segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A religião de um(a) presidente não melhora nem piora seu desempenho no poder

Nestas últimas semanas, várias pesquisas foram divulgadas apresentando as intenções de votos nos presidenciáveis, como José Serra (PSDB), Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PTD). Vi na internet comentários de evangélicos dizendo que “Anthony Garotinho representou em 2002 a esperança dos evangélicos, porém não ganhou. Defendendo uma plataforma populista e um discurso “contra as elites bancárias”, Garotinho espantou muita gente e não conseguiu apoio suficiente fora do arraial gospel”. Em 2014, Marina da Silva, é evangélica e, mesmo não sendo representante do segmento, tem sido usada como galvanizadora das simpatias dos evangélicos, em torno de bandeiras reacionárias e de mentiras que são alimentadas pela campanha do ódio ao PT. O discurso evangélico/politiqueiro perdeu força. Esbravejar contra o casamento gay não conquista mais ninguém, a não ser idiotas. Primeiro, porque, depois de termos o PT há doze anos no poder, está mais que provado que não cabe à presidência da República cuidar de casamento gay ou hetero e que se assim fosse, o PT não causaria medo, pois nenhum pastor foi abrigado a casar gays, exceto os da igreja protestante de gays em Minas Gerais que o fazem espontaneamente, já que o pastor é um gay casado. Outra coisa é que agora o que causa rejeição mesmo é a homofobia. Vimos como Marina despencou depois dos relinchos de Silas Malafaia sobre o assunto. Também não existe mais nenhum evangélico que ache que o PT vai fechar igrejas evangélicas, pois elas estão aí, umas abertas e outras abrindo com o PT no poder. Um levantamento histórico mostra que a opção religiosa não é critério para se escolher um mandatário de nação, pois já tivemos três presidentes evangélicos e este fator não influiu para o bem nem para o mal das suas gestões: O primeiro presidente protestante foi Washington Luís, que não era dos mais aplicados, mas frequentava igreja protestante. Depois tivemos João Fernandes Campos Café Filho, vice de Getúlio Vargas que assumiu o posto após o suicídio do presidente no ano de 1954 e passou pouco mais de um ano no poder. Era membro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Natal. O general Ernesto Geisel, que exerceu o mandato de 15 de março de 1974 até 15 de março de 1979 foi o terceiro presidente protestante do País. Era membro da Igreja Luterana no Rio Grande do Sul. Portanto, em pleno regime militar o povo evangélico teve um “representante”. O humorista Juca Chaves foi preso porque disse que o presidente da República era “filho de um pastor alemão”. Duplo sentido por ser o seu pai, pastor evangélico e de nacionalidade alemã. Os próprios evangélicos em sua discussão na internet questionam: Alguma coisa mudou na estrutura do país com esses homens? Nada, absolutamente nada, para decepção dos ufanistas... O Brasil não mudou pela fé evangélica desses homens. Inclusive um foi general do regime militar. Nas últimas pesquisas o segmento evangélico é um dos onde Dilma Rousseff mais tem crescido. Pois eles reconhecem que as obras sociais das suas igrejas nunca receberam tanto apoio e nas casas de famílias evangélicas, como nas demais casas, a presença do governo é muito positiva.

Trajetória
A trajetória de Marina da Silva está lembrando dois candidatos das eleições de prefeito Celso Russomano, em São Paulo, que chegou a liderar as pesquisas para prefeito de São com treze pontos e Moroni Torgan que abriu o placar de Fortaleza na frente de todo mundo com mais de 30 pontos de intenções de votos. Na reta final nenhum dos dois foi para o segundo turno.

Estratégias erradas
Os tucanos erraram duplamente nas estratégias alopradas para tentar ganhar à força. Primeiro, incentivaram o ódio antipetista na mídia. E o efeito que deu foi açambarcado pela emoção que levou o eleitor a optar por Marina. Depois, no afã de ir para o segundo turno, Aécio partiu para desconstruir Marina. O que deu foi esta possibilidade que se abre, de Dilma ganhar no primeiro turno, ou se tiver o segundo, ela disputar com Marina.

Lá na frente
Pesquisa chegando e trazendo Dilma com 15 pontos percentuais na frente de Marina no primeiro turno e quase dez no segundo turno, se houver. Significa que mesmo com aecistas, Levyistas, Everaldistas e Eymaelistas indo para Marina no segundo turno, Dilma ainda vence com folga. Dez por cento são mais de dez milhões de votos para reverter em vinte dias de segundo turno, não mais de quinhentos mil votos por dia, quatro vezes todos os votos válidos de Mossoró.

sábado, 27 de setembro de 2014

O acerto da política externa do PT

Ontem ouvi um cidadão mossoroense se derramando em impropérios contra a presidenta Dilma numa emissora local. Por incrível que pareça tratava de um tema em que pouca gente se liga: A política externa. O discurso era rasteiro. O cara esculachava a presidenta Dilma, dizendo que o discurso dela na ONU foi altamente nocivo porque ela teria defendido o terrorismo. E ilustrava o seu raciocínio troncho, dizendo que Dilma tinha ido à ONU defender “aqueles loucos mascarados que estão decapitando pessoas diante das câmaras”. Ora. Só alguém obnubilado pode tirar uma conclusão dessas de um discurso onde Dilma Rousseff falou que as invasões militares nos países árabes não estão contribuindo com a paz no Oriente Médio, mas acima de tudo, estimulando o terrorismo com a ação militar de terror que Estados Unidos e aliados estão fazendo. Nas relações comerciais, o Brasil ganhou muito deixando de ficar nas mãos dos Estados Unidos. O Brasil tinha 24% das vendas aos Estados Unidos. Hoje tem 16% mas no montante é maior porque as vendas aos demais países, inclusive muitos com que o Brasil não comercializava, cresceram demais. Com Lula e Dilma as exportações brasileiras quadruplicaram. Para a Ásia subiram 782%, para o Mercosul, 794%. A diversificação dos mercados nos protegeu da crise, pois foi exatamente nos país mais ricos, onde a crise bateu mais forte.

Solidariedade
Aos amigos João Henrique e Arlene, neste momento de profunda dor familiar, nada que se possa dizer é capaz de abrandar tanta dor, apenas o óbvio. Deus existe. Existe para os que se vão e para os que ficam também. Muita força!

Imprensa
Lula:"Se o Brasil que a imprensa descreve todo dia fosse verdade, o País teria acabado".

Segurança
Quem está sendo esperado em Mossoró para logo, logo depois das eleições, é o delegado Aldair Rocha, da Polícia Federal.

FotoLegenda
Eis aí a fotomontagem que está rodando na internet. Mostra como os Alves se tornaram uma oligarquia e continuam mandando no RN como se aqui ainda fosse uma capitania hereditária. Nos tempos de Aluísio, pelo menos ele reconhecia que as outras pessoas tinham o direito de não lhe acompanhar à força, mesmo que exercesse uma perseguição implacável aos adversários políticos transformando-os em inimigos. Hoje temos oito Alves com cargos eletivos, pois além dos sete que aí estão existe um cunhado, José Dias, deputado estadual, que não acompanha Henrique por ter sido mal tratado pela família. Sendo que Garibaldi Alves Filho acumula com o Senado, um ministério de grande porte e Henrique tem a Presidência da Câmara Federal que lhe permite administrar um poderoso orçamento e ainda tem a condição de segundo vice-presidente da República. Mas os Alves querem mais. Muito mais... Henrique está de vento em popa, candidato a governador prometendo resolver os problemas da Educação e da Saúde no Estado. Problemas que nunca mereceram a sua atenção em 44 anos e que não foram resolvidos pelos sete ex-governadores da sua base de apoio, em 42 anos de mandatos, mais os cinco de Tarcísio Maia, pai de José Agripino e Aluísio Alves, pai de Henrique, que em 1960, há exatos 64 anos, abalou o nosso Estado, prometendo num belo jingle de campanha: “Para a mocidade potiguar, saúde e EDUCAÇÃO”.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Nem que a vaca tussa

Ontem, ocorreram atos de centrais sindicais em todo o Brasil, em defesa dos direitos trabalhistas e conquistas sociais e pela valorização salarial feita nos doze anos de governo do PT. O nome do movimento “Nem que a vaca tussa” faz referência à frase dita pela presidente Dilma Rousseff ao negar que faria qualquer alteração na CLT, como Marina Silva defende fazer. Com o movimento de ontem, ganhou força a frase: "Mexer nos meus direitos, nem que a vaca tussa". A campanha foi aberta em Brasília, pelo coordenador nacional de mobilização da CUT, Jacy Afonso, e pela direção nacional da CUT na capital federal. A mobilização também se deu em favor da política de valorização salarial feita nos doze anos de governo do PT. É uma resposta à declaração de Marina da Silva de que as leis trabalhistas precisam ser "atualizadas", contra a burocratização, e defendeu a terceirização de trabalhadores, o que gerou desconfiança entre os movimentos trabalhistas. "Não vamos permitir esse discurso dos dois candidatos da oposição de que querem flexibilizar a CLT", disse o presidente do PT, Rui Falcão, que convocou a militância a participar do movimento. "Flexibilizar significa retirar direitos dos trabalhadores. E a nossa presidenta já disse, não vamos mexer em 13.º, em férias, em horas extras, nada que foi conquistado com muita luta", acrescentou o dirigente petista.

