sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Não houve, a rigor, um único dia de governo

O artigo “O silêncio dos Bolsominions”, de Leandro Fortes, é a melhor análise que vi até agora desse governo de malucos. Poderíamos acrescentar detalhes em rojão, fatos mil, observações aos montes, mas o fato é que a essência deste desgoverno está aí, nas mãos fortes de Leandro. Vejamos:  Aos poucos, eles estão desaparecendo. Velhos amigos cheios de razão, parentes furiosos, vizinhos valentões, madames maquiadas de ódio, estão todos em silêncio, à beira do abismo. Não há mais arminhas nas mãos, nem “chola-mais” nas redes. Até os “kkkk” se escondem na timidez. Rufam, aqui e ali, uns poucos tambores de ódio pelas mãos de meia dúzia de fanáticos, mas nem os mais selvagens dos antipetistas encontram forças para defender o indefensável. Não estão arrependidos, o arrependimento requer uma força moral distante da personalidade da maior parte dos eleitores do Bozo. Estão apenas paralisados, diante da sucessiva quebra de expectativas relacionadas ao admirável mundo novo que se anunciava. Há superministros com superpoderes inúteis. Paulo Guedes faz mais grosserias do que contas. Sergio Moro, sabe-se agora, entrou no governo para tornar o cigarro mais barato. O primeiro, um Chicago Boy com 30 anos de atraso, o segundo, uma nulidade cuidadosamente construída para parecer um herói. Há um ministro da Educação que cita Pablo Escobar. Outro, de Relações Exteriores, corrobora com a tese do nazismo de esquerda. A ministra da Mulher, ao pé da goiabeira, teme o que chama de "armadilhas do feminismo". Não houve, a rigor, um único dia de governo. Em meio a esse desalento, Bozo e os filhos continuam no Twitter, frenéticos, um esforço comovente para parecerem vivos, funcionais, sem entender que já estão mortos.

Tchau Brasil
Lembra-se daqueles cartazes dizendo “Tchau, querida” durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff? Deu certo. Foi dado tchau a Dilma. Entrou Temer e depois Bolsonaro e aí, o que se viu? Tchau pré-sal, tchau educação, tchau emprego, tchau saúde, tchau aposentadoria, tchau direitos, tchau meio ambiente...

Bolsonaro quer romper com o Mercosul
O Mercosul é o destino de 24% das nossas exportações de produtos industrializados.

O BRICs vai se reunir sem Bolsonaro
Brasil, isolado internacionalmente, segue ladeira abaixo, é só vexame. Os BRICs se reunirão durante G20, em Osaka, no Japão sem a presença de Jair Bolsonaro. O encontro foi marcado pelos líderes Xi Jinping, da China, Vladimir Putin, da Rússia, e Narendra Modi, da Índia.

Complexo de vira-latas
Bolsonaro, por sua vez, que marcará presença na reunião do G20, disse que terá reuniões bilaterais e, ao lado de Macri, tentará uma reunião conjunta com Donald Trump. E assim segue o complexo de vira-lata que envergonha o Brasil.


Foto-legenda
Assim como o artigo de Leandro Fortes é um resumo perfeito do (des)governo que temos, este banner representa uma imagem perfeita da tragédia brasileira.

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