sábado, 19 de setembro de 2015

Sem sombra de dúvidas, um gesto histórico

O STF de tantos gestos rasteiros perante a história, precisou que chegasse à sua presidência um homem do porte de Ricardo Levandowski para tomar uma decisão capaz de contar com os nossos mais respeitosos aplausos. Falo do financiamento empresarial de campanhas políticas ali derrubado entre a quinta a sexta feiras, depois de arrancar o processo de debaixo das adiposas calipígias do asqueroso Gilmar Mendes depois deste apojar-se em cima por cerca de um ano e meio. A Câmara Federal tinha aprovado no susto como é do estilo de Eduardo Cunha, o símbolo da corrupção alimentada pelo financiamento empresarial de campanhas, sendo ele corrupto e corruptor com este dinheiro origem suja.  Claro que irá aumentar o Caixa 2, mas ficará bem mais fácil detectar. Basta comparar as volumosas campanhas o que irão às ruas e o dinheiro contabilizável. Olhar com cuidado os apoiamentos que acorrerão aos comitês e avaliar por quanto e não por que tantos vereadores, prefeitos, cabos eleitorais estão se achegando a determinados políticos. Há que atentar-se, porém para o imenso volume de recursos que passam sorrateiramente por baixo dos livros contábeis das campanhas. Não esqueçam de que existem várias etapas de compras de votos: A primeira delas é a compra “no atacado”, quando, por exemplo, um candidato a governador ou senador compra deputados e prefeitos, a segunda é a compra “em grosso” quando são negociados os apoios de vereadores e cabos eleitorais, incluindo-se aí os líderes comunitários que de comunitários não têm nada. E não falo dos líderes comunitários sérios, que aliás não são tantos quanto parecem ser. A terceira etapa de compra de votos é “no varejo”. É quando esses cabos eleitorais antes comprados através dos prefeitos e deputados que foram comprados nas fases de Grosso e Atacado, saem em domicílio, comprando de maneira planejada, sistemática, lenta, gradual e segura ao longo de todo o processo eleitoral votos de famílias ou individualmente. Depois a fase final, a quarta etapa, a compra “no queima”. A hora do desespero, do vale-tudo, do tudo ou nada. É quando um candidato precisa tirar uma diferença persistente nas pesquisas. Aí não tem medida. Raspam-se os tachos, o dinheiro tem que vir nem que seja da Caixa Prego, no quinto dos infernos, e a compra é feita, de preferência em forma de “recompra”. Será que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público eleitoral terão pernas e interesse em fazer valer a lisura dos pleitos diante de tantas chances para os bandidos que roubam para se eleger e se elegem para roubar? Não sei. Mas fico feliz que tenha uma lei proibindo que se receba o financiamento empresarial que, além de servir para comprar os votos, ainda serve para garantir os gordos dividendos de todos os propinodutos da Bolsa mercantil de futuros da roubalheira pré-datada que grassa e desgraça a nossa pátria na administração pública.

Mais segurança
Dilma Rousseff vai criar centros integrados de segurança em 15 capitais que se somarão aos 12 instalados nas cidades-sede da Copa do Mundo.

Audiência X Odiência
O Jornal Nacional ficou atrás de Os Dez Mandamentos durante cerca de meia hora anteontem (17). A audiência de William Bonner e Renata Vasconcellos foi inferior à de Chapa Quente (20,6) e Verdades Secretas (21,4). A Regra do Jogo cravou 23,5. É o brasileiro fugindo do ódio global.

Judicialização
A disputa pela Prefeitura Municipal de Mossoró, em 2018 já está a pleno vapor. Quase todos os possíveis candidatos e candidatas estão nas barras dos tribunais lutando pelo direito de lutar pelo voto. Rosalba, Cláudia, Fafá, Larissa e Silveira. Todos querem candidaturas de novo... De novo, mesmo, ninguém.

FotoLegenda
“O governo insistirá na ideia de recriar a CPMF usando o discurso de que outros países resolveram os problemas das contas públicas ao aumentar temporariamente a carga tributária. Exemplo: Reino Unido, Espanha, Portugal e Irlanda” é o que diz o jornalista Kennedy Alencar. A Inglaterra de David Cameron é um dos países que, após aplicar um duro ajuste fiscal, voltaram a crescer.

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