Desemprego
O desemprego em 2003, ano em que Lula assumiu, era de 12,1%. Hoje, é o menor da história econômica do Brasil: 5%. E a oposição só fala no desemprego, como se tivessem alguma solução que chegue nem aos pés da realidade de hoje, já que herdamos esses 12,1% de FHC, que é do partido de Aécio e Marina está deixando claro que dará grande espaço de poder a Neca Setúbal, sócia do banco Itaú, aquele que mais demite, oprime e explora funcionários no sistema bancário que um dos setores que mais exploram.

Rejeição
É impressionante como cresceu a rejeição a Marina da Silva. Ontem, encontrei um rapaz que disse: “Não voto nela porque ela não decide nada. Não decide nem se quer ficar no segundo ou no terceiro lugar”.

Quatrocentos
Ouvi dizer que o mestre do jornalismo potiguar Cassiano Arruda Câmara vota em Vilma de Faria para o Senado, mas que o número “400” lhe causa náuseas ao lembrar episódio muito forte em sua vida, que envolve a sua atual candidata. Episódio que, segundo vilmistas, não deveria magoar Cassiano porque o fez deixar de ser empregado para ser dono de jornal.

Perdendo a timidez
Eleitores de Rosalba Ciarlini, depois da sua declaração à ministra Marta Suplicy de que vota em Dilma e Fátima, estão se sentindo livres para assumir a candidatura Robinson. Se o desejo da chefe é derrotar Vilma, o mesmo se dá em relação a Henrique, que hoje é padrinho e/ou apadrinhado de José Agripino, o seu algoz.

FotoLegenda
Foi infeliz a ideia do amigo Carlos Scarlack, dono de um invejável faro jornalístico, de querer “bater uma chapa” da ministra Marta Suplicy com um jornal onde se destacava a foto de Silas Malafaia, ícone do ódio homofóbico no Brasil. Para Marta, autora do projeto da união civil entre pessoas do mesmo sexo, posar com uma foto de Malafaia nas mãos é como um judeu desfilar com uma camisa onde esteja estampada uma fotografia de Adolpho Hitler.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Diretora do Ibope diz que Marina Silva perdeu votos para Dilma

Está fartamente divulgado na Internet depoimento da diretora do Ibope, Márcia Cavallari, que disse anteontem, que Dilma Rousseff aumentou a diferença para Marina Silva nas pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno graças a uma fuga de eleitores da própria Marina. Na última pesquisa do instituto, Dilma ganhou a preferência de quem pensava em votar na Marina para presidente. “O que a gente vê é que houve uma oscilação positiva para os demais candidatos, Dilma e Aécio, e, também, houve uma permanência no índice de brancos e nulos. Então, essa mudança foram votos que saíram da Marina para a Dilma”, avaliou. Questionada sobre a quantidade de indecisos, Márcia explicou que houve uma pequena redução no número de pessoas que não se decidem por um candidato. Ela explicou ainda que já era esperada uma queda na “empolgação”. “Teve uma primeira empolgação, teve esse processo todo de reconstrução, isso tira um pouco essa empolgação. Aqueles eleitores que estavam ali votando num primeiro momento pela empolgação recuam e avaliam a situação”, analisou. Uma coisa que a diretora do Ibope não falou foi sobre as intenções de votos dos brasileiros que acham o governo de Dilma, regular. 38% dos brasileiros acham o governo ótimo e bom. Imagina-se que quem avalia o governo em tão alta conta, devem votar nela. Mas, outros 38% avaliam o governo como regular. Imagina-se que uma parte dos que acham um governo regular votam contra e outra parte votam a favor. Mas com Dilma fica entre 38% e 39% fica estranho que ninguém ou quase ninguém deste segmento vote na presidenta.

Ascenção econômica
Eis a fala de Aécio Neves durante a convenção estadual do PSDB em São Paulo, reproduzida na Folha de S.Paulo, do último domingo: “Infelizmente, a vitória para eles [PT] não significou apenas uma oportunidade de exercer um projeto de poder, mas a possibilidade de ascensão econômica”.

Ascenção econômica II
Petistas estão fazendo gozação com Aécio na internet. Dizem: “Mas gente, não é que é verdade? Para começo de conversa: o PT tem um projeto, ou seja, lista de propostas, planos, planejamentos e coisas do gênero. E esse projeto é de poder, pois ele necessita de alguém na Presidência da República para tocar esse projeto. E por favor, não se escandalizem, pois todo partido que se preza tem, ou deveria ter um projeto de poder para chamar de seu”.

Ascenção econômica III
Pois então. A oportunidade que o PT teve de exercer o projeto de poder do partido vem representando também a possibilidade de ascensão econômica – de mais de 30 milhões de brasileiros, que fique bem claro!  O projeto do PT garantiu poder a: Brasileiros que tiveram acesso à casa própria graças ao Minha Casa Minha Vida; Brasileiros beneficiários do Bolsa Família, com filhos que entraram na faculdade graças ao ProUni, e agora fazem mestrado e doutorado; Brasileiros que fizeram o Pronatec e subiram econômica e socialmente. Brasileiros que obtiveram aumento real de 70% do salário mínimo, e não sofrem com a inflação corroendo o salário, porque o índice está em queda.

Ascenção econômica IV
Brasileiros que trocaram as rodoviárias pelos aeroportos. Brasileiros que vão para o exterior estudar graças ao Ciência sem Fronteiras. Brasileiros que estão em sua grande maioria empregados, posto que o país está próximo ao do pleno emprego; Brasileiros que conseguem atendimento médico de qualidade com profissionais competentes, com tratamento humanizado e gentil, graças ao programa Mais Médicos. Pois é, Aécio! Você está coberto de razão. O PT no poder garante a ascensão econômica de toda uma população que por séculos foi tratada com descaso e desrespeito.

Saudações
Aos que fazem a FM Costa Branca, 104.3MHz, com especialidade os amigos Cleodon Bezerra e Antonio Cidenir. Esta coluna foi escrita ontem à noite na sede daquela emissora, durante rápida passagem nossa pela querida cidade de Areia Branca. Grato a todos.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Por que os bancos querem derrotar Dilma?

Deparo-me com um excelente artigo Antônio Augusto de Queiroz, no site do Diap. O autor é “Toninho”, um dos nomes mais respeitados no meio a assessoria sindical em Brasília (DF). Mas ele é de Pau dos Ferros, primo de Canindé Queiroz e um excelente amigo que conquistei quando fizemos juntos um curso na Universidade dos Trabalhadores da América Latina, na Venezuela, em 1989. Toninho sabe o que diz. É fundamentado, pois o DIAP, onde trabalha acompanha tudo, “tintim por tintim” como diz Zé Mendes que acontece na área parlamentar fazendo o gancho com os interesses do movimento sindical. E é um nome respeitado, sendo convidado frequentemente para ministrar palestras e cursos pelo Brasil afora e também o exterior. Vejamos os pontos elencados por ele, na relação promíscua de Marina Silva com os interesses dos banqueiros, apoiadores motivados pelo ódio que têm a Dilma, por mais que se diga que eles ganham muito nos governos petistas.  “Numa única palavra: ganância. Nunca os banqueiros deste país lucraram tanto como nos governos do PT, mas esse pessoal não tem limite”. E passa a elencar quatro motivos que embasam tamanha hostilidade ao governo Dilma. O primeiro motivo, e não necessariamente o principal, é porque o governo Dilma ousou desafiá-los, ao interferir na margem de lucro deles, ao pressionar o Banco Central que reduzisse a taxa Selic, de um lado, e, de outro, que os bancos oficiais, BB e CEF, reduzissem o spread bancário, a partir da concorrência com a banca privada. O segundo motivo é porque nos governos do PT o dinheiro de origem trabalhista: FAT, FGTS e alguns Fundos de Pensão de estatais, com baixa intermediação do sistema financeiro privado, foi utilizado para fornecer crédito barato, gerar emprego e renda. Ou seja, em lugar de ir para a especulação, com ganhos astronômicos dos rentistas, esse dinheiro foi para o investimento produtivo. O terceiro motivo foi a criação do Fundo Soberano, com as finalidades de promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, mitigar os efeitos dos ciclos econômicos e fomentar projetos de interesse estratégico do país localizados no exterior. Isso reduz as perspectivas de captação e administração de recursos públicos pela banca privada. O quarto foi a criação do Banco dos BRICs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, que terá um capital inicial de US$ 50 bilhões e que poderá ser utilizado, com custo mais baixo, por seus sócios, o que, igualmente, não agradou aos banqueiros brasileiros. As motivações, como se vê, são todas decorrentes do desconforto com a presença do governo na gestão ou intermediação de parcela dos recursos destinados aos investimentos (capital estatal, capital privado nacional e capital estrangeiro), sendo o maior montante os de origem trabalhista.

