sábado, 12 de setembro de 2015

O que está por trás da paixão pelos bonecos de Lula e Dilma

Um editorial da Folha de S.Paulo, para falar de bonecos infláveis, reforça neste colunista a convicção de que o Brasil está vivendo um grande Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País). A análise de Paulo Moreira Leite mostra a verdadeira face desta nova esquizofrenia da mídia brasileira, que só continua de pé pela imensa quantidade de midiotas que ela mesma criou e que agora é por essa leva retroalimentada. Não surpreende, assim, o amor infinito pelos bonecos canalhas de grupelhos fascistas. É uma paixão compartilhada pelos demais jornais. Os bonecos aparecem nas primeiras páginas dos jornais com uma frequência extraordinária. Não porque sejam notícia. Mas por ajudarem na fabricação da imagem do PT como um partido de bandidos e de Lula e Dilma como chefes de bando. Não que seja uma agremiação de anjos. Mas, numa escala de delinquência partidária, a supremacia definitivamente não é do PT. FHC simplesmente comprou sua reeleição. Aécio colocou dinheiro público nas rádios da família, construiu um aeroporto particular com dinheiro público e foi citado por Youssef como beneficiário num esquema de propinas. Mas é o PT que interessa aos jornais liquidar. Não são boas as intenções por trás do movimento de destruição de imagem do PT. O que as grandes empresas de mídia querem é o retorno de um presidente que perpetue os privilégios e as mamatas de que elas sempre gozaram. Disse outro dia e repito: até um macaco teria feito a Globo crescer, tamanha a quantidade de dinheiro do contribuinte que, por variados caminhos, foram dar nos cofres da empresa. Anúncios à base de 500 milhões de reais ao ano, mesmo com a queda expressiva de audiência. E estamos falando apenas de anúncios federais. Em todos os Estados a Globo morde o dinheiro público. As empresas brasileiras de jornalismo são visceralmente dependentes do dinheiro público. É um caso de extraordinária inépcia que, mesmo tão favorecidas pelo Estado, tenham tantas vezes ficado à beira do colapso. Deve-se criticar duramente o PT por não ter feito nada para alterar esse quadro da ligação vergonhosa entre governo e mídia. Se é verdade o que Requião disse, o PT pagou, nisso, o preço de um pragmatismo estupidamente delirante. Requião disse que Dirceu afirmou, logo no início da gestão Lula, que o PT tinha um canal de televisão: a Globo. Dirceu achava, segundo Requião, que o dinheiro da publicidade compraria a simpatia dos Marinhos, como sempre acontecera. Tancredo dizia que a esperteza, quando é demais, come o dono, e foi este o caso. Agora, enfim, os chefes petistas parecem haver acordado para a realidade de que a imprensa quer fazer com eles o que fez, no passado, com Getúlio e Jango. O uso obsessivo das imagens dos bonecos de Lula e Dilma são apenas mais um capítulo na desesperada tentativa de varrer o petismo.

Fábio Júnior
Alguém viu alguma nota sobre o repertório do show de Fábio Júnior nos Estados Unidos? Alguém sabe pelo menos quantas pessoas pagaram para assistir? Alguma preocupação sobre a produção do espetáculo? Algum crítico especializado deu algum pio sobre Fábio Júnior nos Estados Unidos. Quando se concluir a derrocada da sua carreira? Nada na mídia.

Fábio Júnior II
A única notícia que invadiu a imprensa brasileira foi a de que Fábio Júnior esculhambou com Dilma, com o governo, com o PT. Pronto. É isso mesmo. O objetivo de Fábio Júnior era que o Brasil soubesse que ele não morreu, que ele estava fazendo um show nos Estados Unidos.

Fábio Júnior III
Nada. Em verdade, ninguém está ligando para Fábio Júnior. Decadente na mídia brasileira e um ilustre desconhecido no exterior. O discurso contra Dilma e o PT deve fazer parte do contrato para a Globo soltá-lo. Mas ainda acho que se alguém se queimou neste episódio, foi o próprio Fábio Júnior. Petista que se preza não vai mais aos seus shows, pois não vai pagar para assistir comícios do PSDB/DEM.

Nenhum comentário:

Postar um comentário