domingo, 10 de novembro de 2019

Seleme: Lula será o adversário que Bolsonaro ainda não teve

Ascânio Seleme, articulista de direita da agência O Globo, disse nesta sexta-feira (8): Lula é o primeiro e mais importante beneficiado da jabuticaba aprovada ontem (7) pelo Supremo Tribunal Federal. (...) O que importa é que Lula está sendo solto com base na decisão do STF, como bem poderia sair pelo cumprimento de um sexto da pena, de acordo com o código do processo penal. A forma que se dá a liberdade do ex-presidente, porque seu caso ainda não transitou em julgado, serve muito mais aos planos políticos do líder petista. Significa, em outras palavras, que ele ainda não foi condenado. Lula é inocente, estabeleceu ontem o STF. E como inocente vai percorrer o país e liderar um movimento em favor da sua corrente política e, muito mais importante, vai trabalhar contra o governo Bolsonaro. Ao deixar a prisão, Lula se transforma imediatamente num rival de tamanho e peso que até aqui Bolsonaro não vira. É cedo para dizer qual será o resultado político do retorno de Lula ao cenário. Mas será importante. Muito importante. Ninguém pode negar ou fingir desconhecer a estatura do ex-presidente. Mesmo preso, teve força suficiente para colocar o ex-prefeito Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial do ano passado e ainda obter quase 45% dos votos no segundo escrutínio. Não é pouco. Ninguém na oposição se compara a Lula. Mesmo não sendo capaz de alterar a correlação de forças no Congresso Nacional, Lula livre muda inteiramente a retórica política nacional. O discurso da oposição, que de resto parecia não ter existido até aqui, será nitroglicerinado ao ponto da combustão com Lula nas ruas. Será impossível ignorar a sua presença. Mesmo sem mandato e apesar de estar respondendo a seis inquéritos, inclusive o do triplex do Guarujá, o ex-presidente se transformará imediatamente no principal articulador anti-Bolsonaro do país. O barulho que vai se ouvir a partir de agora será igual ao que se produziu na prisão do ex-presidente. Depois, com o tempo, tende a esmorecer. Mas enquanto estiver solto, Lula seguirá fazendo política, construindo entendimentos à esquerda, pavimentando caminhos para as eleições municipais do ano que vem e já olhando para 2022. Lula livre vai mexer com o Brasil.

REGINA “BURRARTE”
O problema de Regina Duarte não é de burrice nem de alienação. Além de tudo isso, ela tem um sério e profundo problema de mau-caratismo. A forma como o governo Bolsonaro está tratando a coices a cultura brasileira e o modo como o carinha que vai assumir a Secretaria de Cultura do Ministério do Turismo tratou Fernanda Montenegro, colega dela, exigem uma postura de um mínimo de dignidade. É canalhice mesmo.

BRASIL VIRA-LATAS
Quinta-feira (7), o Brasil atingiu o ápice no exercício do Complexo de Vira-latas. Seguiu Estados Unidos e Israel no voto em favor da continuidade do anacrônico e anti-histórico boicote econômico dos Estados Unidos a Cuba. Foram 187 votos a favor para a ONU aprovar a resolução sobre a necessidade de suspender o bloqueio financeiro, econômico e comercial imposto desde o início da década de 60. Lula Livre. Cuba Libre!

EX-PRESIDENTE BOLSONARO
Uma apresentadora da Globo News ficou tão nervosa com a libertação de Lula, que disse: “O ex-presidente Jair Bolsonaro.” Amém.


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Duas frases: Lula: “Vou percorrer o país. Eles não vão matar essa ideia.” Reinaldo Azevedo: “Está saindo da cadeia quem não deveria estar lá.”