Ganância
Voltemos ao argumento inicial de Toninho: Ganância. Só esta palavra explica tamanho ódio a um governo que cresceu o PIB de um para quatro trilhões de reais e fez a inclusão bancária de trinta milhões de brasileiros aumentando suas chances de ganhar dinheiro honestamente e de acordo com os valores do chamado mercado. Mas eles, sempre querem mais e, se possível de forma privilegiada, quando não, desonesta...

Legitimidade
Wilma de Faria tem muita gente pedindo voto para ela: Agripino, Henrique, Garibaldi, Rogério Marinho, Carlos Eduardo, Luiz Almir, quase tudo gente que esculhambava com ela até um dia desses. Fátima tem Lula, que além de ter um prestígio que vale várias vezes mais que o de todos eles, ainda tem um histórico de amizade e coerência que dura há mais de trinta anos, sem nunca um falar mal do outro. 

Primeiro turno
Muita gente que tem o juízo no lugar e entende de política começa a conjecturar sobre a possibilidade de Dilma se eleita em primeiro turno. Vejo sintomas disto, mas prefiro não baixar a guarda. O PT está no terceiro mandato presidencial e todas as três vitórias foram em segundo turno. A vitória em primeiro turno seria um deslumbre para o PT, mas é hora de o partido ter o pé no chão. Sapato alto não permite jogar bem.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Workshop em Mossoró vai abordar corrupção eleitoral

Transcrevo release do importante evento sobre corrupção eleitoral que Mossoró abrigará em breve:  Será realizado em Mossoró workshop de Direito Eleitoral com a participação do juiz Marlon Reis. Partindo do tema “Corrupção Eleitoral”, o evento será realizado amanhã, no Hotel VillaOeste, às 19h30. A realização é da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, com coordenação dos professores José Herval Sampaio Júnior e Francisco Márcio de Oliveira. Durante o workshop, será lançado o livro “O nobre deputado”, de Marlon Reis, que apresenta relato chocante sobre como nasce, cresce e se perpetua a corrupção na política brasileira. Para participar, o interessado deve pagar taxa de R$ 25,00 com direito ao livro ou levar 5kg de alimentos não perecíveis para somente participar do evento. Será concedido certificado de 5 horas/aula aos participantes. Informação e inscrição pelo site www.novoeleitoral.com ou pelos telefones (84) 9905-9769 e 3422-0550 e em todas as faculdades de Direito e Fórum.

Margem de erro
O Ibope está levando tão a sério esse negócio de “margem de erro” que sua última pesquisa deu um somatório de 101%. 38+29+19+7+5+3= 101%.

Conjugando
Outra ótima no Twitter. Conjugue o verbo pesquisar nas eleições do PIG: Eu fraudo; tu fraudas; ele/ela frauda; nós fraudamos; vós fraudais; eles/elas fraudam.

No xilindró
Papa Francisco autoriza primeira prisão no Vaticano por prática de pedofilia. “Tequinfin”.

Ódio escorre em vermelho
Nesta reta final de campanha, um militante do PT foi morto no Paraná, outro foi assassinado no Pará e mais seis em outras regiões do País foram baleados. A mídia cretina está conseguindo transformar disputa democrática num exercício terrível de ódio. É a política rebaixada ao seu pior escalão.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Lula não traiu Henrique. Muito pelo contrário

Agravação de Lula pedindo votos para Robinson Faria causou frisson nos meios políticos, com especialidade no acampamento henriquista. A tentativa é de caracterizar Lula como traidor de PMDB como se o PMDB e, ainda por cima, Henrique Alves fossem exemplos de fidelidade. Este colunista estava no Anhembi em 2 de maio, em um encontro nacional do PT com três mil militantes onde Lula deu o tom da prosa. Era aquele momento em que se falava num prosaico “Volta Lula”. E ele deixou claro que o refrão seria “fica Dilma”. Lula disse mais, deixando claro que quem tinha que cumprir as conveniências do PT diante dos melindres dos partidos da base aliada era Rui Falcão, presidente nacional do partido e Dilma por ser presidente da República e candidata. Estes teriam que engolir alguns sapos para não dar margem a justificativas insólitas sobre supostas traições petistas. Ele, Lula, só teria compromisso com o palanque do PT. E entenda-se por palanque do PT aquele onde o PT estiver na coligação com candidato majoritário ou com um interesse muito elevado na eleição de um governador ou senador de outro partido. Não é o caso do RN. Não é o caso de Henrique. O PT/RN esperou mais do que devia por uma decisão de Henrique depois de muito ter esperado por Garibaldi. Sabia-se que uma chapa Garibaldi governador/ Fátima senadora seria um passeio com nomeação ao final. Não tendo Garibaldi, restava ao PT engolir Henrique para governador, coisa que muitos militantes não queriam, mas estavam, dispostos a suportar. Ele, porém, desdenhou o PT do RN. Conversou besteira demais, achando que poderia enquadrar o PT daqui de cima pra baixo, como Eduardo Campos tinha conseguido na eleição de 2012 causando profundo prejuízo ao PT e a Mossoró, mas abandonando a base aliada para cuidar do seu projeto pessoal. O palanque de Henrique tem o DEM em coligação formal, com José Agripino, prócer do antipetismo em cima do palanque trabalhando para Aécio Neves, junto com Rogério Marinho do PSDB também coligado com Henrique, além de Wilma de Faria, do PSB e o PPS que apoiam Marina da Silva. É gente e sigla demais contra Dilma em cima de um palanque para atrair Lula ou a própria para esta armadilha. Lula está no palanque eletrônico de Robinson Faria. Algo errado? Só duas coisitas. A primeira é que demorou demais, a segunda é que ainda não achou tempo para estar também no palanque físico. Mas se Robinson não ganhar no primeiro turno, tenho certeza que no segundo Lula estará aqui, no seu palanque.

Mala preta
Ontem o comentário era geral. O homem da mala preta está solto no Oeste tentando salvar a candidatura de Wilma de Faria.

Bomba
Buemba, buemba, como diria o Macaco Simão. A jogada da base de Henrique Eduardo de armar uma cassação para Rosalba Ciarlini na Assembleia Legislativa, como fizeram com Micarla na eleição passada, pode se reverter numa bomba de muitos megatons contra o próprio Henrique. Ouvi de setores muito bem postados no rosalbismo que, em havendo segundo turno, Rosalba não vai esperar por tempo ruim. Três meses a mais ou a menos não lhe farão diferença substancial. Ela se dispõe a renunciar ao mandato, entregar o bastão a Robinson Faria, cuja condição de vice vem sendo desdenhada pela campanha de Henrique. E assim ele disputará o segundo turno na condição de governador, com direito a vinte dias de campanha e três meses de mandato, com direito a renovação.

Mineiro
Muito estranha a manchete do jornal Tribuna do Norte, estampado “Deputado Mineiro envolvido em escândalo na educação”. Quase impossível crer que tudo aconteceu por acaso. A manchete cheira a veneno, com vistas a prejudicar a imagem nunca maculada do deputado Fernando Mineiro, que, por sinal esteve ontem em Mossoró aguando seus canteiros de votos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Dilma cresce entre os evangélicos e o eleitor de nível superior

Nas últimas pesquisas Dilma vem crescendo de maneira sustentável. Desculpem o trocadilho, já que Marina, principal adversária no momento, é de um simulacro de partido chamado “rede” e alcunhado “sustentabilidade”. O fato é que, passada comoção gerada pela morte trágica do candidato presidencial do PSB, Eduardo Campos, em acidente aéreo, Marina assumiu o seu lugar e teve que se expor. E ao se expor apareceram suas fragilidades imensas, seu contundente despreparo. E, o que é mais grave, suas duas facetas ainda mais negativas que o despreparo: a contradição contumaz e seus posicionamentos por demais conservadores, pra não dizer, mesmo reacionários e a serviço das elites. Fico imaginando que num provável segundo turno Marina será desnudada na imensa mentira em que ela se tornou. Impossível manter a preferência dos extremos que nela apostam à primeira vista: De um lado os jovens mais rebeldes, aqueles que não conheceram o Brasil antes de Lula, o eleitor de 16 a 24 anos que tinha entre quatro e doze anos nos tempos de FHC, que ouviu falar na ditadura de relance e que não conheceu a tumultuada Era Collor e os tempos Sarney e Itamar. Do outro lado, a extrema direita raivosa e que não perdoa alguém que quer se mostrar de esquerda... Enquanto Marina cai, Dilma sobe em todos os segmentos e em todas as regiões do País. Um segmento que se imaginava estaria aos pés de Marina, como o segmento evangélico, deu a Dilma, um crescimento de 28% nas preferências de intenções de votos nas últimas pesquisas. Pouca gente sabe, mas lideranças evangélicas de grande porte estão trabalhando sistematicamente em favor de Dilma porque sabem que Dilma não lhes representa nenhuma ameaça, visto que doze anos depois do PT no governo, o terrorismo que faziam sobre fechamentos de igrejas, obrigatoriedade de pastores casarem gays e comunismo ateu não se concretizou. Os evangélicos, como, de resto, todas as religiões, nunca tiveram tanta liberdade, nem nunca experimentaram um crescimento tão grande, especialmente porque suas fundações de ação social nunca receberam tanto apoio dos governos, como com Lula e Dilma. Por outro lado, Dilma cresceu no segmento do nível superior de escolaridade. Onde nunca deveria ter caído, pois foi um dos setores mais beneficiados pelos governos petistas, mas é compreensível que seja aí, onde tudo se discute e tudo se questiona, que o candidato de situação esteja sempre sob o crivo da crítica feroz. Segmentos de extrema esquerda proliferam e gritam a toda goela no meio universitário e a extrema direita atua sem alardes, mas de forma sistemática. Mesmo assim, Dilma cresce entre o eleitor de nível superior de escolaridade, cresce entre os jovens que entenderam que a rebeldia não é apenas ir às ruas e gritar, mas tem que ver tudo o que sonhou transformado em projeto exequíveis e estes projetos transformados em realidade. E que isto não se faz à base do “abracadabra”. Quanto ao crescimento de Aécio, ainda estou esperando para que alguém me mostre um único motivo. A não ser o interesse dos institutos de pesquisa, serviçais que são da mídia reacionária que quer derrotar o PT a qualquer custo, mas ainda prefere acreditar no seu próprio candidato, Aécio, que em Marina, uma incógnita, que não transmite segurança.

