A governadora Fátima Bezerra, em reunião com o Fórum dos Servidores, composto por 17 sindicatos das mais diversas categorias profissionais do serviço público estadual, se comprometeu com o calendário de pagamento até dezembro e ainda garantiu o pagamento do décimo terceiro salário de 2019, o primeiro décimo terceiro da sua gestão. O fórum dos servidores, como é natural, queria que Fátima Bezerra anunciasse o pagamento dos meses em atraso herdados da gestão anterior, mas a governadora teria de fazer a escolha entre o compromisso de usar todo e qualquer dinheiro extra para quitação de folhas atrasadas e o compromisso de manter as folhas correntes em seu governo em dia. Não foi nada fácil pagar as folhas de janeiro a julho e a primeira parte da folha de agosto. As dívidas do Estado não são só com os servidores. O Estado deve de tudo. Além dos R$ 800 milhões que ainda deve ao pessoal, depois de ter pago o restante do décimo terceiro de 2017, há dívidas a fornecedores e a máquina tem um custo altíssimo para funcionar. A exclusividade da conta do Estado para continuar com o Banco do Brasil está rendendo R$ 250 milhões, R$ 100 milhões a mais que outros bancos ofereceram. Mas tiveram de ficar retidos R$ 74 milhões, parte de pendências do governo anterior com empréstimos consignados, quando se “capava” o valor da prestação do contracheque do servidor e não se pagava ao banco. E não era só com o Banco do Brasil. E não eram só esses R$ 74 milhões. Vamos lembrar que a governadora encontrou em déficit fiscal da ordem da R$ 4,3 bilhões, o que equivale a 1.500 vezes o valor de R$ 3 milhões encontrado em caixa e a 84 vezes o valor encontrado em todas as caixas e malas do apartamento de Geddel Vieira com seus R$ 51 milhões. Bravatas são fáceis de serem proferidas, mas quem governa, tem que ter a responsabilidade de cumprir compromissos. E Fátima Bezerra está cumprindo o compromisso de pagar as folhas do seu mandato em dia. Além do mais, uma folha normal, com encargos, custa a “bagatela” de R$ 490 milhões, enquanto o 13° salário, por ter os mesmos encargos, se resolve com R$ 380 milhões. E R$ 110 milhões a menos tornam bem menos difícil de honrar. O compromisso de pagar as folhas em atraso está de pé. Assim como esse dinheiro extra da conta do Estado não vai para os atrasados, mas vai para os servidores, vale lembrar que a governadora já pagou o atrasado do décimo terceiro de 2017 em dinheiro extra.
Notas Curtas
BRAVATAS
Bolsonaro esperneou, exigindo pedido de desculpa de Imanuel Macron, presidente francês, por tê-lo chamado de mentiroso para poder receber dinheiro dado de mão beijada pela comunidade europeia para a defesa da Amazônia. Voltou atrás, simplesmente porque se alguém deve um pedido de desculpa, é o próprio Bolsonaro, que cometeu uma molecagem sem limites ao referendar críticas de baixo nível à primeira-dama da França.
TCHAU, QUERIDA DEMOCRACIA
Bolsonaro está destruindo a cultura democrática que Lula instalou na escolha do procurador-geral da República e a forma republicana de escolha dos delegados da Polícia Federal. Também já jogou por terra a democracia interna das universidades. Bolsonaro tem ódio de democracia e horror à inteligência que respira dentro das universidades.
ÓDIO AO SABER
Agora, a metralhadora do bolsonarismo se volta para as bolsas do CNPq, um órgão de pesquisa científica criado na década de 1950 e com imensa folha de serviços prestados ao conhecimento no Brasil. Bolsas sendo cortadas, pesquisas sendo desativadas, o futuro descendo pelo ralo.
Foto-legenda
Estamos a menos de cem dias para a Festa de Santa Luzia. A Praça Vigário Joaquim se arrasta numa obra interminável e, na tangida que vai, chegaremos ao 13 de dezembro com 150 mil fiéis se espremendo entre a calçada da matriz de Santa Luzia e um tapume que mais parece a Muralha da China. Os 80% de mossoroenses que são católicos esperam uma atitude responsável da senhora prefeita Rosalba Ciarlini, que promete a inauguração para outubro, mas não se vê que a obra caminhe para isso.
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