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

O pré-sal vendido e o Brasil com as mãos cheias de moscas

Nesta quarta-feira (6), aconteceu o maior leilão da história do petróleo e gás no mundo. Milhões de barris de petróleo foram vendidos na bacia das almas. Alguns campos não foram vendidos por absoluta falta de credibilidade do capital estrangeiro quanto ao governo brasileiro. A gravidade do debate foi amenizada pela imensa necessidade dos Estados e Municípios pelas migalhas do bolo que lhe há de sobrar para salvar a situação dramática em que quase todos ficaram depois de administrações desastrosas. Mesmo com todo o “oba-oba” da mídia que segue golpista e embusteira, o super “Black Friday” do óleo e gás é uma “dose pra leão” que desperta até o reino mineral, diante de tamanha traição à pátria, e a “Operação Abafa” necessária para encobrir “tanta infâmia e covardia” teve de ser bem maior que as de sempre, quando se joga uma cortina de fumaça tapando a visão dos incautos e fazendo recuar os que ainda têm alguma capacidade de argumento e de indignação. Assim, a cortina de fumaça se multiplicou por cinco. O laboratório de maldades entrou em frenesi, começando pelo pedido de prisão de Dilma Rousseff por um processo do qual ela nem faz parte. O cúmulo do cúmulo... Concomitantemente, veio a condenação de Lindemberg Farias, por ter distribuído remédios gratuitos em domicílio, quando prefeito de Nova Iguaçu (RJ). O crime teria sido a logomarca da gestão que tinha um sol, sem nenhuma referência à pessoa do prefeito nem lembrar qualquer peça de campanhas passadas ou sugerir qualquer propaganda para campanhas futuras. Absolutamente nenhum culto à personalidade. O “crime” mesmo deve ter sido distribuir remédio gratuito a doentes pobres num país que querem vê-los mortos... A terceira cortina de fumaça foi a ameaça de tirar a estabilidade dos servidores públicos que vão entrar nos futuros concursos, se é que ainda vão acontecer e, já, a partir de agora, tirar a estabilidade dos servidores públicos filiados a partidos políticos, quando, na verdade, o sentido da estabilidade é justamente não permitir a perseguição a servidores adversários políticos dos partidos no poder... A quarta cortina de fumaça foi a ameaça real de tirar os limites das verbas da Educação, que são, obrigatoriamente, de 25% para Estados e Municípios, e da Saúde, que são de 15% para Estados e União e de 12% para os Municípios. Trata-se de um grande susto para os cidadãos, mas é uma música que soa divina aos ouvidos de prefeitos, da maioria dos governadores e de todo o Governo Federal. Por fim, o bode na sala, para desviar as atenções de prefeitos e vereadores, e, num imenso efeito dominó inverso, deputados estaduais, federais, senadores e governadores, justamente num ano eleitoral, como o que se aproxima. Ontem, com certeza, o Brasil amanheceu mais pobre, com imensas fatias do pré-sal entregues às empresas estrangeiras, sem os 75% dos seus lucros para a Educação e sem os 25% para a Saúde, mas com várias moscas e baratas nas mãos, para discutir e ser besta.

FIM DA CORRUPÇÃO? ONDE MESMO?
Nas comemorações dos 300 dias de governo, Jair Bolsonaro diz que acabou a corrupção no país, esquecendo-se que mantém um ministro contra quem se provou que usou candidatas laranjas para roubar dinheiro do Fundo Partidário, mantém Paulo Guedes, que é acusado de ter fraudado fundos de investimento em R$ 1 bilhão, Onix Lorenzonni, réu confesso por duas vezes sobre prática de caixa 2, os filhos que são alvos de várias acusações de rachadinha e de roubo mesmo para fazer patrimônio incompatível com suas rendas, mantém escondido, sob proteção, Fabrício Queiroz, o miliciano que, além de envolvimento em assassinatos, comanda um pesado esquema de corrupção da família Bolsonaro... Enfim, Bolsonaro está cego e surdo. Pena que não esteja mudo para parar de falar tanta besteira.

NO MUNDO DA LUA
Espetacular a frase da nota de Jair Bolsonaro. Vejamos: “Os escândalos de corrupção sumiram do Palácio do Planalto e dos noticiários. As instituições são respeitadas e a relação entre os poderes é transparente e limpa. Fraudes e desmandos estão sendo combatidos desde o primeiro dia de trabalho.”
Resta saber em que país vive o presidente Jair Bolsonaro...

MALIGNO
Em Brasília (DF), estão dizendo que a proposta de acabar com municípios menores de 5 mil habitantes partiu da cabeça “brilhante” de Rogério Maligno, especialista em estar sempre no comando de algum laboratório de maldades. Pelo que se diz, ele sabe que não passará, mas é uma boa ideia para desviar as atenções das maldades maiores. Fala-se, também, que Bolsonaro e Paulo Guedes adoram quando o deputado derrotado do Rio Grande do Norte inventa mais maldades contra os trabalhadores.


