segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O peso de Rosalba em Mossoró

Fátima Bezerra, do PT, tem 9,5% de vantagens sobre Wilma de Faria em Mossoró, conforme pesquisa encomendada pela Gazeta do Oeste. Enquanto isso, Robinson Faria tem 11,3% a menos que Henrique Eduardo. É claro que Henrique é infinitamente mais conhecido em Mossoró que Robinson que, mesmo sendo vice-governador e tendo sido deputado por cinco mandatos, nunca foi votado expressivamente em Mossoró, sendo assim, um nome novo para o eleitor mossoroense. É muito boa a performance de Robinson, porque na espontânea, a diferença cai para apenas 3,1%, visto que Henrique, nome mais conhecido na cidade que o 30 de setembro só conseguiu 12,8% e Robinson, um novato no território, chega aos 9,7%. O que mais deve assustar o henriquismo é que nada menos que 75,5% dos eleitores mossoroenses ainda não sabem em quem votam ou já decidiram que votam nulo ou branco. Quer dizer: esse povo não quer votar no conhecidíssimo Henrique, que, por sinal virou ladainha, dizer-se que ele vai ganhar, embora poucos digam que nele votam. Henrique tem o dobro da rejeição de Robinson, o que lhe tolhe as chances de crescimento. O que chama a atenção é que Fátima tenha 9,5% sobre Vilma de Faria. Fátima é bem mais conhecida que Robinson, mas Vilma de Faria, além de ser filha de Mossoró, foi governadora em dois mandatos, foi primeira dama do Estado e secretária de ação social com ampla atuação em Mossoró, além de já ter sido uma das deputadas mais votadas em Mossoró e já contar com o apoio de quinze vereadores do governismo municipal e da oposição. A maioria de Fátima tem tudo a ver, em primeiríssimo lugar, com o seu próprio desempenho como deputada federal altamente atuante e pela sua ligação direta com o governo Dilma que é muito aprovado, mas não resta dúvida de que o rosalbismo está votando nela. Ainda timidamente, mas aos poucos está se declarando. Enquanto isso, há um ressentimento nos meios rosalbistas quanto a Robinson ter dito que não queria o voto da governadora. Cá da minha banda, acho que Robinson foi mal assessorado neste particular. Sua primeira frase sobre o assunto foi perfeita: “candidato não escolhe eleitor; o eleitor é quem escolhe o candidato”. Rosalba está queimada? Está sim. Mas ainda é fortíssima em Mossoró. E não se avalie pela eleição suplementar, um quadro absolutamente atípico. Não tem “acordão” entre Fátima, Robinson e Rosalba, mas depois de se ver o DEM, a serviço de Henrique proibir de maneira espúria a governadora de ser candidata à reeleição, o PT e o PSD não podiam nem podem proibir a governadora de votar em quem ela quiser. Voto não se enjeita. Isso é cláusula pétrea da sabedoria popular. É preciso entender o exemplo de São Paulo. Parecia que o mundo ia acabar quando Lula tirou foto com Maluf e recebeu o apoio do seu partido para Fernando Haddad. O resultado todos sabemos. Haddad ganhou a eleição e está governando totalmente de acordo com o Modo Petista de Governar. Nada de malufismo no poder. Como petista não vejo problema nenhum quanto ao apoio de Rosalba a Fátima, a Dilma e a Robinson. Não sou hipócrita, pois não basta termos tido o apoio de Sarney, de Maluf, de Kátia Abreu e de Sandra Rosado, não podemos esquecer que Rosalba Ciarlini apoiou Lula quando ele mais precisou, que foi na campanha de 2002, depois de três derrotas, exatamente quando ele derrotou Serra e começou uma ascensão do PT com a qual Brasil só ganhou. Deixem Rosalba dar uma palavra em favor de Robinson e o veremos atropelar Henrique logo na pesquisa seguinte em Mossoró e região.

Segurança
Há quem estranhe a imensa coincidência entre o recrudescimento exacerbado da violência nos últimos dias com o discurso monotemático de Henrique Eduardo em sua propaganda eleitoral, todo focado na violência. Há quem lembre que a família Alves não tem muito o que mostrar neste particular. Basta lembrar que foi no governo Garibaldi que os bandidos tomaram conta do RN, a ponto de assaltar um banco em Touros e botar a polícia para dançar “na boquinha da garrafa” com a bala comendo nos pés dos apavorados policiais e bem ali, em Macau assaltaram três bancos de uma só vez e ainda mataram um delegado com um tiro de espingarda 12. 

Segurança II
Quando começaram a prender a quadrilha, eram quase todos policiais civis e militares. E aí, pararam de prender. Essa foi a segurança do governo Garibaldi, tema do discurso de Vilma de Faria para ganhar a eleição daquele ano.

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