Todos estão cansados de saber que a posição do Rio Grande do Norte, postado na esquina do continente, é das mais privilegiadas do mundo, tanto para o Turismo quanto para as relações comerciais e no que se refere aos transportes aéreo e marítimo. Estamos próximos da África, Europa e Caribe com seu estratégico Canal do Panamá e até do futuro Canal da Nicarágua. Quanto à nossa proximidade da Europa e da África só foi deveras aproveitada para fins militares, na Segunda Guerra Mundial. Foi só quando nos viram como “trampolim”. Nos últimos dias estivemos envolvidos numa importante disputa comercial e turística. A TAM mexeu com as nossas classes dirigentes nas áreas pública e privada, quando pôs em disputa o chamado “hub” aeroportuário, um centro de distribuição de voos e cargas, tendo até quem enxergasse na grandeza do projeto, inclusive, a primeira semente de uma área de livre comércio na área metropolitana de Natal, ao lado do aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. Na disputa com Fortaleza e Recife perdemos porque precisávamos de um investimento em infraestrutura, da ordem de 1,5 bilhão de dólares, algo equivalente a 2,5 vezes o que se investiu no dito aeroporto. Ao que tudo indica já está definido. O “hub” vai para fortaleza. Falta de infraestrutura foi também o motivo pelo qual perdemos a refinaria para Pernambuco. Nada de bairrismo de Lula, por ser pernambucano. E ainda batemos cabeça, querendo ter a certeza de que estaremos contemplados pela Ferrovia Norte-Sul... A nossa chamada classe política tem se revelado medíocre, quando se trata de pensar o estado estrategicamente. Quase ninguém pensa para além da próxima eleição. O fato de termos alguns políticos com destaque nacional, não nos tem somado nada. Garibaldi e Antonio Patriota ministros, Zé Agripino vedete da oposição, Henrique no ministério. Ainda estamos por ver em que isso pode ajudar nosso estado a deixar de “piotário”, uma mistura sórdida de pioneiro com otário... A chegada de Henrique ao Ministério do Turismo é apenas mais um exemplo. Há poucos dias tivemos uma polêmica porque ele causou calafrios no trade turístico por querer trazer os cruzeiros argentinos para Natal. Navios que já têm hotel, restaurante e eventos a bordo. Natal seria apenas um “modelo” ou “uma noiva vestida de sol”, a ser fotografada... Coisa de quem não entende patavina, do ramo. Agora essa outra cacetada. Henrique no ministério parece que caminha para inverter a lógica do dito popular, ficando. “Ruim sem ele, pior com ele”. Parece que estávamos melhor quando Henrique estava atuando no turismo, mas não o estávamos aturando no Ministério.
Correio da má notícia
O faturamento do setor de máquinas e equipamentos no Brasil cresceu 16,8% em março. Alguma nota na mídia? Claro que não. Só tem espaço para notícia ruim. E quando não tem nada errado a acusar, a mídia “levanta falso testemunho e prova”, como dizia o amigo Uziel Santiago.
Tráfico
Ronaldo, que já foi chamado de “fenômeno” transformou-se num fenomenal engodo. Alvo do FBI na investigação que apura corrupção no futebol mundial, o empresário brasileiro José Hawilla é sócio de Ronaldo, no Fort Lauderdale Strikers, time da segunda divisão do futebol norte-americano. Hawilla é dono da Traffic, empresa de marketing esportivo, e foi quem atraiu Ronaldo para os Estados Unidos, onde a Justiça determinou ontem a prisão de sete cartolas do futebol mundial em Zurique, na Suíça, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin. A Traffic negocia direitos de transmissões de TV e publicidade de grandes eventos. O empresário brasileiro é réu confesso na investigação e aceitou pagar US$ 151 milhões em um acordo. Ele também é fundador da TV TEM, afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo. A tradução de Traffic, seria tráfico?
FotoLegenda
Depois dos lançamentos de grande sucesso do projeto nas Ondas da Leitura, em Grossos, na semana passada e anteontem, em Guamaré, a Editora IMEPH que publica os nossos livros e os do poeta Antonio Francisco lançou também com grande sucesso, o livro “Ronaldo Cunha Lima – Um nordestino de todo canto”, de autoria do seu primo Diógenes da Cunha Lima, presidente da Academia Norte-rio-grandense de letras. Hoje o lançamento será em Campina Grande. Estaremos lá, prestigiando, como dizia o saudoso William Gurgel.
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