilo e Sófocles,
A Marinho e Zé Limeira
Shakespeare a Leandro Gomes
Plauto e La Barca, a Vieira;
Popular, sábio, erudito,
Compondo o caldo bonito
Da cultura brasileira!    XVII
Criou o Armorial
Com Janice e com Brennand
Maximiniano Campos
Capiba, Peixe e Gilvan
Samico, estes que sabem juntar
O clássico com o popular
O ontem com o amanhã!
XVIII
Na sua dramaturgia
Cada fala é uma lição:
“Mulher Vestida de Sol”,
“Cantam as Harpas do Sião”,
“João da Cruz”, que vem de três
Folhetos e o entremez
“Torturas de um Coração”!
XIX
Fez o “Arco desolado”,
Lançou “O Rico Avarento”
“O Castigo da Soberba”
Suspeitoso Casamento,
“Auto da Compadecida”
De todas a mais querida,
Sucesso a todo momento!
XX
Também “O Homem da Vaca
E o poder da fortuna”
“O Santo e a Porca”, e mais
“A Pena e a Lei”, tribuna
De mensagem de justiça
“Farsa da Boa Preguiça”
São obras de Suassuna.
XXI
Escreveu Fernando e Isaura
Dos laços do coração
O Príncipe do Vai-e-Volta
Dos reinados do Sertão.
E em sua Pedra do Reino
Ariano deu um treino
Para a imortalização
XXII
Cinco Minutos são poucos
Pra descrever de uma vez
Obras que estão no Espanhol,
Francês, Alemão, Inglês,
Polonês, hebraico e tcheco
Cuja leitura tem eco
Holandês e finlandês!
XXIII
Ariano é professor,
Escritor e Advogado,
Tem bode em Taperoá,
Foi Secretário de Estado,
É homem, é santo, é gigante
Enciclopédia ambulante
Que ensina e é estudado!
XXIV
É gênio de engenho e arte
É inimigo do engodo,
Dramaturgo e romancista,
Militante e rapsodo
Digo, no que me concerne,
Que o novo Doutor da Uern
É doutor do mundo todo!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O pensamento tautológico de Aécio Neves

OBlog do Ivanovitch traz um artigo bem interessante mostrando as contradições de Aécio Neves, sob o título “O pensamento tautológico de Aécio Neves”, candidato do PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, à Presidência da República Federativa do Brasil:
"No Bolsa Família tem o DNA do meu partido". Ora, o Brasil inteiro sabe que antes Aécio abominava o programa criado por Lula. Hoje demagogicamente, faz questão da paternidade, num intuito de confundir o eleitor; "Minas Gerais sofreu um Choque de Gestão". Bom. Há de se convir que a palavra “sofreu” é muito bem aplicada e tem o sentido real e não figurado. Tanto que escondeu que triplicou a dívida do estado durante os seus dois governos; "Não vacilarei em adotar medidas impopulares". Arrochar o salário mínimo, flexibilizar a CLT, recorrer ao FMI, Fundo Monetário Internacional... Impopulares, mas muito simpáticas à elite nacional e internacional; "Criamos o real". Está mais que esclarecido que quem criou o Plano Real foi o presidente Itamar Franco. E que o ministro da época do lançamento era Rubens Ricúpero e não FHC, como querem fazer crer os tucanos; "Dilma Foi vaiada, pois plantou o que colheu", clara demonstração da baixeza d’alma de Aécio e do tamanho do caráter que possui. Vale lembrar que ele “esqueceu” que foi fartamente vaiado estrondosamente no carnaval de Aracaju e de Recife. "Nunca cheirei cocaína na minha vida, isso é intriga do submundo da WEB", vergonhosa tentativa de esconder o que os próprios correligionários propagam aos quatro ventos; "O Brasil está um caos só, a inflação disparou, o povo está insatisfeito, sem salário e sem empregos, os juros estão altos, a Copa das Copas será um fracasso", tudo num mau falatório e numa difamação do Brasil, para angariar alguns votos. O mais grave é que nada disso bate com as estatísticas. "Vou varrer com um tsunami o PT, Partido dos Trabalhadores do governo". Antes dele Jorge Bornhausen, de DNA nazista, prometeu tirar do mapa a “raça petista” por pelo menos trinta anos. Doze já se foram... "A Dilma é incompetente". Disse Aécio ao esquecer o que foi como deputado, governador, senador, sem nunca ter tido nenhum projeto digno de nota para apresentar; "Resgatarei a herança de FHC, Fernando Henrique Cardoso para o povo trabalhador brasileiro e para os aposentados da nação", quer gerar pânico para desestabilizar a economia; "A Petrobras é uma vergonha Nacional". As ações caem, mas os amigos e o suposto financiador da campanha, George Soros as compram na baixa e as vendem na alta; "O Ronaldo Fenômeno expressa o sentimento da nação e cercar-me-ei do que há de mais novo, reformador e progressista no País"; e nos apresenta o DEMogorgon Agripino Maia, Líder da extrema direita raivosa, reacionária e atrasada, E o ultra-conservador-ortodoxo Armínio Fraga Neto; e Para seu vice, o destemperado e despreparado para o Cargo, Aloysio Nunes Ferreira Filho; Antônio Anastazia, um dos responsáveis pela gestão temerária em Minas Gerais, Pimenta da Veiga, José Serra e Luciano Huck. Belo discurso para um candidato a presidente da República.