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Aos que cavaram um abismo abaixo dos seus próprios pés.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O conceito pervertido de progresso e a defesa da ditadura

Há muito se discute o desenvolvimento, que é uma parte importante do progresso, mas, convenhamos, não o progresso no seu todo. Quando gente da laia de Bolsonaro fala em desenvolvimento, normalmente você pode reduzir a leitura do que foi dito a desenvolvimento econômico, que quer dizer mais recursos produzidos, sem nem pensar na forma como esses recursos serão distribuídos. Desenvolvimento na boca dessa gente é mais riqueza nas mãos dos mais ricos. Que sejam atropelados no processo, todos os demais, todas as categorias sociais que não se incluem nas chamadas “classes produtivas”. Tão grave é o reducionismo que os trabalhadores, sejam rurais, industriais ou da área de serviços, nunca são incluídos nas estatísticas desse tal desenvolvimento econômico: pretos, pobres, índios, favelados, boias-frias, biscateiros e tantos outros trabalhadores que geram riqueza com seus músculos e cérebros são tratados como se fossem peças substituíveis de uma máquina que deve gerar riqueza para quem tem dinheiro. Não por acaso, o desenvolvimento tecnológico está sempre buscando uma forma de desenvolver máquinas e métodos que diminuam sempre a necessidade de mão de obra para que os donos do dinheiro possam pagar menos e os trabalhadores tenham que se submeter à falta de poder de barganha na hora de lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho. É nessa linha de pensamento ultraliberal, mas também um tanto fascista, que Bolsonaro declara agressivamente, como é do seu estilo ou da sua falta de estilo, que servidores de órgãos ambientais que atrapalham “o progresso” têm de ir atrapalhar na “ponta da praia”, lugar de execução durante a ditadura militar no Rio de Janeiro. O componente mais grave do novo/velho discurso do monstro que (des)governa o Brasil é que a “Ponta da Praia” é uma casa de horrores onde se matava gente na tortura durante ditadura militar tão amada por Bolsonaro e seus filhos, os três irmãos metralhas. Não fossem tão acovardados o Supremo Tribunal Federal e demais órgãos cuja missão é defender a lei, Bolsonaro seria cassado, porque é mais grave – pasme – falar em mandar alguém para a “Ponta da Praia” que pedir de volta o AI-5, que, por si só, é suficiente para cassar um nazista infiltrado na vida democrática do Brasil. Mas o ódio ao PT cegou o Brasil, como o pódio aos judeus cegou a Alemanha nas décadas de 30 e 40 com todos os resultados nocivos que mancham a história da humanidade para séculos sem fim, amém.


POR FALAR EM AUSTERIDADE
Sempre falam em austeridade quando querem comparar os líderes petistas com os da direita. Sempre pintam os esquerdistas como perdulários e querem fazer crer que os direitistas são honestos e econômicos. Mas, vale a pena comparar os gastos com o cartão corporativo dos petistas com Bolsonaro. Lula gastou, em média, R$ 300 mil por ano e Dilma, R$ 350 mil. Uma média aproximada dos R$ 30 mil mensais. Bolsonaro, em nove meses, atingiu a marca de R$ 8,2 milhões. Ou seja, mais de R$ 800 mil por mês. Quase três vezes, por mês, o que Lula e Dilma gastavam por ano.

POR FALAR EM AUSTERIDADE II
Luis Costa Pinto fez um levantamento. Ao ter saído do Palácio da Alvorada, o ex-presidente José Sarney tinha à sua disposição a Ilha do Curupu, litoral de São Luís (MA), e o sítio do Pericumã, em Brasília (DF), ambos adquiridos no curso do mandato. Fernando Henrique Cardoso deixou o bonito e austero apartamento da Rua Maranhão em Higienópolis para ir morar em um espetacular apartamento novo no mesmo bairro, na Rua Rio de Janeiro, em São Paulo (SP) – adquirido de amigos empresários.

POR FALAR EM AUSTERIDADE III
Fernando Collor, apeado do poder, exilou-se em Miami numa vida de luxo e Ferraris. Itamar Franco pediu e obteve um retiro remunerado em Lisboa e depois em Roma, como embaixador, e ficava deslumbrado na Quinta e no palácio em que morou. Lula voltou a São Bernardo, ao mesmo apartamento de onde saíra para a Presidência e onde reside até hoje, apesar das tentativas de lhe darem novo endereço (jamais provadas). E Dilma regressou à Tristeza, seu bairro em Porto Alegre (RS), numa austeridade de dar orgulho a quem ainda crê que há algo em que se crer.

