sábado, 14 de setembro de 2019

Demitidos, de uma só vez, 185 engenheiros da GM

Quando um filho me disse que estava deixando a faculdade de Engenharia para cursar Direito, achei estranho e não gostei nem um pouco... Ele me justificou que, como engenheiro, seria empregado e não teria nenhuma garantia de que a economia continuaria crescendo, gerando empregos. Inicialmente, estranhei, porque um dado que havia me impactado era o de que a China, que já é há algum tempo a segunda potência mundial, forma por ano 150 mil engenheiros. Quando ouvi a informação do filho que estava trocando Engenharia por Direito, entendi que o Brasil estava levando a sua economia ao fracasso. Estávamos nos primeiros momentos pós-impeachment. Agora, o jornal Hora do Povo me traz a notícia de que a multinacional do setor automobilístico General Motors, a poderosa GM, demitiu 185 engenheiros em São Caetano do Sul (SP). Outras 60 demissões foram na cidade de Indaiatuba (SP), após uma tentativa frustrada de PDV sem adesão. Grave. Muito grave. Quando só uma fábrica demite 185 engenheiros, é porque tudo o mais está ruindo. Sabe Deus o que nos aguarda sob o chicote de Paulo Guedes e as reinações do “capetão”.

DESMONTE
Na indústria do petróleo se repete o que vimos aí acima sobre a indústria automobilística. Vejamos o que informa o Blog do Esmael:  No mês passado, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que estudos seriam feitos para analisar a possibilidade da venda da Petrobras. Depois da entrega de alguns ativos como a BR Distribuidora e a decisão pela venda das refinarias, a direção da empresa acelera o desmonte da estatal com o fechamento de várias unidades no país. Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) denuncia que estão sendo feitas demissões e transferências em massa dos funcionários terceirizados e próprios da empresa.

DESMONTE II
“As transferências e demissões vêm ocorrendo desde a gestão de Pedro Parente, quando foi iniciado o processo de desmonte da Petrobras. Com a intensificação da privatização, o atual presidente da Petrobras, Castello Branco, já revelou que seu sonho é vender toda a empresa. Várias unidades estão sendo fechadas”, acusou a entidade. Trata-se, na avaliação da FUP, de uma política agressiva e de confronto com a categoria. E o pior: em plena negociação do Acordo Coletivo de Trabalho.

DUAS MIL CABEÇAS
Na Bahia, a Petrobras comunicou a demissão de cerca de 2 mil terceirizados e a transferência de 1.500 trabalhadores próprios, em função da desativação do seu edifício-sede em Salvador, conhecido como Torre Pituba. O mesmo acontecerá no Rio Grande do Norte, com o fechamento da sede da empresa em Natal, diz o blog. Lá, também, os gestores já comunicaram a demissão de cerca de 6.500 trabalhadores terceirizados e a transferência de outros 1.740 trabalhadores próprios. No Edisp, edifício-sede da estatal em São Paulo que já foi desativado, os trabalhadores foram transferidos e os contratos com terceirizados, encerrados.

RIO E MINAS
Em Macaé, no Norte Fluminense, os trabalhadores do Edifício Novo Cavaleiros foram comunicados em julho que a unidade será desativada até 2020. O Sindipetro-NF ficou sabendo do fato pela imprensa. Na última semana, foi a vez de os trabalhadores do setor de Suprimentos de Bens e Serviços de Minas Gerais, lotados na Refinaria Gabriel Passos, receberem a notícia de que serão transferidos para outros estados.

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