Recebendo
Pelo que ouvi de Lula em São Paulo, acredito que não tem joguinho com Lula pra quem está fazendo jogo duplo. Henrique foi ao aeroporto receber Eduardo Campos, em Natal. Já no Ceará, Eunício Oliveira foi receber Aécio Neves no aeroporto de Juazeiro do Norte. Esquecem que o vice de Dilma é do PMDB, partido deles dois. Esquecem que Lula vai para o palanque que estiver identificado com o PT.

Sem noção
Acho que não tem mais graça algumas pessoas que ficam criticando Fátima Bezerra e Robinson por estarem recebendo votos e apoiamentos de rosalbistas. Não vejo nenhuma aberração nisto. O DEM, partido que de democrata só tem o nome, vetou a candidatura natural de Rosalba ao governo. Ela e seus seguidores ficaram órfãos de candidaturas, portanto, têm que escolher alguém para votar.

Ditadura
Querem, por acaso, que o PT e o PSD cheguem para a imprensa e digam que não querem estes votos? Só imbecis podem pensar assim. Até porque historicamente não se rejeita votos, muito menos se pode proibir o eleitor de escolher os candidatos em quem querem votar. Além do mais, os henriquistas que querem criticar não têm moral para isto, pois queriam por que queriam os votos de Rosalba. E agora dizem que estes votos não prestam. Uma ova!

FotoLegenda
Para os que acham que Dilma está mal, porque alguns institutos a põem com uma intenção de votos equivalente à de todos os opositores juntos, lembramos que vale a pena dar uma checada na realidade do PT nas campanhas anteriores no início das campanhas, como agora:

sábado, 19 de julho de 2014

Números do Datafolha: Quem é que deve se preocupar, mesmo?

Análise bastante pertinente dos números oferecidos pelo instituto Datafolha circula na internet, mostrando quem realmente deve se preocupar com essa pesquisa em que aparece um suposto empate técnico, num suposto segundo turno, supostamente entre Dilma e Aécio Neves. Dilma estaria empatada com Aécio Neves numa simulação de segundo turno. Diz a análise: Então, tá. Vamos destrinchar os resultados e comparar com os números de 2010? Antes de mais nada, nem o segundo turno está definido ainda. Enquanto todos se apegam ao Dilma tem 36% e Aécio 20%, poucos se dão ao trabalho de fazer as continhas: Dilma tem o mesmo percentual de intenção de votos que todos os outros candidatos (Aécio, Eduardo e nanicos) somados. Então, temos que Dilma 36% X 36% os outros somados. Portanto, segundo turno ainda é incerto. Mas vamos falar do que causou a celeuma, o segundo turno. Aécio subiu muitos pontos. Mas, mesmo assim, o empate é técnico, pois o embate está a Dilma 44% X 40% para Aécio. Agora vamos comparar os números do Datafolha de julho de 2014 com os números do Datafolha de julho de 2010, quando Dilma Rousseff concorria com José Serra. Nessa época, Dilma tinha 39% contra 38% de Serra, no primeiro turno. Empate técnico. Detalhe: Aécio, quatro anos depois, tem praticamente metade dessas intenções de voto de Serra. E, segundo essa mesma pesquisa antiga, numa suposta simulação de segundo turno, a briga estava 47% a 45%. Com José Serra na frente. Pois bem. Em 2014 temos um candidato tucano com bem menos intenção de voto e um suposto segundo turno supostamente empatado. E uma presidenta candidata à reeleição, com um governo com 70% de aprovação (32% de ótimo/bom + 38% de regular). Ademais, segundo essa mesma pesquisa, 58% dos entrevistados acreditam que a inflação vai ficar como está, apenas 12% dos entrevistados acham que sua própria situação econômica vai piorar e 70% acreditam que não correm o risco de ser demitidos. Fica a pergunta: quem é que deve perder o sono com essa pesquisa, mesmo?

