quarta-feira, 30 de outubro de 2019

O cadáver de Marielle bate à porta de Bolsonaro

No dia do assassinato de Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, um dos assassinos visitou o condomínio onde mora Jair Bolsonaro e outro dos assassinos da dupla. Quem deu a notícia foi o Jornal Nacional, da Rede Globo. Uma clara reprimenda dada como troco à ameaça velada de Bolsonaro de que a Globo teria dificuldades de renovar a concessão, não por estar perseguindo a superpoderosa, mas porque ela é devedora em alto grau ao Governo. Ora bolas, o PT nem ameaçou nada quanto à renovação da concessão da Globo, mas Dilma caiu e Lula está preso, com quase toda a cúpula do partido e dos governos petistas, simplesmente porque a Globo achou que a quinta vitória do PT à presidência da República deixaria o partido tão empoderado que, com tão forte musculatura, o novo governo poderia mexer com sua hegemonia. A Globo é especialista na perseguição e na vingança. E com certeza, essa reportagem, não passa de uma simples pontinha do iceberg. É evidente que a Vênus platinada tem muita munição. Mais uma piadinha ameaçadora de Bolsonaro e seus podres irão a público, sem peia e sem cabresto. O depoimento que ele Bolsonaro deu, perdendo completamente a compostura, com palavras inadequadas a um presidente da República é uma prova clara de quem está acuado e quer romper no grito, o cerco que começa a se fechar e torno do seu pescoço. Deixando de lado a pinimba da Globo com Bolsonaro e vice-versa, o mais importante agora é a lenha que o Jornal Nacional jogou na fogueira da morte de Marielle Franco. Bolsonaro estava em Brasília naquele 14 de março. Mas... E por que o assassino teria comunicado ao vigia que iria na casa dele? E por que o vigia ligou para a dita casa, perguntando se o tal sujeito poderia entrar e a resposta foi positiva. E o cara foi lá e foi recebido por alguém. O sobrenome Bolsonaro tem quatro políticos. Um pai e três filhos que só falam em armas, munição e mortes... Marielle ameaçava, em pesquisas, a vaga de um filho de Bolsonaro para o Senado... Marielle foi morta e o filho foi eleito. No dia seguinte à morte, seguindo aquela tradição do jornalismo de ouvir políticos de todas as diferentes tendências sobre mortes que causam comoção nacional, Bolsonaro foi o único que se recusou a falar. Outro acuado de envolvimento no assassinato de Marielle publicou foto com Jair Bolsonaro nas redes sociais. Se ainda acreditasse na Justiça, este colunista estaria convicto de que a suspeita contra Bolsonaro já estaria desde ontem, no Supremo Tribunal Federal. 

A base de Bolsonaro está evaporando
O PSL está dividido em quinhentos cacos e o vídeo dos leões o classifica como uma das “hienas” que estão tentando matar o “leão” Bolsonaro... Vale lembrar que o PSL é o partido de Bolsonaro que, há pouco mais de uma semana brigou feito um leão para emplacar o filho como líder da sigla na câmara Federal, detonando, para isso, seu fiel escudeiro, Delegado Waldir. De contrapeso também jogou às favas a líder do governo, Joice Hasselmann, na tentativa de ampliar aliança com o MDB.

A base de Bolsonaro está evaporando II
O MBL, apoiador de primeira hora do capetão, também foi posto como hiena no vídeo. A mídia empresarial e golpista que tanto construiu e apoiou a derrocada do governo Dilma, está reticente. Tem medo da volta do PT, mas já não se sente escrava. O agronegócio também já não se sente representado pelo parlapatão que reina no Palácio do Planalto.

A base de Bolsonaro está evaporando III
Os militares de baixa patente e, principalmente suas esposas já saem às ruas de Brasília, gritando: “Acabou o amor... Bolsonaro é traidor”. O choro e a revolta das mulheres de militares durante a votação da reforma da previdência, é de cortar coração. Precisa ser muito insensível para não se emocionar, mesmo sabendo-se que a tragédia que estamos vivendo hoje, é culpa dessa gente.


Foto-legenda
A suspeita sobre Bolsonaro quanto à morte de Marielle Franco, não é nenhuma novidade inventada pela Rede Globo. Há dias, a imprensa chilena mandou ver: “Todas as pistas levam a Bolsonaro.”

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