Pesando e medindo
Já não estava dando muito crédito ao que Marina da Silva diz na sua discurseira contraditória. Mas aquele discurso infame em Fortaleza dizendo que a mãe alimentava oito crianças com um ovo de galinha por dia, me encheu a medida. Um ovo de galinha pesa entre 40 e 60 gramas. Ou seja, ficaria de 5 a 7,5 gramas por criança. Do ponto de vista nutricional é impossível viver-se com menos de 400 calorias/dia, numa dieta extremamente rigorosa e apenas com líquidos. Pois bem, na dieta de Marina, ela e cada irmãozinho ficava com a dose diária de 6,5 calorias.

Vai enganar o diabo...
E lembrar a fartura que existe na floresta, com alimentos à farta que os índios e os seringueiros sabem muito bem como colher através da caça, da pesca e do extrativismo, além da possibilidade de cultivo. Isso é discurso de loroteiro. Demagogia demais, passa da conta. Sugeriram-me no twitter que poderia ser um ovo de avestruz que pode pesar até 1,4 quilos, ficando 175 gramas por criança. Mas, que eu saiba não tem avestruz na Amazônia. Outro ovíparo capaz de dar uma dose razoável de alimento com um ovo poderia ser um dinossauro, mas o bichinho desapareceu há 140 milhões de anos.

Briga de foice
Os institutos de pesquisa continuam na sua briga na tentativa de influenciar as eleições de outubro.
No Ibope Marina sobe, na Folha que antes incensava Marina, agora ela cai. Dilma, mesmo bombardeada pelos dois institutos, continua crescendo ou, no mínimo, firme na dianteira. A tentativa de arrancar Aécio da sarjeta é grande, mas fica difícil recuperá-lo nas duas semanas que faltam.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

E eis que resta provado que a censura ainda existe

Uma constatação da maior importância é a de que muitas leis e práticas dos tempos da ditadura militar ainda estão em pleno vigor no Brasil. Com especialidade a tortura em delegacias e até mesmo em empresas privadas e outras instituições onde os torturadores se auto investem de uma autoridade que não têm e agridem a vida e a lei na maior cara de pau, lembrando que a ditadura foi militar e civil e não apenas militar. Não me canso de lembrar que Joaquim dizia que acabar a escravidão seria difícil mais que muito mais difícil seria acabar a obra da escravidão. E aí está esta obra em forma de preconceito, racismo, discriminação, exclusão e apartação social. Mas, estávamos falando de censura. A tal liberdade de expressão tão defendida pelos órgãos de imprensa e que não é praticada por eles próprios, pois cortam manietam e constrangem seus próprios profissionais com uma linha editorial extremamente autoritária e parcial. E eis que surgiram as redes sociais tirando dos donos de rádios, jornais e TVS o direito de dominar a opinião pública pela força da opinião publicada.  Atarantados, os políticos de oposição que tanto insinuam que o governo brasileiro é autoritário, mesmo que nunca se tenha tudo tanta liberdade de expressão como nestes doze anos de PT no governo da República. No momento estamos vivenciando dois episódios que mostram muito bem quem tem pendores ditatoriais. Aécio processa 66 blogueiros que usam da liberdade de expressão para mostrar seus podres. Já Marina conseguiu com o TSE tirar do ar o site Muda Mais, do Partido dos Trabalhadores que, claro, como instrumento de comunicação do partido de Dilma faz a divulgação positiva de Dilma, do seu governo e da sua candidatura. O ministro Herman Benjamin, do TSE recuou depois que Rui Falcão, como presidente do PT declarou que o site pertence ao partido e os advogados do PT mostraram que é este mesmo o papel de um site de uma instituição partidária. Os dois episódios, porém serviram para expor a fratura das personalidades autoritárias de Aécio e Marina. Já dizia Karl Marx que “a prática é o critério da verdade”. 

Nova Política
Marina declara que quer fazer um governo com os melhores quadros do PT e do PSDB, partidos que polarizam a política brasileira nos últimos vinte anos e que ela diz condenar. O vice, Beto Albuquerque, diz que ninguém pode governar sem o PMDB de Michel Temer, Henrique, Renan e Sarney. José Agripino, do DEM já garante apoio a ela no segundo turno, declaração que lhe custou a coordenação da campanha de Aécio. Tudo bem, tudo bem. Só quero entender qual é a “nova política” que ela prega.

Improvável
O IBOPE quer nos convencer que dos 33% dos eleitores que avaliam o governo como regular, ninguém, absolutamente ninguém, vai votar na Dilma.

Mercado financeiro
Eu fico embasbacado com tanta babaquice sobre este tal Mercado Financeiro e sua influência na economia e nas eleições. O que chamam de Mercado Financeiro que engloba os bancos e os rentistas, representa apenasmente 4% do PIB brasileiro. Todos os banqueiros juntos, incluindo os seus executivo pagos nababescamente  e todos os rentistas juntos não enchem um navio. Ficando muito abaixo de um milésimo do eleitorado brasileiro. E como é que essa titica eleitoral decide eleição? Por que dão tanta atenção ao que este segmento acha de qualquer coisa, d qualquer assunto?  Por isto que o PT vem ganhando há três eleições. O “mercado” dá opinião e é ouvido na imprensa que ele controla, e a massa do Bolsa Família, do Minha Minha Vida, do Prouni, do Pronaf, do Pronatec, do Enem, das cotas, do Luz Para Todos, dos filhos no Brasil Carinhoso, vai pra urnas e decide as eleições. Toca pra frente...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

“Alve-se” quem puder

Salvo algum tsunami ou uma nova erupção do vulcão extinto do Pico do Cabugi, a eleição de senador está com o quadro configurado, com favoritismo claro para Fátima Bezerra. É evidente que Vilma de Faria foi abandonada pela família Alves. E ela, dizem os bastidores, estaria furiosa porque tinha um favoritismo desenfreado para uma candidatura ao Governo do Estado e foi convencida a retirar essa candidatura em função do sonho de chegar ao Senado. Henrique mesmo andou dizendo por onde andou que não admitia um prefeito do PMDB apoiá-lo sem casar esse voto com o de Vilma, que generosamente lhe deu a chance de realizar seu sonho de candidatura a governador. Quer dizer, Vilma abriu mão do seu sonho senatorial para viabilizar o sonho governamental de Henrique. Mas o que se viu foi uma debandada de prefeitos peemedebistas em busca do nome de Fátima Bezerra. Em Angicos, base do aluizismo, Fátima está dando três por um em Vilma. E lá, Henrique está na frente de Robinson. Como se não bastasse, depois que Eduardo campos morreu, a principal fonte de recursos para a campanha de Vilma secou, pois doação post-mortem só aconteceu para Marina da Silva, cuja nova política não é deste mundo... Pois bem. Secou a fonte nacional e os compromissos “reais” de Henrique não vêm se realizando. O problema é que Henrique jogou Vilma para baixo e ela, em queda, agora o arrasta para a derrota. As pesquisas mostram um Henrique estacionado, se equilibrando na corda bamba da margem de erro. E o furacão Vilma, que o alavancaria em casadinha na Grande Natal, deu chabu e o puxa para baixo. Vilma já sabe o sabor amargo e Henrique começa a experimentar o travo do slogan popular que caracteriza a falta de solidariedade da sua família. A frase lapidar: “Alve-se quem puder”.

Interesse repentino
Henrique Eduardo Alves tem 44 anos como deputado federal. A Uern tem 46 anos de existência. Pela primeira vez ele visitou a nossa universidade ontem. Estranho o repentino interesse. Mas... Melhor do diabo de nada. Pior mesmo só aquela esposa de senador que dizem ter se formado numa universidade sem nunca ter ido lá... Ou cá.