É demais
O Correio Braziliense já fala de empate técnico entre Dilma e Aécio. Santa paciência, né?

Mais que demais
Na última pesquisa divulgada pelo Datafolha, consta no primeiro turno um percentual de 27 a 28% de nulos/não sabem. No segundo turno entre Dilma e Aécio, o percentual de nulos/não sabem cai para 16%. Uma diferença de 12% que cai no intervalo de um minuto entre uma pergunta e outra. O mais grave é que todos os 12% de eleitores que não sabiam ou não queriam votar no primeiro turno, ao decidirem, correm todos para Aécio Neves e nenhum para Dilma. Até parece a seção de cartas da revista Veja, onde nunca aparece nenhuma carta favorável ao governo.

Dilma chegando
O Governo Federal autorizou empenho e transferência de recursos na ordem de R$ 3,4 milhões para ações de defesa civil em Natal, no restabelecimento de serviços essenciais em Mãe Luíza, em obras provisórias de saneamento, abastecimento de água, aluguéis de imóveis para os atingidos, dentre outros. O empenho foi publicado na edição desta sexta-feira 18, do Diário Oficial da União (DOU).

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Neoliberalismo na veia e retrocesso

Davis Sena Filho, editor do blog Palavra Livre, divulga artigo que precisamos ler para uma importante reflexão:  O primeiro decreto de FHC, o Neoliberal I, quando assumiu a Presidência da República foi extinguir a Comissão Especial de Combate à Corrupção efetivada pelo presidente nacionalista Itamar Franco, o verdadeiro pai do Plano Real. O tucano era seu ministro da Fazenda, fato este que levou Itamar, posteriormente, arrepender-se, e, inclusive, questionar duramente a conduta de FHC, que assinou as cédulas da nova moeda no lugar do então ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero. O tucano não era mais ministro, e incorreu em erro grave. Acusou Itamar: "Eu me arrependo é de ter escolhido ele candidato. Tenho o maior respeito pela inteligência dele, mas ele errou. Ele já não era mais ministro da Fazenda e, mesmo assim, assinou cédulas. Esse é o FHC, aquele presidente do PSDB entreguista e que governou o Brasil como um caixeiro viajante e, subserviente e subalterno, implementou no País a diplomacia da dependência, porque alinhada automaticamente com os interesses dos EUA. Poder-se-ia também chamá-la de diplomacia do tirar os sapatos, como o fez o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, em 31 de janeiro de 2002. O fim da Comissão, na verdade, tinha por finalidade deixar livre o caminho para as privatizações, também conhecidas por grande parte da população brasileira como privatarias. O Neoliberal I realmente não defendeu os interesses do Brasil quando foi eleito o mandatário mais importante do País. Pelo contrário, o quebrou três vezes, pois foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos. Em encontro de presidentes de países considerados desenvolvidos, o mandatário porta-voz das elites e submisso aos ditames do FMI, do Banco Mundial, da OMC e da UE levou um "carão" do presidente estadunidense, Bill Clinton. Ai daquele que se atrevesse questionar o pensamento único da década de 1990 e início do século XXI. Era logo chamado de dinossauro ou "esquerdopata", pois os arautos da dependência e da servidão aos países ricos batiam sempre na mesma tecla de que as ideologias acabaram com o fim da União Soviética e que termos como esquerda e direita se tornaram arcaicos. A verdade é que o PSDB ainda não pagou por seus erros até hoje, tanto no âmbito do Judiciário quanto no que é referente ainda a vencer eleições em estados de eleitores conservadores, a exemplo de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, unidades da Federação ricas cujos governos ocupados pela direita de caráter udenista reagem, com o apoio e a proteção da imprensa, aos programas e ao projeto dos governantes trabalhistas de distribuição de riqueza e renda, que geram empregos, porque giram a roda da economia. Fernando Henrique Cardoso é o pior presidente que este País já teve. Aécio Neves, é seu alter ego quando mais jovem. FHC é um playboy com verniz de intelectual, mas como sociólogo não conhece o povo e suas assertivas sobre a sociedade brasileira são completamente superficiais e confusas. Trata-se de neoliberalismo na veia, a ter como áulico o ex-presidente do Banco Central de FHC, o banqueiro Armínio Fraga, que já anunciou as medidas impopulares que Aécio Neves vai efetivar em um tempo de Brics, de desenvolvimentismo, de consolidação de blocos econômicos que não rezam pela cartilha draconiana do FMI e do BIRD, bem como do fortalecimento dos mercados internos dos países emergentes, principais criadores de empregos e de desenvolvimento das nações que buscam outras saídas que não sejam aquelas indicadas pela ONU e pelas instituições econômicas criadas após a II Guerra Mundial.