POR FALAR EM AUSTERIDADE IV
Talvez, seja a hora de começar a comparar a quantidade de imóveis que a família Bolsonaro tem, em relação à da família de Lula. Nem precisa registrar quem frequenta esses imóveis, para saber quem é bandido...

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Sem pedidos de desculpas: os Bolsonaro querem mesmo a ditadura

O repórter Carlos Andreazza, neto do ex-ministro Coronel Mário Andreazza, um dos ícones da ditadura militar, educou-se e, longe de ser um homem de esquerda, é, pelo menos um liberal. Ele diz: A fala de Eduardo Bolsonaro, trecho de uma entrevista à jornalista Leda Nagle que ora repercute, é muito mais interessante, representativa, em seu conjunto. Sim, eu vi. Na íntegra. É o que chamo de dever de desafio profissional. Fosse apenas o moleque mimado, em cuja cabeça vai um Ustra de estupidez e ignorância, ninguém veria; ninguém, aliás, votaria. Mas é filho de Jair Bolsonaro; do que extrai existência e poder. Tive de ver. Contextualizemos. Por volta do vigésimo minuto, a entrevistadora fala em distúrbios na América Latina, menciona a crise chilena e, nesse pacote de conflagrações, situa até a eleição, democrática, diga-se, na Argentina. Carlos Andreazza lembra vários outros depoimentos dos Bolsonaro defendendo propostas autoritárias. Bernardo Mello Franco também comenta e lembra fatos importantes que provam não ser essa declaração de agora, algo isolado: a família Bolsonaro tem método. Enquanto o pai insufla seguidores contra as instituições, os filhos fazem ameaças explícitas à democracia. Quinta-feira (31), o deputado Eduardo Bolsonaro sugeriu a edição de um “novo AI-5”. Apontado como o futuro chefe do clã, ele já havia ameaçado enviar “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo. O AI-5 original foi editado pela ditadura militar em 1968. Suspendeu direitos individuais, instituiu a censura prévia e autorizou o presidente a fechar o Congresso. O ato deu sinal verde para a tortura e a morte de opositores. Significou o endurecimento do regime, cultuado até hoje pelo inquilino do Planalto. Na época, os militares alegavam que era preciso combater “processos subversivos” e “fatores perturbadores da ordem”. A Guerra Fria acabou, mas Bolsonaro busca o mesmo pretexto ao estimular teorias conspiratórias e insinuar que “inimigos internos” não o deixam governar. Na entrevista a Leda Nagle, que já apresentou um programa chamado “Sem Censura”, Eduardo alegou o risco de uma radicalização de esquerda. Mas quem radicaliza no país é a extrema direita, que chegou ao poder pelas urnas sob a liderança do capitão. A nova polêmica segue um roteiro conhecido. Em setembro, o vereador Carlos Bolsonaro já havia escrito que a “transformação que o Brasil quer” não aconteceria por “vias democráticas”. O comportamento da família mostra uma divisão de tarefas, em que os filhos se revezam no papel de incendiários. Quando a provocação repercute mal, o pai se fantasia de bombeiro e finge adverti-los. A cada afronta, o clã testa a resistência da democracia e prepara o próximo avanço. É uma estratégia de aproximações sucessivas, como prescrevem os manuais militares. Os Bolsonaro estão unidos no mesmo projeto autoritário, que busca remover limites ao poder do Executivo. O jogo pode parecer confuso, mas é combinado. Sexta-feira (1°), o presidente disse ter lamentado as declarações do Zero Três a favor do AI-5. Quando o ato ditatorial fez 40 anos, ele, o pai, subiu à tribuna da Câmara para louvá-lo.

Quem com golpe fere...
O problema dos Bolsonaro é que os sonhos autoritários não estão só em suas cabeças obnubiladas. Tem muito mais gente pensando em golpe. E é contra eles. E é o povo que chegou ao Planalto com eles, inclusive militares, que querem permanecer no poder e que tem nos calcanhares do capitão Jair um militar de alta patente, mesmo que seja da reserva, mas que está estrategicamente colocado na linha de sucessão, como Michel Temer estava na linha de sucessão de Dilma e que acabou na cadeira dela, tudo com aparência de legalidade. E ainda tem a bater nas paredes da memória a frase de Cristo: quem com ferro fere, com ferro será ferido...