Bode na sala
A oposição fez um grande esforço para botar o bode na sala. Criou a CPI da Petrobras e fez um esforço sobre-humano para levar Paulo Roberto Costa, o homem-bomba da Petrobras, para depor no Congresso Nacional. Agora estão todos assustados. Apoiadores de Marina e Aécio estão bem mais assustados que os que fazem a candidatura Dilma.

Luciana Genro
A presidenciável do PSOL, Luciana Genro, reduziu a pó o tucano Aécio Neves. Ela disse o que estava entalado na garganta de milhões de brasileiros, com especialidade, mineiros. Desmoralizou Aécio com seu discurso hipócrita de seriedade e ética, quando faz parte do partido que tem o maior número de políticos condenados por corrupção.

Horário Eleitoral II
Assistindo ontem à sessão da CPMI da Petrobras ao vivo na TV Senado, lembrei-me das sessões ao vivo do Supremo Tribunal Federal nos julgamentos do Mensalão do PT em 2010 e 2012, compondo um segundo horário eleitoral gratuito, às vésperas do pleito Dilma x Serra e no outro Serra x Haddad. E haja peia no PT. Só que o PT ganhou as duas eleições. Tica para frente.

Calado
Carlos Augusto Rosado está caladíssimo. E aí que reside o perigo, porque quieto ele não está.

Imbróglio
Depois da determinação da volta de Leonardo à Prefeitura de Ipanguaçu passando por cima de eleição suplementar, com o anúncio imediato de apoio do prefeito petista a Henrique e ato contínuo a declaração de apoio de Cláudia Regina a Henrique, tem muita gente tremendo mais do que vara verde em Mossoró. Não me perguntem nada sobre tudo isso. Só sei que de nada sei... Mas desconfio de muita coisa.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cresce a rejeição a Marina Silva

T ereza Cruvinel mata a charada da queda constante de Marina. Não é só a queda que incomoda; é o aumento da rejeição, à medida que ela expõe suas ideias retrógradas e contraditórias. O eleitor mais esclarecido e de postura à esquerda do PT vai se afastando dela, por entender que não pode trocar o certo pelo duvidoso. E o perfil do seu eleitor vai ficando cada vez mais à direita. Vejamos Cruvinel:  Na pesquisa Vox Populi divulgada hoje, Marina Silva aparece com 40% de rejeição, contra 42% de Dilma Rousseff. Um empate técnico na margem de erro, que sugere grande crescimento da rejeição a Marina. A pesquisa Vox Populi não permite uma afirmação taxativa neste sentido porque, não tendo havido outra do mesmo instituto nas semanas anteriores, a comparação torna-se metodologicamente inadequada. Entretanto, uma comparação com as taxas de rejeição de pesquisas recentes de outros institutos sugere forte crescimento da rejeição a Marina, a ser confirmada por novas rodadas. Na pesquisa Ibope de sete dias atrás, por exemplo, Marina tinha apenas 12% rejeição, e Dilma 31%, índice quase três vezes maior. No Datafolha divulgado há seis dias, Marinha apareceu com rejeição de 16%, e Dilma com o dobro, 32%. Na campanha de Dilma, credita-se este provável aumento da rejeição à explicitação das contradições e dos pontos frágeis da candidatura de Marina, levada a cabo por Dilma nos debates e nos programas eleitorais. As questões que mais teriam pesado para o aumento da rejeição e produzido os primeiros sinais de que Marina parou de crescer e começou a desinflar seriam, segundo pesquisa qualitativa realizada para o PT, seu recuo na questão da união homoafetiva para atender ao pastor Malafaia, a vinculação a Neca Setúbal, do Banco Itaú, a pouca ênfase no Pré-sal e a proposta de Banco Central independente. Todas estas questões foram bem exploradas por Dilma nos últimos. As últimas pesquisas mostram que a linha da campanha está correta, diz um dirigente petista, renegando o primeiro ataque a Marina, quando foi comparada a Collor ou Jânio. O que se vai fazer daqui para frente, diz ele, é manter o foco nas contradições e nas fragilidades, chamando o eleitorado a decidir entre o prosseguimento do que foi feito nos governos petistas e a mudança para um projeto pouco nítido e permeado por indicações de descontinuidade. Mas é preciso aguardar novas pesquisas, que permitam a comparação dentro da série de um mesmo instituto, para se ter certeza do aumento da rejeição a Marina.

Descolado
O PT nacional engoliu Henrique com seu palanque demasiadamente versátil. Desestimulou a candidatura de Mineiro para governador e não assumiu às escâncaras a candidatura de Robinson para não deixar que se pudesse dizer que o PT traiu o PMDB. Mas Henrique fez questão de descolar sua campanha de Dilma e do seu amigo Michel Temer, além de botar no mesmo saco o DEM, o PPS, o PSDB e o PSB de Vilma que era lulista e dilmista de carteirinha e agora esculacha o PT para atingir Fátima. Agora é a Folha de São Paulo que sai mostrando um Henrique desolado de Dilma. Além da denúncia de receber propina do homem bomba da Petrobras, Henrique passa a ser visto pelo eleitor como adversário do PT cá e lá. Não dá mais para ficar montado no boi e mamando na vaca...

A que ponto chegamos...
Dez escolas da Rede Estadual de Ensino de Goiás estão tendo suas gestões entregues à Polícia Militar, no município de Valparaíso, onde a violência impera, inclusive com assassinato dentro de uma das escolas. Uma medida necessária, mas uma prova de que a educação faliu, pois se a educação não preparou a juventude da cidade para a vida civilizada está claro que a educação que eles tiveram desde o chamado Pré-Escolar não valeu nada.

Estranho
É muito que Wilma de Faria, mesmo sendo bem melhor candidata que Henrique em disputas majoritárias esteja despencando em queda livre e ele, pesado, ronceiro, colecionador de derrotas para prefeito de Natal não esteja caindo. Segurou-se nos quarenta pontos e mesmo com Robinson subindo, ele não cai, apesar de ter uma gigantesca rejeição. A margem de erro do Ibope pode estar segurando Henrique nos 40% e amarrando Robinson nos 31%. Se Robinson está subindo e os indeciso diminuindo em seu favor e não por Henrique, como entender que Henrique não esteja caindo. Se a margem de erro estiver sendo manipulada, Robinson pode estar com 34 e Henrique com 37, o que configuraria um empate técnico. Mas, o que é fato é que se configura um segundo turno e com a curva de subida de Robinson, um segundo turno é veneno puro para Henrique. Aliás, Henrique sempre se deu bem na foto do Ibope, mesmo nas duas eleições de prefeito de Natal que ele acabou perdendo. As urnas sempre desmoralizando Ibope quando se trata de Henrique.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uns brincando de pesquisas... Outros brincam de eleições

Duas “leis” do direito consuetudinário se fizeram valer no Brasil, por mais questionamentos que mereçam. A primeira delas é a de que sentença judicial não se discute, se cumpre; a outra é a de que não se pode duvidar de pesquisas eleitorais. Acho que ambas merecem emendas. A das sentenças judiciais, particularmente, entendo que devem ser cumpridas, mas também devem ser discutidas, pois que os juízes são falíveis e, o que é mais grave corruptíveis, como resta provado pelos próprios órgãos de fiscalização da própria Justiça. A das pesquisas, mais ainda, merecem questionamentos, visto que são feitas por muitos institutos e atendem a diferentes interesses, já foram várias vezes desmoralizadas pelas urnas e cada uma deles já traz o anúncio de uma margem de erro. Ou seja, quem as faz e exige respeito admite que erra. As pesquisas eleitorais estão cavando a própria cova, como vimos nas eleições de Mossoró, quando Larissa manteve maioria sobre Cláudia Regina em 18 pesquisas e quando as urnas foram abertas, saiu derrotada. Agora são as pesquisas presidenciais. Tem instituto inflando Marina, para depois ficar segurando-a numa altura improvável, enquanto outros institutos já começam a mostrar a candidata se esmilinguindo. Por outro lado, a Justiça eleitoral, que deveria zelar pelo respeito à lei e ao regime democrático, está fazendo o jogo das cadeiras ao bel prazer. Prefeitos são cassados e “descassados”, ou cassados e mantidos no poder, como se troca ou se deixa de trocar de camisas e cuecas. A brincadeira chegou ao extremo agora em Ipanguaçu. Este colunista encontrava-se com o prefeito Leonardo num evento cultural, quando ele recebeu a notícia da cassação. Achamos um absurdo, mas começou o “vai-não-vai”, afasta ou não afasta o prefeito, foi gerando instabilidade administrativa até que resolveram fazer uma nova eleição. Leonardo não pôde ser candidato, mas o presidente da Câmara, com o seu apoio, derrotou não só o adversário local, mas todos os caciques do acordão que tenta impor ao RN o retrocesso político e também jurídico, se é que é verdade o que se dizem do poder de Henrique no Judiciário, os seus próprios correligionários. Agora o TSE determina a volta de Leonardo. Mas o povo de Ipanguaçu já foi às urnas, já elegeu outro prefeito por determinação desta mesma Justiça Eleitoral que torrou dinheiro público e diplomou outro prefeito que está no cargo. O que pode esperar o cidadão de um Judiciário que age desta forma? A quem pensa que serve a Justiça Eleitoral?