César “Vaia” atrás
Pesquisa Datafolha divulgada anteontem aponta Romário (PSB), com 29% das intenções de voto, cinco pontos percentuais à frente de César Maia (DEM), com 23%, na disputa ao Senado pelo Rio de Janeiro. Segundo a pesquisa, a preferência por Romário é maior entre homens (38%), entre os que têm entre 25 e 34 anos (36%), e entre os que têm renda média familiar mensal entre de 5 a 10 salários mínimos (43%).

Campanhas
Robinson Faria, candidato a governador e Fátima Bezerra, candidata ao senado, deram a largada das suas campanhas ontem em Mossoró. O bloco está chegando às ruas e promete uma campanha vitoriosa. Henrique, por sua vez continua na luta por apoios de lideranças. Dentro de pouco tempo saberemos qual a melhor estratégia, se a base ou a cúpula.

Slogan
Muito pertinente o slogan de Fernando Mineiro em sua candidatura à reeleição à Assembleia Legislativa do RN: É possível fazer política com dignidade. É... Que é possível, é. Mas, são muito poucos que, como Mineiro, o conseguem.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

César “Vaia” e a volta do cipó de aroeira

Lembram de César Maia, que ficou conhecido como César Vaia quando estimulou uma vaia ao então presidente Lula, na abertura dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro? Pois ele agora estava candidato a senador da República, mas foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. César Vaia saiu da Prefeitura do Rio de Janeiro com um dos índices de aprovação mais baixos de uma administração municipal. Acho que 24%. O veto à candidatura de César Maia, que por sinal é dos MAIS DE Catolé do Rocha, donde vemos Maias daqui, demonstra duas coisas. A primeira é que não é muito bem aceito do fato de se articular vaias a um presidente da República num momento de uma festa que o dito presidente contribuiu fundamentalmente para a realização dele. O outro é que um prefeito que se ocupa em juntar gente para botar dentro de um estádio, ainda dá um jeitinho de pagar ingressos caros dessa claque com a finalidade de gerar um fato negativo a imagem da autoridade agredida, acaba se dando mal na sua própria popularidade. E, de quebra ainda revela o fato de que somente um político mau caráter com histórico de Ficha Suja se ocupa de expediente tão baixo. A lição fica para no futuro conhecermos e analisarmos quem articulou as vaias e, piores que elas, as agressões morais em forma de xingamentos dirigidas à presidente Dilma Rousseff neste novo evento, a Copa do Mundo, que a exemplo dos Jogos Pan Americanos, foi um sucesso total.

