O grande jornalista
Fernando Brito de O Globo publicou um artigo analisando como três estúpidos,
boquirrotos, arrivistas chegaram ao poder no Brasil, sendo um na Presidência da
República e os outros dois nos governos dos estados mais poderosos, no caso São
Paulo, símbolo do poder econômico e Rio de Janeiro, tambor de ressonância da
política e da cultura brasileira. Ele destaca que não importa o grau da
baixaria, nada mais surpreende no ex-capitão, exceto o fato de temo-lo na
Presidência da República. Grosseiro, primário, preconceituoso, simplista,
incompetente, autoritário, nepotista, desumano, insensível, sabujo, seriam
necessárias páginas para listar defeitos e deformações da figura presidencial.
O fato é que estas “qualidades” sempre foram as dele e, portanto, seu poder não
se construiu sozinho. Discute-se muito como pode Jair Bolsonaro arrebanhar
tamanho núcleo de fanáticos e, a partir dele, desfechar seu bem-sucedido assalto
ao poder. Fala-se, com razão, nas decepções com o petismo, nos anos de crise
econômica, nas manipulações judiciais abjetas conduzidas contra Lula. Sim, isso
explica a existência dos “minions”, dos fanáticos incondicionais, da seita
bruta e burra disposta a tudo pelo “Mito”. O fenômeno Bolsonaro, em muito, se
explica quando se percebem seus companheiros de troglodismo estúpido na
política, como Wilson Witzel e João Dória. Representam, cada um a seu modo – ou
à sua falta de modos – os três grupos que exponenciaram sua vileza e passaram a
conduzir a vida brasileira. Bolsonaro é uma fusão do militarismo tosco, do
policialismo, dos recalques e rancores de parte de uma classe média baixa, que
precisa atribuir a alguém a sua incapacidade de ascensão e escolhe como
inimigos os que lhe dita o ‘senso comum”: os pobres, os negros, os nordestinos,
os políticos, os governantes, todos eles reunidos sob os anátemas de
“bandidos”, indolentes ou corruptos. Quando não os enquadram assim, vão todos
para. Dória é o retrato da pobreza cultural que se grassa entre a elite rica no
Brasil. Onde o cardigã substitui a inteligência, o ganhar dinheiro preenche
qualquer necessidade de saber, onde Miami tomou o lugar dos museus de Paris,
mas, ao contrário das oligarquias que prevaleceram nos dois primeiros terços do
século passado, não há mais qualquer simpatia pela construção de uma cultura
brasileira através da literatura, das ciências sociais, das artes. Basta-lhes a
construção de “celebridades”. Por último, Witzel encarna o troglodismo estatal:
o dos juízes, dos procuradores, o das “autoridades” que transformaram – e ainda
estão transformando – o Estado brasileiro numa máquina de repressão e de
repressão, onde as razões absolutas de “combate ao crime” justifica e coleta
apoio às maiores brutalidades contra os pobres. São os ferozes condutores das
matilhas policiais e usam da ferocidade para esconder a ignorância, a
incapacidade de serem, como deveriam ser condutores da civilização, do
progresso, da felicidade social.
Mexendo na Receita
A cúpula da Receita
Federal enviou documento ao gabinete presidencial para tentar convencer Jair
Bolsonaro do perigo que oferece a troca do atual delegado da alfândega do Porto
de Itaguaí, no Rio de Janeiro, como indicou que quer fazer o presidente.
Mexendo na Receita II
Como garantia da
substituição do delegado do porto, o presidente ameaça exonerar o
superintendente da Receita Federal no estado. "Se houver uma intervenção
externa na Receita, teremos renúncia em massa. Pelo menos 200 chefes no país
inteiro vão entregar os cargos", disse ao Globo o presidente do sindicato
dos auditores fiscais (Sindifisco), Kleber Cabral.
Bandida boa
É como dizia uma tal
Michele: “Bandido bom é bandido morto” desde que não seja mamãe, nem vovó, nem
titio, nem o vizinho, nem os enteados... Muito menos um segurança da família
que me empresta cheques! ”
Foto-legenda
Ontem foi 20 de agosto de
2019. O Brasil viu completar-se 500 dias da prisão injusta e absurda de Lula.
Uma farsa judicial. Comprovadamente farsa. O que levou Lula à prisão e as
consequências disto já deram enormes prejuízos ao país seja na economia seja no
que se refere à economia. A luta continua por Lula Livre. Enquanto Lula não for
solto o Brasil não tem a mínima condição de reencontrar seu caminho.
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