Amnésia
Marina, que vem se caracterizando como a rainha da contradição, não deixou por menos no nosso Rio Grande do Norte. Quando Eduardo Campos engoliu a aliança de Wilma de Faria do seu PSB com Henrique Eduardo, do PMDB, Marina detonou. Falou da aliança norte-rio-grandense como um dos exemplos do que ela chama de “velha política”, entendendo que seu partido não deveria se juntar com Henrique, um candidato eivado de denúncias de corrupção. Agora Marina está de vez em quando no rádio pedindo votos para Wilma Senadora. Faz de conta que não sabe que Wilma está metida até o pescoço numa coligação da “velha política”. Aliás, na cabeça de Marina só tinha aliança errada quando o candidato era Eduardo Campos, agora que é para apoiá-la, tudo vale.

Mutirão
É evidente o mutirão dos novos amigos de Wilma de Faria na tentativa de salvá-la. É todo mundo dando uma mãozinha para ver se ela reverte a tendência de queda que, em contraste com a curva de subida de Fátima Bezerra, desenha nos mapas das pesquisas a famosa “boca do jacaré”. Quanto mais os ex-críticos de Wilma a elogiam, mais ela perde pontos, pois todos lembram o que ela dizia dos tais “caciques” com quem se juntou para derrotar o PT de quem ela fala tão mal agora”. Exatamente o PT que tanto a ajudou e que não ajudou mais porque uma reca de gente desonesta que sempre esteve ao seu lado não deixava.

“Alavantu”
Ontem ouvi no rádio que existe a possibilidade de Wilma de Faria vir a ter apoio dos 21 vereadores de Mossoró, pois que já conta com dezoito deles. Três conclusões saltam aos olhos. A primeira é a de que, como Wilma já vinha com apoio de 16 vereadores e estava com 9% por cento a menos que Fátima Bezerra, resta provado que vereador não garante votos para candidaturas majoritárias.

Deserto vermelho
A segunda é que o prefeito Silveira Júnior, coordenador da campanha de Fátima e Robinson em Mossoró, está ligado na campanha de Robinson, mas liberou sua base parlamentar, onde conta com pelo menos 16 edis, para votar em quem quiser para o Senado, negociando “na base do amor”, como me disse um deles. A terceira conclusão é quanto à grande estultícia do PT municipal ao aceitar tirar o único vereador que tinha na Câmara Municipal, para ser vice, quando o partido dispõe de vários nomes à altura do cargo. Mas o partido vergou a espinha à imposição do prefeito e se deu mal, podendo não ficar com viv’alma na Câmara, a defender sua senadora.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Henrique punido por mentir contra Robinson e detonado por mídia nacional

OBlog do Barbosa de Natal informa que o juiz federal Marco Bruno Miranda determinou direito de resposta à coligação “Liderados pelo Povo”, do candidato a governador Robinson Faria (PSD) no programa eleitoral de rádio do candidato Henrique Eduardo Alves (PMDB) pelo tempo de 1 minuto. A decisão se baseia em inverdades que o candidato do PMDB teria dito contra Robinson Faria. Em sua decisão, o magistrado é categórico ao afirmar que os advogados da Liderados pelo Povo juntam prova documental indicativa de rompimento político entre o candidato Robinson Faria e a governadora Rosalba Ciarlini, “fato efetivamente divulgado com intensidade à época na imprensa”. O magistrado diz ainda que “a propaganda eleitoral impugnada, sublinarmente, induz a erro o eleitor e lhe incute a ideia de que o candidato Robinson Faria teria exercido a função de secretário dos Recursos Hídricos todo o mandato e que, por isso, seria ele responsabilizado pelos nefastos impactos da seca na vida dos norte-rio-grandenses”. A decisão observa ainda que “no momento em que se faz menção ao exercício dessa função, procura estabelecer uma vinculação mais decisiva com as políticas públicas estaduais referentes ao tema”. Reitere-se: porque decorrente de ato administrativo válido, a destituição de Robinson Faria da função de secretário é fato público e notório. Assim, é sabidamente inverídico que ele não mais exercia essa função, pelo que qualquer menção, ainda que subliminar, de veiculação jurídica ao governo sob esse status. A estratégia do programa de Henrique Alves de colar Robinson ao governo Rosalba não tem sido eficaz. Além de contestado pela justiça, não tem efeito junto ao eleitor que sabe que Henrique participou ativamente da administração do DEM no Rio Grande do Norte. Pode também ter um efeito colateral para a campanha de Henrique, colocando Robinson Faria como opção de voto para os eleitores de Rosalba. Enquanto isso a mídia nacional está no encalço de Henrique cavando informações sobre a possibilidade de ter ele recebido propinas do diretor da Petrobras que ora faz a delação premiada e enrolou Henrique no pacote da sujeira. Mas tem muitas coisas anteriores que jogam Henrique para baixo, como naquele tempo em que ele era candidato a governador e tentou saltar para candidato a vice-presidente de José Serra e terminou caindo para deputado federal como dantes, bem como as denúncias que lhes surgiram quando candidato a presidente da Câmara se salvando por ter o apoio do PT a quem agora ele trai vergonhosamente. Ah... Henrique. E ainda tem aquelas coisas de Playboy, Copa do Mundo, pula-pula de galho em galho e ficha em branco depois de 44 anos de mandatos federais.

Cadê o pedido de desculpas?
É comum ver-se as acusações aos petistas em vésperas de eleições serem desmoralizadas logo depois do pleito. Agora a verdade está chegando mais rápido. É que com as redes sociais, a mentiras têm as pernas tão curtas quanto antes, mas a verdade tem pernas mais esticadinhas. Ontem, uma comissão de sindicância instalada no Senado para apurar manipulação de depoimentos prestados à CPI da Petrobras, conforme afirmou a revista Veja, concluiu que "não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos" e decidiu arquivar o processo. A diferença do caso Erenice Guerra e tantos outros é só que a verdade aflorou antes mesmo de fechar as urnas... Pois bem. E agora? Algum pedido de desculpas?

Impressionante
Até petistas carteirinha no rádio estão embarcando no discurso da imprensalona, chamando de “ataques” as respostas de Dilma Rousseff aos ataques de Marina da Silva e (bo)Neca Setúbal. Afinal de contas, o direito de resposta só existe para adversários que já é dona do direito de ataque, agressão, calúnia, difamação, denuncismo e vilania.

Alerta geral
Os coordenadores da campanha de Marina da Silva andam com as orelhas quentes com dados de pesquisas que não são explorados nas análises. É que um quinto dos que consideram o governo de Dilma ótimo e bom ainda não lhe declaram o voto, pois ela tem 30,5% em 38%. Já Marina tem mais da metade de seus eleitores com um julgamento entre ótimo, bom e regular do governo Dilma: 18,3 em 31%. Ou seja, gente que, em se livrando do efeito emocional que lhes fez optar por Marina mesmo gostando de Dilma, pode mudar a qualquer momento.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cinco perguntas sobre a delação premiada

F ernando Castilho, em artigo publicado na internet, questiona o festival de delações premiadas que se abatem sobre a Petrobras e tudo o que possa causar um escândalo de véspera de eleição. Vejamos: Como todos sabem, o panfleto do PSDB, a Veja publicou o nome de vários políticos elencados pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Preso desde março deste ano, o homem aceitou citar nomes envolvidos na investigação de corrupção da qual seria fatalmente condenado a cerca de 30 anos de reclusão.
Pergunta-se:
1. Se Costa está preso, como a revista teve acesso a ele?
2. Se o depoimento teria sido feito em segredo de Justiça, como ele pode falar à revista?
3. Se Veja não conversou com Costa, mas teve acesso ao depoimento, quem o passou, uma vez que se encontra criptografado e guardado em cofre?
4. Por que o Ministério da Justiça, ao requerer à Polícia Federal acesso aos depoimentos, não o conseguiu, mas a revista, sim?
5. Essa revista tem mais poder que um Ministério?
A Folha de São Paulo diz: “Nesta segunda-feira, o Ministério da Justiça solicitou à PF acesso aos depoimentos que atingem importantes personagens da base do governo, mas teve o pedido negado, pois o processo corre em sigilo. O ministro José Eduardo Cardoso recorreu, então à Procuradoria Geral da União para que o órgão analise a viabilidade de a Presidência da República obter a documentação”. Por enquanto, o que Veja fez foi calúnia e difamação, uma vez que não apresentou fontes, provas, documentos, valores, nada. Sobre o assunto, vale a pena ler o artigo de Jânio de Freitas (mantido ainda no jornal porque Otávio Frias não tem coragem de demitir essa verdadeira instituição do jornalismo) na Folha de São Paulo, do qual extraio um maravilhoso parágrafo: ''Paulo Roberto Costa tem tanto dinheiro para gozar o futuro quanto não tem futuro para gozar o dinheiro. Neste momento, tudo em sua vida é inversamente proporcional, até o sentido mesmo de delação premiada. Está jogando tudo, então. O quanto é veraz ou falseia, não se sabe. Ainda, talvez.'' Sabemos que, para a grande mídia, Dilma Rousseff não pode, sob hipótese alguma, vencer as eleições deste ano. Isso significaria mais quatro anos de PT, com um agravante: em 2018 é Lula lá de novo, podem estar certos. Continuemos nas Notas Curtas

Corrupção????
Não que a mídia esteja preocupada com a corrupção, uma vez que dia sim, outro também, levanta suspeitas fundadas ou não. Se fosse paladina da justiça, se empenharia também nas investigações dos mensalões do DEM e do PSDB, do propinoduto tucano, do metrô, dos trens, etc...