Evangélicos
Um segmento religioso que sempre se caracterizou historicamente por mostrar a verdade que acusava Igreja Católica de esconder agora apresenta fortes militantes políticos, nem sempre fichas limpas, usando os púlpitos das igrejas e os programas radiofônicos e televisivos para continuar de maneira cada vez mais acintosa, uma campanha caluniosa, difamatória e injuriosa contra o PT e seus candidatos presidenciais. O mais grave que acho é que alguns pastores sérios ainda estão nesta militância ridícula e nada cristã, na maioria das vezes indicando o voto em candidatos corruptos, cretinos e devassos só com o fito de derrotar o PT, numa campanha preconceituosa e leviana. 

Evangélicos II
Próximo de completar os doze anos de governos petistas não se viu uma única igreja evangélica ser fechada pelo governo, não se viu nem Lula nem Dilma articular no Congresso Nacional, apoio a projetos de lei que defendem o aborto nem o chamado casamento gay, mas muitos pastores seguindo seus falsos líderes políticos continuam com esta cantilena ocupando espaços onde deveria ser pregado o evangelho de Cristo. Uma pena que se faça religião desta forma. Política suja já estamos acostumados, mas religião...

Aprovação turística
Eram esperados 370 mil turistas no Brasil durante a Copa do Mundo. Antes de fechar os números já se falava em 700 mil, agora o ministro Aluísio Mercadante, com base em dados concretos, anuncia que vieram 1.015.035 turistas estrangeiros de 202 países e que 95% deles pretendem retornar ao Brasil. A avaliação dos turistas aos diversos itens de julgamento da qualidade do serviço turístico é por demais animadora: Hospitalidade, 98,1%; Gastronomia, 93,1%;  Segurança Pública 92%; Informação Turística, 90%; Táxi, 90%; Transporte Público, 89,2%; Sinalização Turística, 81,2% e Aeroportos, 80% de aprovação. "95% dos turistas estrangeiros têm vontade de voltar ao Brasil. Eles visitaram 378 municípios durante a Copa do Mundo. Quanto aos turistas nacionais que se deslocaram entre as cidades sedes da Copa. 67% deles visitaram cidades brasileiras que ainda não conheciam.

Pergunta pertinente
Em apenas seis temos 175 palestinos muertos, dos quais 70% são crianças incapazes de sacudir uma pedra de funda ou baladeira num soldado judeu; 1.250 feridos; 5.600 palestinos sem casas; 17.000 palestinos vivendo em refúgios em Gaza... Quem é terrorista?

