quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Dinheiro para a segurança pública e a segurança que o diálogo proporciona

Uma grande distância política e ideológica separa a governadora Fátima Bezerra e o vice-presidente da República Hamilton Mourão, até ontem (17) no exercício da Presidência, devido à cirurgia a que se submeteu o presidente Jair Bolsonaro. Ela foi sindicalista, deputada estadual, federal e senadora, e hoje governa o Estado honrando a sua trajetória de esquerda, enquanto ele é general e assumidamente direitista. Mas, a política civilizada manda dizer que é assim que se age. Palanques à parte e em seu devido tempo devem ceder lugar ao chão da responsabilidade com as soluções do que tanto se criticou e se prometeu em tempos agitados de campanha. Campanha que precisa se acabar, algo que parece não ser entendido pelo presidente titular. O presidente interino Hamilton Mourão esteve nesta segunda-feira (16) em Natal e trouxe excelentes notícias. Uma verba que estava encalhada nos escaninhos da “burrocracia” bolsonariana, mesmo estando empenhada, finalmente foi liberada pelo vice em exercício do cargo. R$ 82,7 milhões para a Segurança Pública. Vai de armas, munição e viaturas, à capacitação e aquisição de um helicóptero há tanto esperado, desde que um que havia por estas bandas beijou para nunca mais se levantar. Louve-se, em primeiro lugar, o bom senso do general Mourão e a habilidade de negociadora de sucesso da governadora professora Fátima Bezerra e o prestígio inegável do coronel Araújo, secretário de segurança, e sua equipe. Verdade seja dita: a primeira ação de Mourão como presidente deixou o Rio Grande do Norte em festa. Prova cabal de que o diálogo, que já se tornou marca da governadora, é o melhor caminho para a travessia que ela lidera com faro, competência e foco.

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS
Bolsonaro nunca criticou um torturador, um miliciano, um assassino de aluguel, um laranja, um grileiro, um pastor charlatão, um desmatador... Bolsonaro nunca elogiou o papa, um padre que trabalha pelos pobres, um professor, um artista, um escritor. Pelo contrário; sempre detonou toda essa gente do bem.

REVESTRÉS
O que pode explicar o fenômeno estranho que está acontecendo com os partidos de Lula e Bolsonaro? Enquanto o PSL, do presidente no poder, definha a passos largos, em ritmo de sangria desatada, o PT cresce em preferência pública e em número de filiados. Estranho fenômeno em que se prefere o partido de um ex-presidente na cadeia, enquanto o partido do presidente no Planalto desmorona em agonia pública.

FOGO NA JABIRACA
Como se não bastasse a briga entre Alexandre Frota, Kim Kataguiri e outros bolsominions com o próprio mito, ainda tem Joyce Hasselmann brigando com a colega Carla Zambele, ainda temos Flávio Bolsonaro mandando toda a bancada do seu PSL desembarcar da base do governador aliado Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, e o major Olímpio pedindo a expulsão de Flávio Bolsonaro do partido que reúna a fascistada em peso. É como diz o velho ditado: “Queeeeeeeeeeima...”

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