Economia????
Ela também não está preocupada com inflação ou PIB baixos. Sabe que a inflação está dentro da meta, menor que nos tempos de FHC. Sabe que o PIB baixo se deve à conjuntura econômica de uma crise mundial que, desde 2008, ainda não se recuperou.

Ódio aos pobres, isto sim
A mídia, mais que ninguém, está ferrenhamente empenhada na luta de classes. Não suporta que 30 milhões de pessoas tenham saído da linha da miséria. Não suporta que tenham sido construídas 1,4 milhão de casas no programa Minha Casa, Minha Vida. Não aguenta ouvir que 33 milhões de pessoas passaram a ser atendidas por 14 mil médicos do Programa Mais Médicos. Não tolera o Pronatec. Não quer nem ouvir falar das obras de transposição do Rio São Francisco, que serão entregues em 2015 e beneficiarão as famílias pobres do Nordeste.

Entreguismo
Além disso, sabemos que a posição da mídia é pela privatização da Petrobras e entrega do Pré-sal para os estrangeiros. Querem um Brasil pobre e pequeno para que possam a continuar mandando como já faziam há 500 anos sem serem importunados pelo sapo barbudo.

Golpes e mais golpes
Para impedir a reeleição de Dilma, tentaram golpes. Primeiro investiram pesado nos protestos de junho de 2013. Como as manifestações recrudesceram, tentaram insuflar a volta da ditadura por ocasião do aniversário de 50 anos do golpe.

Nem a copa
Como os patetas que saíram às ruas não lotavam uma Kombi, tentaram sabotar a realização da Copa do Mundo no Brasil. Como a copa foi um sucesso, restou agora essa matéria da revista (nem vamos falar do avião...).

E agora?
Como, ao que tudo indica, vai dar chabu, restará mais alguma coisa? Podem crer que neste exato momento já deve haver conversas avançadas nesse sentido.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A César o que é de César e a Deus o que é de Deus

No blog do Paulo Lopes: http://www.paulopes.com.br/2014/09/pastor-pede-deus-que-livre-o-brasil-de-politicos-evangelicos, podemos encontrar subsídios de suma importância para esse debate que se dá em torno de Marina de Silva, com alguns evangélicos pregando maravilhas para o caso de uma eleição dela, por se colocar no poder central uma evangélica. Da minha parte, prefiro não fazer essa relação, até porque entendo que o Estado brasileiro é laico e não se deve estabelecer como critério para escolha de um candidato para votar a sua opção religiosa. E ainda porque já vi o Brasil governado por um presidente evangélico: o general Ernesto Geisel, que não foi diferente dos demais generais ditadores e que eram católicos, como Garrastazu e Costa e Silva, por exemplo. Vi o Rio de Janeiro governado por um evangélico, Anthony Garotinho, que quase se projeta para presidente da República distribuindo carretas cheias de Bíblias sagradas e que foi um péssimo governador, assim como o foi a sua esposa também evangélica, e que os dois entregaram o Rio de Janeiro ao crime organizado. Vi aqui de lado, em Icapuí, um prefeito pastor protestante que deixou um robô de 23 milhões na Prefeitura, segundo informações de lá mesmo, destruindo os serviços públicos em um município que tinha sido destaque nacional e internacional com prêmios em saúde, educação e cuidado com a criança. Tanto que a Prefeitura voltou para o PT. No já citado Blog do Paulo Lopes tem o artigo do pastor brasileiro Ricardo Gondim, que, analisando como se dá a presença de políticos evangélicos nos Estados Unidos, ergueu a voz dizendo: Deus nos livre de um Brasil governado por políticos evangélicos. E deu os dados: a revista eletrônica Huffington Post publicou um texto de Geoffrey R. Stone, professor de direito da Universidade de Chicago. Stone se deparou com uma lista dos dez Estados com maior índice de pessoas que se consideram religiosas na América. Com exceção de Utah, mórmom, todos os outros fazem o cinturão bíblico, o chamado Bible belt. Portanto, Estados com predominância evangélica. Por ordem, são: Mississipi, Utah, Alabama, Louisiana, Arkansas, Carolina do Sul, Tennessee, Carolina do Norte, Geórgia e Oklahoma. Stone pesquisou o que essa maciça presença evangélica significa nesses Estados do sul. Sua descoberta estarrece. Vejamos nas Notas Curtas:

Segregação racial
Nove dos dez Estados mantiveram escolas racialmente segregadas até a decisão da Suprema Corte de aboli-las em 1954. Cinco dos dez Estados continuam como os piores na insistência de manter segregação racial nas escolas públicas.

Criminalidade, pobreza e saúde
Oito dos dez Estados constam nas lista dos onze com maior população carcerária. Todos os dez Estados têm pena de morte. Nove desses dez Estados constam dos vinte piores nos índices de morte provocada por arma de fogo. Sete dos dez estão entre os dez com mais alta percentagem de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Nove dos dez Estados fazem parte dos vinte com maiores índices de fumantes. Sete dos dez Estados foram ranqueados entre os dez com a pior condição de saúde. Nove dos dez Estados constam entre os treze piores na expectativa de vida. Sete dos dez Estados têm os piores níveis nacionais na qualidade de serviço médico.

Salário e educação
Cinco dos dez Estados são os únicos estados americanos sem leis de salário mínimo. Todos os dez participam das listas dos piores salários mínimos americanos. Nove desses dez Estados estão na lista dos dezoito piores com gastos em educação pública. Nove dos Estados foram inseridos na lista dos vinte piores no quesito qualidade da escola pública. Cinco dos Estados constam entre os dez em que mais cidadãos veem pornografia na internet.

Será que Marina traria um pedaço do céu
No Brasil, seria diferente? Acredito que o melhor dos mundos que políticos evangélicos moralistas prometem pode não acontecer. Pelo contrário, com o histórico já bem documentado da fragilidade ética dos líderes e com a falta de senso crítico dos seguidores, caso o avanço do neopentecostalismo continue e cada vez mais, grandes empresas da fé comprem horário na televisão, o pior ainda está por vir. Infelizmente.

Minha opinião
Até a nota anterior é a opinião do pastor Gondim. A deste colunista é que o fato de Marina ser evangélica, ou não, em nada melhora ou piora a sua capacidade de ser presidenta da República. O problema é sua visão atrasada das principais questões nacionais, em que ela confunde a posição de estadista com a de devota e passa o pé pela mão. O fato é que onde misturam política com religião, seja nos estados islâmicos, como Irã, Iraque e Afeganistão, seja no estado judaico, seja entre cristãos, que, mesmo contrariando a constituição dos Estados Unidos, governam seus estados pelo viés da fé, acabam cometendo graves erros históricos, políticos e administrativos. Que continuem cuidando dos seus rebanhos e deixem a missão de governar para quem nasceu com a vocação de estadista, ou se desvistam das questões religiosas e governem com base na lei dos homens, que é a lei do País. Os evangélicos dão uma ótima contribuição ao Brasil nas suas igrejas, assim como nossos padres e nossos espíritas. Jesus já definiu isso muito bem com a célebre frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Filiado ao PSB contesta conteúdo do “Marina de Verdade” (Parte II)

