segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sabes em quem eles votaram?

Vez por outra encontro gente que tenta passar por inteligente e bem informada dizendo que já não existe esquerda nem direita. Encontro uma quantidade ainda maior dizendo que todo político é igual... Maior ainda é a quantidade que acredita que só tem corrupção no PT. E mais ainda, são os que acreditam piamente que a corrupção começou depois que o PT chegou ao governo. Ignorância pura, alienação política ou simplesmente dissimulação e mau-caratismo sem limites. O julgamento fica a critério, conforme os seus critérios e os seus valores. Acima de tudo, conforme os conhecimentos de política que cada um tem de fato. Um dado, porém, é importante para se saber qual o perfil de uma candidatura. Se de esquerda ou de direita, se a favor da elite ou defensora dos menos aquinhoados na sociedade brasileira, se de corruptos e corruptores ou se de um governo que mesmo a duras penas, tendo às vezes que cortar na própria carne, tem feito por onde combater a corrupção que se tornou sistêmica, bem antes de 2003. Pergunte-se ou pergunte a alguém em quem votaram os corruptores que estão sendo presos na operação Lava-Jato. Nem vou perguntar as campanhas que eles financiaram, pois com gente de todos os partidos, mesmo que a legislação atual que permitiu que 10 empresas poderosíssimas elegessem 70% dos seus financiados, é evidente que financiaram que os valores deem de 5 ou 10 reais para os partidos de direita por 1  ou zero real para os candidatos de esquerda. Perguntem em quem votaram os banqueiros. Sim. Eles os donos e executivos do Bradesco, do Santander, do HSBC, do Itaú. Dou um doce se algum deles tiver votado em Dilma. Reclamam que o PT viciou o povo com Bolsa-família e fazem de conta que esquecem que FHC deu, com o Proer, 64 bilhões de reais para salvar os bancos. Salvar não sei de quê, pois que eu saiba nenhum deles estava morrendo afogado. Perguntem-se em quem votaram os militares que cumpriram papeis de carrascos durante a ditadura militar. Bem como os torturadores, civis ou militares e as empresas que financiaram a ditadura. Alguém acha que algum deles votou em Dilma, a quem chama de terrorista, sem se perguntarem o que fazia o vice de Aécio quando era motorista de Carlos Marighela, o maior de todos os líderes da Luta armada, considerado pela direita como um dos maiores terroristas e pela esquerda como um dos maiores heróis do Brasil. Mas Aloysio Nunes mudou de lado. E a direita o aceita, como se seu passado guerrilheiro fosse um conto de fadas e o de Dilma, um pesadelo. Perguntem em quem votaram as seis famílias que dominam a mídia brasileira num processo de oligopolização que seria considerado um cartel ferir a economia se tratasse apenas de uma questão econômica, mas que é muito mais grave, pois oligopoliza a informação, a distorce e a manipula confundindo a opinião publicada com a opinião pública. E... Se quiserem. Perguntem quais as siglas que mais políticos possuem registrados nos anais da lei da Ficha Suja. E vocês verão que os dos PSDB e do DEM, do primeiro e do terceiro lugares, votaram no candidato próprio, Aécio Moreira e os do PMDB, o segundo do ranking da corrupção, traíram o candidato a vice de Dilma, o doutor Michel Temer, e na maior cara de pau, votaram em Aécio Neves. Respondendo a estas modestas perguntas, dá para começar a se imaginar quem é de direita e tem corrupção no DNA.

FotoLegenda
Chegará a Mossoró o projeto da Camerata de Vozes do RN, em parceria com a Petrobras, que tem como valor essencial o compromisso com a qualidade da educação para o desenvolvimento humano de crianças, adolescentes e adultos. O objetivo, através de concertos didáticos, em teatros ou auditórios, para alunos das escolas da rede pública, é levar música de qualidade e apresentar diferentes opções musicais, do erudito ao popular, do regional ao folclórico, e assim, fomentar a música e contribuir com a formação, qualificação e aumento de um público que entenda arte não somente como instrumento de apreciação estética, mas também de transformação. Próxima sexta-feira em Mossoró, no IFRN.

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