sábado, 12 de julho de 2014

Nogueirão: o fim melancólico de um sonho que se tornou pesadelo

Arealidade bateu no pescoço e agora a coisa está chegando a uma situação de cheque para o futebol mossoroense, no que diz respeito ao estádio Nogueirão, praça de esportes que tanto orgulho deu à cidade e que, como muitos símbolos desta “Terra do Já Teve”, vai tendo um fim de carreira melancólico. Moro em Mossoró há 39 anos e há pelo menos uns quinze, mesmo não sendo ligado em futebol, ouço acalorados debates sobre o destino do estádio Nogueirão, tendo visto até carreata de protesto contra um colega jornalista que denunciou as falhas estruturais que recomendavam deixar de realizar jogos naquele local. A discussão sempre foi truncada, eivada de egoísmos, demagogia e irresponsabilidade sem limites. No governo estadual de Rosalba Ciarlini, ao menos às vésperas de uma eleição, apareceu até maquete e a garantia de que o Nogueirão seria por fim restaurado e posto à altura do esporte local. Era  prefeita a senhora Fátima Rosado, nora do patrono daquela arena e deputado ligado aos governos municipal e estadual o médico Leonardo da Vinci Nogueira, filho de Manuel Leonardo o desportista que dá nome ao logradouro e que foi um dos batalhadores, junto a Zoivo Barbosa e outros abnegados pela construção daquele que já foi chamado “Colosso da Nova Betânia”, no jargão da megalomania própria da crônica esportiva, onde tudo é grande, genial e histórico. De Rosalba prefeita a Silveira interino e titular, o tema Nogueirão tem sido uma pauta constante e uma solução sempre adiada. Agora, a cidade lê e escuta estarrecida a notícia de que o velho Nogueirão é o alvo da Justiça do Trabalho, para ser posto em leilão, com o fito de pagar-se uma dívida trabalhista de R$ 172.841,62 da Liga Desportiva de Mossoró (LDM), ressaltando-se que o referido estádio já se encontra penhorado desde setembro de 2011. Um jogo de vaidades, interesses menores, alguns até escusos de dirigentes de times menores que têm assento no conselho decisor da LDM e o misto de incompetência e descompromisso de gestores municipais leva o esporte bretão em Mossoró a uma vergonha maior que a derrota da seleção brasileira por 7 tentos a um, nas semifinais da Copa do Mundo. E puxa o fio de uma discussão de que o problema não é do “aqui agora” é fruto de erros históricos. A assessoria Jurídica da LDM discute um fato de suma importância. Lembraram que o estádio é daquela entidade, mas o terreno é da Prefeitura. E, convenhamos, nenhum dos interessados no leilão em rematar o velho estádio, tem interesse concreto nele, mas no terreno valorizadíssimo, para fins de empreendimentos no mercado imobiliário. Diante dessa informação, cabe agora à Prefeitura se mexer, sob pena de se ter o chefe do Executivo condenado por crime de omissão se deixar o estádio ser leiloado, já que, como dissemos, após arrematado ele será implodido para uso do terreno em algum empreendimento. Cabe à Prefeitura acionar sua assessoria jurídica e bloquear o leilão. Ato contínuo numa to de coragem, único eficaz, desapropriar o Nogueirão, municipalizando-o  a um valor que, com certeza será maior que as dívidas que estão forçando sua ida a leilão. Depois poderá negociá-lo com uma construtora que queira usar o terreno num gigantesco empreendimento imobiliário em troca de um estádio à altura de Mossoró. Fora disso, só a balela e a demagogia. Entretanto, a sensação que me invade é a de que vão embromar mais uma vez, “rolando o lero” com muito “sambarilove” e o Nogueirão vai sucumbir à irresponsabilidade do poder público e dos desportistas que não amam o esporte.

Eduardo Campos
Começou mal por estas bandas a campanha do presidenciável Eduardo Campos. Compromisso marcado e desmarcado, Mossoró ficou de fora da sua agenda. A impressão que me bate é a de que o PSB local achou foi bom...

Questão de ângulo
Tudo na vida tem um valor aferido dependendo do ângulo de visão por onde se observa o fato ou a coisa. Sou obrigado a concordar com o senador Cristovam Buarque, um gênio que tem falado muitas besteiras nos últimos tempos, no que diz respeito a uma afirmação sua sobre a tão falada derrota brasileira para a Alemanha. “Vejo muita gente lamentando a seleção brasileira ter perdido para a seleção alemã por 7 x 1, mas não vejo ninguém lamentar por estarmos perdendo para a Alemanha de 103 x 0 na disputa pelos Prêmios Nobel...

Zé Adécio
Não sei quantos votos o ex-vereador Pompeu Amarildo, de Natal, tem ou deixa de ter. Só sei que ele sempre foi um símbolo do wilmismo. Sempre foi um militante fiel, amigo da primeira hora e dos momentos mais difíceis da ex-governadora. Anunciou apoio a Fátima Bezerra para o Senado. E se Pompeu está apoiando Fátima, é porque a coisa lá pelo wilmismo anda muito complicada. Outro anúncio que, se concretizado for, será um forte abalo na campanha de Henrique e põe em xeque a liderança de José Agripino é a possível ida de José Adécio apoiar Fátima e Robinson.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Henrique entre a humilhação, o suborno e a censura aos comunicadores