V ejamos o que diz sobre a mulher que, de repente, em função de uma tragédia que ceifou a vida do verdadeiro líder da sua sigla, se fez candidata à Presidência da República:  Candidata Marina Silva, meu nome é Gustavo Castañon. Sou, entre outras coisas, filiado há mais de dez anos ao PSB, partido que hoje a senhora usa para se candidatar, professor na Universidade Federal de Juiz de Fora e um cristão convicto, como acredito que a senhora também seja, do seu jeito. Investida de seu eterno papel de vítima, sua campanha lançou um site na internet chamado “Marina de Verdade” (com V maiúsculo mesmo) para combater supostas “mentiras” espalhadas contra a senhora na internet. Vou aqui responder uma a uma as afirmações de seus marqueteiros no site citado, oferecendo os links de fontes das minhas afirmações. Ontem, divulgamos nesta coluna, as seis primeiras respostas de Gustavo Castañon a Marina. Para se ter uma ideia de quem se trata, acrescentamos aqui um resumo do currículo do professor Castañon na Plataforma Lattes: Graduado em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998) e em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Mestre em Psicologia Social pela Uerj (2001) e em Lógica e Metafísica pela UFRJ (2009). Doutor em Psicologia pela UFRJ (2006). Atualmente, é professor-adjunto do departamento de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora e professor do programa de pós-graduação em Psicologia da mesma instituição. Atua como pesquisador no Núcleo de História e Filosofia da Psicologia (NUHIFIP), UFJF, no Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (NUPES), UFJF, e no Centro de Epistemologia e História da Ciência (CEPISHC) do PPGLM, UFRJ. Dedica-se, atualmente, à investigação das diversas correntes alegadamente construtivistas do pensamento contemporâneo e ao problema da lógica da explicação científica, com ênfase na explicação e leis científicas na Psicologia. Continuemos com as respostas do professor Castañon. Marina, que de repente se tornou candidata do seu partido, o PSB:

Sobre Marcos Feliciano
Você defendeu, sim, Marcos Feliciano. Você afirmou que ele era perseguido na CDH não por causa de suas posições políticas, mas por ser evangélico. Disse que isso era insuflar o preconceito religioso. Não, candidata. Você está falando de seu companheiro de Assembleia de Deus, um homem processado por estelionato, que pede senha de cartão de crédito de seus fiéis, que defende que os gays são doentes e os descendentes de africanos amaldiçoados. Recentemente, esse homem que você afirma ser vítima do mesmo preconceito que você sofreria, afirmou à revista Veja: “Eu não disse que os africanos são todos amaldiçoados. Até porque o continente africano é grande demais. Não tem só negros. A África do Sul tem brancos”. Ao usar essa estratégia de defesa para ele e para você, você reforça os preconceitos da sociedade e o comportamento de grande parte dos pentecostais de blindar qualquer satanás que clame “Senhor, Senhor” em suas Igrejas.

Sobre os banqueiros na campanha
Você não é só financiada por banqueiros. Eles coordenam seu programa! Neca Setúbal, herdeira do Itaú, não é só sua doadora como pessoa física. Ela é a coordenadora de seu programa de governo e sua porta-voz, e já declarou que você se comprometeu a dar “independência” (do povo e do governo) ao Banco Central, que fixa os juros que remuneram os rendimentos dela. Da mesma forma, o banqueiro André Lara Resende, um dos responsáveis pelo confisco da poupança na era Collor e assessor especial de FHC, é o formulador de sua política econômica.

Desagregadora
Você é desagregadora e vilipendia a classe política. Seu governo será o caos. Você é divisionista e maniqueísta e implodiu meu partido em uma semana de candidatura. Vai deixar seus escombros para trás quando chegar ao poder, como sabemos e já anunciou, para delírio daqueles que criminalizam a política. Seu partido é nanico, e se não o criar com distribuição de cargos, continuará nanico. Com a oposição certa do PT, terá que governar com a mídia e os bancos, que cobrarão o apoio com juros. Precisará do PMDB, que você acusa de fisiologismo, e do PSDB e o DEM, que lhe exigirão não só cargos, empresas públicas e ministérios, mas também a volta das privatizações. A única base congressual que lhe será fiel é a bancada evangélica, que cobrará seu preço com sua pauta de controle dos costumes e seu fisiologismo extremo. Resultado, você vai entregar a alguém o trabalho sujo do fisiologismo ou mergulhará o país no caos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Filiado ao PSB contesta conteúdo do “Marina de Verdade”

Vejamos o que diz sobre a mulher que, de repente, em função de uma tragédia que ceifou a vida do verdadeiro líder da sua sigla, se fez candidata à Presidência da República:  Candidata Marina Silva, meu nome é Gustavo Castañon. Sou, entre outras coisas, filiado há mais de dez anos ao PSB, partido que hoje a senhora usa para se candidatar, professor na Universidade Federal de Juiz de Fora e um cristão convicto, como acredito que a senhora também seja, do seu jeito. Investida de seu eterno papel de vítima, sua campanha lançou um site na internet chamado “Marina de Verdade” (com V maiúsculo mesmo) para combater supostas “mentiras” espalhadas contra a senhora na internet. Vou aqui responder uma a uma as afirmações de seus marqueteiros no site citado, oferecendo os links de fontes das minhas afirmações. 1 – Não Marina, você não sofre preconceito por ser evangélica. Você é que acredita que todos aqueles que não compartilham de suas crenças queimarão eternamente no fogo do inferno. É o que está claramente descrito no credo (credo 14) de sua agremiação religiosa. Que nome podemos dar a isso? Certamente, é um nome mais assustador do que intolerância ou preconceito. Talvez essa seja a origem de seu maniqueísmo, já que separa o mundo entre os bons, que apoiarão seu possível governo, e os maus, que lhe fariam oposição, como eu. O seu problema não é ser protestante. É ser da Assembleia de Deus, associação pentecostal de vários ramos que interpreta literalmente o Antigo Testamento, e que tem entre seus pastores Marcos Feliciano, que vende curas a paraplégicos, e Silas Malafaia, este homem que hoje defende da “cura gay” à teologia da prosperidade e vende bênçãos de Deus [como o papa vendia indulgências, o que levou Lutero a fazer a reforma protestante]. Eu me pergunto: o que alguém que faz parte de uma organização que faz comércio com a palavra de Cristo é capaz de fazer na vida política? Qual o nível de inteligência que pode possuir alguém que faz interpretações tão rasteiras do significado da Bíblia? Essas são perguntas legítimas que as pessoas se fazem, e não por preconceito, mas por conceito. 2 – Não, Marina, o Estado Laico deve intervir nas práticas religiosas quando são fora da lei. Se uma religião resolve reinstituir o sacrifício de virgens dos Astecas ou a amputação de clitóris comum em alguns países muçulmanos hoje, o estado tem que observar inerte essas práticas em nome da liberdade religiosa e do laicismo? Não, candidata. Nenhuma organização está acima da lei num Estado Laico.  Continuemos nas Notas Curtas:

Moderna?
3 – Não, Marina. Você não é moderna. Você é uma fundamentalista mesmo. O fundamentalismo religioso não é a negação do Estado Laico; essa é só uma espécie de fundamentalismo, o teocrático. O fundamentalismo se caracteriza pela crença de que algum texto ou preceito religioso seja infalível, e deva ser interpretado literalmente, tanto em suas afirmações históricas como comportamentais ou doutrinárias. E o ataque ao Estado Laico pode vir também pela incorporação de leis, que desrespeitem as minorias religiosas ou não religiosas, impondo um valor comportamental de determinada religião a todos os cidadãos. Isso faz da senhora uma fundamentalista (Assembleísta) que compartilha das crenças de Feliciano e Malafaia, e uma adversária, se não do Estado Laico, do laicismo que deveria orientar todas as nossas leis, pois defende plebiscitos sobre esses temas para impor a vontade das maiorias religiosas sobre as minorias em questões comportamentais.

Homofobia
4 – Não. Marina. Você é, sim, contra o casamento gay. Você agora diz que está sofrendo ataques mentirosos na internet sobre o tema, mas sempre se colocou abertamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, defendendo somente a união civil nesse caso. E não adianta simular que o que o movimento gay está reivindicando casamento religioso. O casamento é também uma instituição civil. Você só defende união de bens, sem todos os outros direitos que o casamento confere às pessoas. O vídeo acima e mais esse vídeo aqui provam esse fato de conhecimento público. P.S.: Hoje, dia 29/08/14, ao lançar seu programa de governo, a candidata mudou uma posição defendida por toda vida, faltando um mês para a eleição. Por quê?

Não petista
5 – Realmente, Marina, você não é petista. Você abandonou o partido que ajudou inestimavelmente a construir sua vida política, ao qual você deve todos os mandatos e o único cargo que ocupou até hoje, porque não tinha espaço para sua candidatura à presidência. Hoje, você busca se associar, sem qualquer pudor ou remorso, a inimigos ideológicos históricos do partido, repetindo as práticas que supostamente condena no PT e chama de “velha política”. Só que faz isso somente para chegar ao poder e construindo um projeto oposto àquilo a que defendeu toda a vida.

Nem tucana. Mas...
6 – Realmente Marina, você não é tucana. Mas sua equipe econômica é. Sua equipe econômica conta com André Lara Resende e Eduardo Giannetti, ex-integrantes da equipe econômica do governo FHC, além de seu coordenador Walter Feldman, que fez toda sua história no PSDB. Suas propostas econômicas são as mesmas do PSDB. Agora, de fato, o que nem o PSDB jamais teve coragem de ter é uma banqueira como porta voz de sua política econômica… Você não quer alianças com governos atuais de nenhuma agremiação, como o de Alckmin, exatamente para manter sua imagem de anti-tudo-o-que-está-aí. Mas não se sente constrangida em ter o vice de Alckmin na coordenação financeira de sua campanha, nem de convidar o “bom” representante de sua “nova política” José Serra para seu governo...  Continuamos amanhã