sábado, 31 de agosto de 2019

Bolsonaro avisa que é contra projeto que dá autonomia à PF

A revista Fórum disse que, em encontro com parlamentares, Bolsonaro teria dito para que "pensem bem sobre o tema", usando como exemplo a atuação do Ministério Público Federal. Mostrando, mais uma vez, que “quem manda sou eu”, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deixou claro na última quarta-feira (28), em encontro com a bancada do PSL do Rio de Janeiro, que não concorda com o projeto de emenda à Constituição (PEC) que prevê a autonomia da Polícia Federal, órgão subordinado ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. De acordo com relatos, ouvidos pelo Painel, da jornalista Daniela Lima, na Folha de S.Paulo, Bolsonaro usou como exemplo a autonomia do Ministério Público Federal. Ele teria dito aos parlamentares para “pensarem bem sobre o tema”, refletindo sobre a atuação da Procuradoria à PF antes de apoiar o novo projeto. Na semana passada, o que reacendeu o debate foi a fala do presidente alegando que poderia trocar o diretor-geral do órgão e que quem indicava era ele, não o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A declaração do presidente revoltou integrantes da PF, que rejeitam interferência política no órgão, e causou “perplexidade” no entorno do ministro da Justiça. O responsável por desengavetar o projeto, parado na Casa há cerca de 10 anos, é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), que é do partido de Bolsonaro. Por conta disso, um dos deputados chegou a alertar o presidente sobre o desgaste de ter um posicionamento que é desrespeitado dentro da própria legenda.

Desrespeito
Como podemos ver na matéria da Fórum, que abre esta coluna, o desrespeito de Bolsonaro não tem limite. Atinge a todos. O que ele quer mesmo é a ditadura.

Para entendermos a economia
O dólar no dia 28 de agosto de cada início de governo, após a posse de cada um dos nossos presidentes, é um indicativo muito importante da confiança dos investidores na economia: FHC R$ 0,94 (noventa e quatro centavos de real). Era a continuidade do primeiro do Plano Real, que Itamar criou para eleger Fernando Henrique Cardoso. Lula recebeu o país com o dólar a R$ 2,95. Em oito anos, conseguiu baixar o dólar para R$ 1,59. Diante das dificuldades que enfrentou no tempo que passou no poder em início do seu segundo mandato, deixou para Temer o dólar valendo R$ 3,17. Com Bolsonaro em apenas sete meses de governo, o dólar já furou a barreira do R$ 4,00 e pegou, de centavos a mais, o número do presidente nas urnas. Está a R$ 4,17.

Agenda secreta de um homem público
Que tipo de visita Jair Bolsonaro recebe no Palácio do Planalto? Que visitas ao chefe da nação acontecem e a nação não pode saber? Tornar secreta a agenda do presidente da República só aconteceu na ditadura militar. A que ponto chegamos...

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