Odeputado federal Henrique Eduardo Alves, homem que se criou em meio à comunicação, sendo o pai um grande jornalista e depois dono de jornal e de rádio e, mais adiante, de canal de TV e que se fez político contra a ditadura que cassou seu pai e seus tios, está caracterizando essa sua campanha a governador pelo avesso de tudo que deveria ser e fazer. O tratamento de Henrique com os comunicadores do Rio Grande do Norte é mais que lamentável, é profundamente lamentável. Sua agressão ao jornalista Robson Carvalho de Natal, reconhecidamente um grande comunicador, com grande competência investigativa, a ponto de ter provocado com suas reportagens abalizadas o escândalo chamado “Foliaduto”, foi de um ridículo sem limites. Depois que o lhe perguntou sobre as excessivas mudanças de lado na biografia do deputado/candidato ele debochou de Robinson questionando sua capacidade de catalogar fatos que são do conhecimento público em nosso Estado quanto ao pula-pula de Henrique nas últimas eleições e nos períodos posteriores às posses, quando Henrique invariavelmente passa a apoiar os eleitos, mesmo que eles tenham sido combatidos pelo mesmo Henrique nos palanques. Além deste comportamento reprovável de querer humilhar um entrevistador por ter feito uma pergunta inteligente, agora, Henrique passa a ter mais dois comportamentos negativos. O primeiro a tentativa de comprar a pena de alguns jornalistas e radialistas venais e, mais ainda, dos próprios veículos de comunicação, alguns dos quais já mudaram o tom da prosa, gerando fortes suspeitas de que estão vergonhosamente comprados. Tem jornal na capital que era Robinson desde criancinha e que da noite por dia tornou-se henriquista desde espermatozoidinho... Henrique ser... Ou não ser. Eis a questão. Questão de números, diga-se. Agora começou a caça às bruxas. Jornalista ou radialista que diz ou tem potencial de dizer o que lhe desagrada, manda tirar do ar. Por estas e outras Henrique corre o risco de, pela primeira vez na vida, ser obrigado a trabalhar para sobreviver. Pois do jeito que vai, perde a eleição porque ninguém mais aceita a ditadura.

Respeito é bom
Lukas Josef Podolski, polaco naturalizado alemão, atacante ou meia ofensivo, que joga pelo Arsenal e pela Seleção Alemã deu uma lição de respeito ao País que ajudou a derrotar, diferentemente dos coxinhas vira-latas que estavam de verde e amarelo antes do jogo Brasil X Alemanha e depois saíram queimando a bandeira nacional e depredando ônibus.

Respeito é ótimo
Vamos ao que disse o craque polaco/alemão: “Respeite a amarelinha com sua história e tradição, o mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será o País do Futebol. A vitória é uma consequência do trabalho, viemos determinados, todos nós crescemos vendo o Brasil jogar, nossos heróis que nos inspiraram são todos daqui. Brigas nas ruas, confusões, protestos não irão resolver ou mudar nada, quando a copa acabar e nós formos embora, tudo voltará ao normal. Então muita paz e amor para esse povo maravilhoso, um povo humilde, batalhador e honesto, um país que eu aprendi a amar”.

Massacre real
Enquanto o Brasil continua chamando de tragédia, de massacre e de importante fato histórico, a desclassificação da seleção brasileira para as finais da Copa do Mundo, a humanidade “fecha os olhos pra não ver” o verdadeiro massacre que o Estado de Israel está fazendo na Faixa de Gaza, matando inocentes, acima de tudo crianças indefesas com um bombardeio sem limites e sem escrúpulos.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Quando o capitalista é inteligente