Vergonha de Moro
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço: “É estrondoso o silêncio de Sergio Moro sobre a declaração do filho presidencial de que poderia haver uma volta do AI-5 se houvesse radicalização política no Brasil.”

Operação abafa
A grande força-tarefa que foi montada para abafar a declaração do vigia do condomínio onde mora Bolsonaro não está conseguindo provar que o vigia mentiu. O argumento mais forte é o de Luís Nassif, lembrando que o condomínio não tem PABX e que as ligações da guarita onde fica o vigia são feitas para os celulares dos moradores e celular pode se atender no Rio ou em Brasília. Ou na Cochinchina.

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Assim pensam os bolsominions. Inclusive, os que vivem com a Bíblia na mão e o ódio no peito. Vivem da narrativa que se faz sobre Jesus ao longo dos séculos, mas se tivessem vivido quando Ele foi crucificado, lá teriam estado entre os que escolheram Barrabás naquele BBB histórico...

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

O cadáver de Marielle bate à porta de Bolsonaro

No dia do assassinato de Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, um dos assassinos visitou o condomínio onde mora Jair Bolsonaro e outro dos assassinos da dupla. Quem deu a notícia foi o Jornal Nacional, da Rede Globo. Uma clara reprimenda dada como troco à ameaça velada de Bolsonaro de que a Globo teria dificuldades de renovar a concessão, não por estar perseguindo a superpoderosa, mas porque ela é devedora em alto grau ao Governo. Ora bolas, o PT nem ameaçou nada quanto à renovação da concessão da Globo, mas Dilma caiu e Lula está preso, com quase toda a cúpula do partido e dos governos petistas, simplesmente porque a Globo achou que a quinta vitória do PT à presidência da República deixaria o partido tão empoderado que, com tão forte musculatura, o novo governo poderia mexer com sua hegemonia. A Globo é especialista na perseguição e na vingança. E com certeza, essa reportagem, não passa de uma simples pontinha do iceberg. É evidente que a Vênus platinada tem muita munição. Mais uma piadinha ameaçadora de Bolsonaro e seus podres irão a público, sem peia e sem cabresto. O depoimento que ele Bolsonaro deu, perdendo completamente a compostura, com palavras inadequadas a um presidente da República é uma prova clara de quem está acuado e quer romper no grito, o cerco que começa a se fechar e torno do seu pescoço. Deixando de lado a pinimba da Globo com Bolsonaro e vice-versa, o mais importante agora é a lenha que o Jornal Nacional jogou na fogueira da morte de Marielle Franco. Bolsonaro estava em Brasília naquele 14 de março. Mas... E por que o assassino teria comunicado ao vigia que iria na casa dele? E por que o vigia ligou para a dita casa, perguntando se o tal sujeito poderia entrar e a resposta foi positiva. E o cara foi lá e foi recebido por alguém. O sobrenome Bolsonaro tem quatro políticos. Um pai e três filhos que só falam em armas, munição e mortes... Marielle ameaçava, em pesquisas, a vaga de um filho de Bolsonaro para o Senado... Marielle foi morta e o filho foi eleito. No dia seguinte à morte, seguindo aquela tradição do jornalismo de ouvir políticos de todas as diferentes tendências sobre mortes que causam comoção nacional, Bolsonaro foi o único que se recusou a falar. Outro acuado de envolvimento no assassinato de Marielle publicou foto com Jair Bolsonaro nas redes sociais. Se ainda acreditasse na Justiça, este colunista estaria convicto de que a suspeita contra Bolsonaro já estaria desde ontem, no Supremo Tribunal Federal. 

A base de Bolsonaro está evaporando
O PSL está dividido em quinhentos cacos e o vídeo dos leões o classifica como uma das “hienas” que estão tentando matar o “leão” Bolsonaro... Vale lembrar que o PSL é o partido de Bolsonaro que, há pouco mais de uma semana brigou feito um leão para emplacar o filho como líder da sigla na câmara Federal, detonando, para isso, seu fiel escudeiro, Delegado Waldir. De contrapeso também jogou às favas a líder do governo, Joice Hasselmann, na tentativa de ampliar aliança com o MDB.

A base de Bolsonaro está evaporando II
O MBL, apoiador de primeira hora do capetão, também foi posto como hiena no vídeo. A mídia empresarial e golpista que tanto construiu e apoiou a derrocada do governo Dilma, está reticente. Tem medo da volta do PT, mas já não se sente escrava. O agronegócio também já não se sente representado pelo parlapatão que reina no Palácio do Planalto.

