terça-feira, 3 de setembro de 2019

O problema é a concentração capitalista de renda

A economia brasileira não apenas está em queda. Ela passa por um processo bem mais grave, típico do capitalismo selvagem, que é a concentração de renda. Há que se dizer que é isso mesmo. Capitalismo nunca deu nada diferente em toda a história humana nos últimos oito ou dez séculos desde que o sistema começou a se gestar por dentro do feudalismo e nas suas franjas, em burgos e vilas. No momento atual, em que politicamente se pratica o mais ousado dos golpes que unifica as pautas do grande capital interno associado ao grande capital externo, mais o sistema judiciário, a mídia empresarial e as forças militares e policiais para açambarcar o Estado brasileiro, pode-se ver com nitidez que toda a questão em jogo é reverter um processo ainda incipiente, mas já com efeitos significativos na qualidade de vida das maiorias da população brasileira. O PIB cai ou cresce minimamente e a mídia, como porta-voz do grande capital, comemora. Um 0.4% de crescimento, que, mesmo insignificante, tem todos os ingredientes para ser um dado fraudulento, é recebido com pompas e circunstância, quando lembramos, pois muito tempo não faz que um crescimento de 2% no PIB na Era Dilma era recebido como “Pibinho”. Como já dissemos, o que se comemora é a concentração de renda. Os ricos ficam mais ricos e, para isso, os pobres ficam mais pobres. Claro que existe uma mentira neste 0,4% de crescimento. Isso é o que se deu em 2012, quando o país tinha 5% de desemprego. Como podemos acreditar que, com 13% de desempregados e mais outro tanto de subempregados, a economia está tendo o mesmo desempenho? Tem tudo para ser mentira, mas a comemoração está no ar. E o que se comemora, se os mesmos patamares eram recebidos há sete anos com desdém? Ora, pimbas. O que se comemora é que os ricos estão ficando mais ricos, com tantos pobres ficando mais pobres. Veja bem, atente e reflita: só no ano passado, segundo dados da Receita Federal, foram mais 14 mil milionários registrados no Brasil. Ou seja, 38 novos milionários por dia neste país que voltou ao Mapa da Fome, em que milhões de brasileiros voltaram a cozinhar em fogão a lenha e em que a mortalidade infantil voltou a crescer. Tirar dos pobres para dar aos ricos é a essência do golpe que tirou Dilma, prendeu Lula e elevou ao trono duas bestas quadradas: Michel Temer e Bolsonaro. Um que foi preso por 38 anos de corrupção provada e outro que é chefe de milicianos e laranjas. Para combater a corrupção é que não foi dado e mantido o golpe.

PAULO GANGUE
A cada dia, vem ficando mais claro que a roubalheira que Paulo Guedes está praticando no Brasil é maior que Petrolão, Banestado, Mensalão, Metrolão e reeleição de FHC somados. Tudo para beneficiar o setor do qual ele faz parte, o sistema bancário. Não por acaso, a Lava Jato trata os bancos como inimputáveis.

EM QUEDA LIVRE
O presidente Jair Bolsonaro está em queda livre em todas as pesquisas. Na do Instituto Vox Populi, sua rejeição vai a 40%. E não é diferente dos demais institutos. A pesquisa também registrou que a maioria dos brasileiros defende um novo julgamento para Lula.

MAL NA FITA
Ficou feio para a prefeita Rosalba Ciarlini ter marcado presença na Feneciti com uma claque que agiu de maneira debochada e agressiva. A festa é promovida por uma secretaria do Estado, a prefeita foi convidada e recebida de maneira elegante pelo secretário da pasta do Desenvolvimento, Jaime Calado, pela própria governadora Fátima Bezerra, vários secretários presentes e pela deputada Isolda Dantas, que foi claramente hostilizada pela “torcida” desorganizada da prefeita.

MAL NA FITA II
Sempre quando a governadora estava dando entrevistas, a horda passava por perto, gritando: “É a Rosa”. Um método de ocupar espaço ultrapassado, deselegante e incivilizado. O marketing da prefeita, que sempre foi muito eficiente, deveria orientá-la no sentido de que aquilo não ganha voto e a faz perder a respeitabilidade.

MAL NA FITA III
A prefeita, em nome da sua respeitável biografia, precisa andar com gente do padrão de comportamento do presidente da Previ, Elviro Rebouças, que ouviu todos os discursos sem afetação e sem macaquices, postou-se à altura do público qualificado do evento e, ao final, como todo cidadão civilizado e digno, cumprimentou com educação e lhaneza a governadora Fátima Bezerra e até posou para foto com ela, como se faz em qualquer cidade europeia do porte de Mossoró. Registre-se que Rosalba Ciarlini foi respeitada e aplaudida por todos os que acompanhavam a governadora, como acontece entre gente civilizada.

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