Sou socialista convicto. Muito estudei de economia política, nos tempos em que militantes recebiam formação política, para concluir que o capitalismo não é capaz de promover a justiça social e o progresso para as maiorias, evitando que as restrições socioeconômicas tornem tantos milhões de seres humanos excluídos da vida confortável e da perspectiva da felicidade. Mas como vivo no capitalismo, tenho feito um esforço infindo para entender o que pode ser feito dentro deste sistema econômico para que as pessoas possam viver melhor. E nesta empreitada de entender o monstro por dentro, tenho que buscar compreender a mentalidade dos próprios capitalistas que acham que está certo mil pessoas, dez mil ou cem mil pessoas acordarem todos os dias e saírem para trabalhar para enriquecer uma única pessoa. Eles têm foco na Mais-Valia, a que chamam de lucro e o obtém com afinco e sem limites para a “medida do ter” que segundo o ditado popular “não enche nunca”. Tudo bem. É o entendimento deles, E eles mandam no jogo e fazem e mudam ao bel-prazer, as regras do jogo, sempre que sofram qualquer ameaça de, mesmo ganhando mais, proporcionarem aos outros, os explorados, alguma possibilidade de viver melhor. E odeiam qualquer governo que queira o bem dos que se encontram no andar de baixo da pirâmide social. São os capitalistas burros. Capitalista inteligente é aquele que não se preocupa se as pessoas pobres vão melhorar de vida, até porque sabem que, com isso, essas pessoas robustecerão a condição de consumidor e vão comprar a alguém que compra, mercadorias, serviços ou mesmo dinheiro, a eles. Um internauta que se identifica como Bob Júnior, fez um comentário num site político falando do seu patrão numa multinacional. Só assim poderemos entender o que é um capitalista inteligente: ...Isso é o mais grave: tomar decisões equivocadas baseadas em ideologia.. Isso me faz lembrar palavras do dono da empresa em que trabalho, uma multinacional americana que fatura US$ 20 bilhões ao ano: ‘Se eu pudesse, abria uma filial em Havana, Pyongyang, Bagdá, Teerã... imagine a demanda pelos nossos serviços nesses lugares! Imagine ser o primeiro a chegar num mercado virgem! Só não faço isso porque o governo não permite...’ ‘- Hugo Chávez é um fdp, mas deixa ele lá. Antes dele estávamos querendo fechar a filial venezuelana, com ele o faturamento cresceu como nunca antes, então deixa ele lá...’ ‘- US$ 1 vale US$ 1, não importa se é pago pelo Bill Gates ou pelo mendigo da esquina’. Não, ele não é comuna. É um caipirão do interior do Arkansas, típico WASP que bate ponto na igreja batista todo domingo, republicano até a medula e era cotado para ser secretário de governo caso o John McCain fosse eleito no lugar do Obama... Isso se chama capitalismo. O que os wannabes brasileiros defendem é qualquer outra coisa, diferente disso e mais próximo de uma sociedade feudal/medieval do que do capitalismo moderno”.

De padrões
A prisão dos chefes das máfias dos ingressos revela o padrão Brasil de investigar e o padrão Fifa de roubar.

Péssimos exemplos
Exemplo dado pela Fifa ao não punir o jogador colombiano que deu a joelhada nas costelas de Neymar, a um metro de distância da bola. Pior, ainda, o exemplo do árbitro que sequer marcou falta. Mais grave ainda o exemplo da Fifa que não puniu o agressor nem o juiz conivente. A única explicação plausível para a atitude inconsequente, irresponsável e incivilizada de Züniga foi a de que ele quis agradar o técnico argentino da sua seleção, tirando Neymar da disputa.

Esclarecendo
Muita gente bem intencionada me perguntando sobre a participação do PT no secretariado do prefeito Silveira Júnior. Respondo que sei o que todos sabem. Ou seja, o que sai na imprensa. Não participei das discussões que levaram ao resultado exposto na seleção escalada pelo chefe do executivo. O PT, em suas instâncias, que eu saiba não fez nenhuma discussão sobre este formato a que se chegou. As correntes não foram consultadas. A única pessoa que achou que minha opinião vale alguma coisa foi a secretária nomeada, de Cultura Isolda Dantas, que me procurou para uma conversa pessoal. A direção do partido não me pediu opinião, nem deveria, pois não represento nada nem ninguém. Mas bem que poderia ter discutido, como é de hábito no PT. Em uma reunião plenária, onde os filiados tivessem a oportunidade de expressar suas opiniões. Mas... Deixa pra lá. Faz tempo que o PT de Mossoró ficou por demais estranho, esquisito, diferente daquilo que sonhamos e construímos ao longo de 35 anos, perdendo muito da sua autenticidade e da sua autonomia. Só quero esclarecer que nada tenho a esclarecer sobre o resultado final que ora está indo a público. Mas... Desejo sucesso. Como de resto, desejo a todos os outros secretários nomeados, mesmo não tendo inteligência para alcançar a magnitude da reforma anunciada. Nestes tempos em que o papel de torcedor é tão importante, só me resta torcer, pelo bem de Mossoró, esta pobre terra rica.