A base de Bolsonaro está evaporando III
Os militares de baixa patente e, principalmente suas esposas já saem às ruas de Brasília, gritando: “Acabou o amor... Bolsonaro é traidor”. O choro e a revolta das mulheres de militares durante a votação da reforma da previdência, é de cortar coração. Precisa ser muito insensível para não se emocionar, mesmo sabendo-se que a tragédia que estamos vivendo hoje, é culpa dessa gente.


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A suspeita sobre Bolsonaro quanto à morte de Marielle Franco, não é nenhuma novidade inventada pela Rede Globo. Há dias, a imprensa chilena mandou ver: “Todas as pistas levam a Bolsonaro.”

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Não houve, a rigor, um único dia de governo

O artigo “O silêncio dos Bolsominions”, de Leandro Fortes, é a melhor análise que vi até agora desse governo de malucos. Poderíamos acrescentar detalhes em rojão, fatos mil, observações aos montes, mas o fato é que a essência deste desgoverno está aí, nas mãos fortes de Leandro. Vejamos:  Aos poucos, eles estão desaparecendo. Velhos amigos cheios de razão, parentes furiosos, vizinhos valentões, madames maquiadas de ódio, estão todos em silêncio, à beira do abismo. Não há mais arminhas nas mãos, nem “chola-mais” nas redes. Até os “kkkk” se escondem na timidez. Rufam, aqui e ali, uns poucos tambores de ódio pelas mãos de meia dúzia de fanáticos, mas nem os mais selvagens dos antipetistas encontram forças para defender o indefensável. Não estão arrependidos, o arrependimento requer uma força moral distante da personalidade da maior parte dos eleitores do Bozo. Estão apenas paralisados, diante da sucessiva quebra de expectativas relacionadas ao admirável mundo novo que se anunciava. Há superministros com superpoderes inúteis. Paulo Guedes faz mais grosserias do que contas. Sergio Moro, sabe-se agora, entrou no governo para tornar o cigarro mais barato. O primeiro, um Chicago Boy com 30 anos de atraso, o segundo, uma nulidade cuidadosamente construída para parecer um herói. Há um ministro da Educação que cita Pablo Escobar. Outro, de Relações Exteriores, corrobora com a tese do nazismo de esquerda. A ministra da Mulher, ao pé da goiabeira, teme o que chama de "armadilhas do feminismo". Não houve, a rigor, um único dia de governo. Em meio a esse desalento, Bozo e os filhos continuam no Twitter, frenéticos, um esforço comovente para parecerem vivos, funcionais, sem entender que já estão mortos.

Tchau Brasil
Lembra-se daqueles cartazes dizendo “Tchau, querida” durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff? Deu certo. Foi dado tchau a Dilma. Entrou Temer e depois Bolsonaro e aí, o que se viu? Tchau pré-sal, tchau educação, tchau emprego, tchau saúde, tchau aposentadoria, tchau direitos, tchau meio ambiente...

Bolsonaro quer romper com o Mercosul
O Mercosul é o destino de 24% das nossas exportações de produtos industrializados.

O BRICs vai se reunir sem Bolsonaro
Brasil, isolado internacionalmente, segue ladeira abaixo, é só vexame. Os BRICs se reunirão durante G20, em Osaka, no Japão sem a presença de Jair Bolsonaro. O encontro foi marcado pelos líderes Xi Jinping, da China, Vladimir Putin, da Rússia, e Narendra Modi, da Índia.

Complexo de vira-latas
Bolsonaro, por sua vez, que marcará presença na reunião do G20, disse que terá reuniões bilaterais e, ao lado de Macri, tentará uma reunião conjunta com Donald Trump. E assim segue o complexo de vira-lata que envergonha o Brasil.


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Assim como o artigo de Leandro Fortes é um resumo perfeito do (des)governo que temos, este banner representa uma imagem perfeita da tragédia brasileira.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Dilma Rousseff está certa: ciência mostra que é possível estocar vento

O Diário da Manhã traz matéria mostrando que depois da criticadíssima afirmação de Dilma Rousseff que, em entrevista coletiva concedida à Organização das Nações Unidas (ONU), disse que é necessário desenvolver uma tecnologia para “estocar vento”, surgiram notícias de que sim, isso já é possível. Pesquisadores da Universidade de Birmingham desenvolvem sistema com ar líquido para estocar energia proveniente de fontes intermitentes, como a solar e a eólica. Nos Estados Unidos, um consórcio de empresas, reunidas no Iowa Stored Energy Park, foi muito além e vai armazenar o próprio vento, que será utilizado para gerar energia quando for necessário. Ou, mais especificamente, nos momentos de pico de demanda, quando a energia é mais cara e pode oferecer um maior faturamento para o grupo. O Reino Unido vai utilizar ar líquido para estocar energia proveniente de fontes renováveis (solar e eólica). O método, já testado em planta-piloto, deverá entrar em escala comercial em 2018. Segundo os responsáveis pelo projeto, a proposta é contribuir para a superação de altos e baixos no abastecimento provocados pela intermitência das fontes renováveis. Estocada em ar líquido, a energia estaria disponível para o consumo mesmo em dias nublados ou de calmaria. O projeto foi explicado pelo professor Richard Williams, pró-reitor e diretor da Faculdade de Engenharia e Ciências Físicas da University of Birmingham, no Reino Unido, em palestra na Fapesp, durante o evento “UK-Brazil interaction meeting on cooperation in future energy system innovation”, realizado para promover a cooperação científica entre pesquisadores brasileiros e britânicos na inovação de sistemas de energia. “Uma planta-piloto de 350 quilowatts (kW) encontra-se em funcionamento, conectada à rede elétrica do Reino Unido, há três anos. Essa unidade está sendo, agora, transferida para a University of Birmingham como uma plataforma de testes. E o governo disponibilizou um financiamento de 8 milhões para que uma unidade de demonstração, de 5 megawatts (MW), esteja operacional em meados de 2015. Tudo isso para que tenhamos a opção comercial da estocagem de energia em ar líquido até 2018”, disse Williams à Agência Fapesp. A maioria das fazendas de geração de energia eólica passa por períodos nos quais o vento é mais forte do que o necessário, principalmente à noite. Essa energia extra será utilizada para alimentar enormes compressores de ar, que enviarão o ar comprimido por meio de um túnel para uma camada de arenito localizada a cerca de 1.000 metros de profundidade. O Rio Grande do Norte atingiu sozinho 2 mil MW em abril, avanço da energia produzida através da força dos ventos, que traz uma forte geração de empregos, supera previsões de que o Brasil sofreria um racionamento por falta de energia. O país estará entre os dez maiores geradores desse tipo de energia no mundo; mas os dados são pouco divulgados por setores da imprensa, que preferem manter o povo na ignorância. As informações aqui prestadas são dos sites Inovação Tecnológica, Fapesp, Brasil247 e Opera Mundi.

O MICO JEGUE
Macri da Argentina colou em Bolsonaro e a reeleição dele afundou. Netanyahu de Israel colou em Bolsonaro e a reeleição dele afundou. O líder de extrema direita da Itália, Mateo Salvini, colou em Bolsonaro e seu prestígio foi por água abaixo. Trump, candidato à reeleição, apertou a mão de Bolsonaro por 17 segundos e logo depois foi iniciado o processo de impeachment dele. Bolsonaro é o novo pé frio do mundo, o novo Mick Jagger, com grafia abrasileirada, Bolsonaro é o “Mico Jegue”...

PRESIDENTE DE HONRA
Lula, tido como bandido, terrorista, ladrão, corrupto neste país de malucos, foi escolhido Presidente de Honra do Partido Trabalhista do Reino Unido. E Bolsonaro, o que é?

PÁGINA INFELIZ DA NOSSA HISTÓRIA
Edir Macedo, aquele a quem Fernando Haddad chamou de charlatão, disse em culto da sua igreja que não permitiu suas filhas cursar faculdade, para que não se tornassem mais importantes que seus maridos, a quem, a seu ver, têm que ser submissas. Sílvio Santos, em tempos de combate à pedofilia pelos que estão do lado certo da História e de combate à “sexualização” das crianças pelos bolsominions, fez um concurso de beleza com meninas de 10 anos de idade com classificação com base na beleza do rosto, na cintura, nas pernas e no bumbum. É esse tipo de gente que estava no palanque do 7 de setembro, levado por esse tipo de presidente da República que o Brasil tem nesta “página infeliz da nossa História”.
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