sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O ovo da serpente eclode...

Sinceramente, não vejo em Aécio Neves pendores nazistas. Nele, reconheço inúmeros outros defeitos que descredenciam seu perfil para galgar a presidência da República de um país que já se estabeleceu como sexta economia do mundo e que já goza de conceito internacional como nação que acertou o passo e segue para tornar presente sua eterna promessa de “País do Futuro”. Não vejo, portanto, Aécio, com o perfil de um Hitler, de um Mussolini ou, se queremos chafurdar na lama do “patropi”, de um Plínio Salgado ou coisa que o valha. Admito que ele tem um perfil democrata. Com desvios graves, mas tem. É o caso da censura ferrenha à imprensa que não lhe bajula em Minas, a mania coronelística de boicotar CPIs e fortes pendores e atos voltados para a corrupção, além de uma reconhecida irresponsabilidade que chega a ser incompatível com a liturgia do cargo. Enfim, não tem estofo para tanto. Como dizia o mestre Rui Pereira: Não tem dimensão para o cargo. Mas, chamá-lo de nazifascista pode ser uma dose exacerbada de crítica em véspera de eleição. Entretanto, o que se vê é a formação perigosa de um caldo de cultura nazifascista em torno da sua campanha. Até que ponto é do seu conhecimento ou está sob seu controle, não me perguntem. Acho que José Serra em 2010, mesmo não sendo também nazista ou fascista, tinha consciência de que estava despertando as forças das trevas a serviço do seu desejo incontido, da sua obsessão de chegar à Presidência da República. Vou falar aqui de seis casos emblemáticos, ou, como dizem os mais sabidos, prototípicos, de que a campanha de Aécio Neves neste segundo turno está tomando foros de caldeirão nazistoide: 1. Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, intelectual, reconhecidamente um homem educado e de tato fino abriu uma onda de ódio ao Nordeste ao chamar os eleitores nordestinos de desinformados; 2. Aecistas na internet pregam câmara de gás e bomba atômica no Nordeste para matar eleitores de Dilma; 3. Há poucos meses, um policial federal exibiu uma foto de um alvo feito de madeira com retrato de Dilma perfurado por mais de duzentas balas da sua prática de tiro ao alvo; 4. O ator e poeta Gregório Duvivier, desde que escreveu um artigo declarando voto em Dilma, tem sido agredido duramente na internet, chegando mesmo a ser agredido verbalmente num Restaurante do Leblon, onde Aécio praticamente mora; 5. O ator Dado Dolabella, que é reconhecidamente “dado” a bater em mulheres, mesmo sendo colega de Duvivier, comparou-o com um “marginal” ou com um “infectado de ebola” por votar em Dilma; 6. Em Natal, mulheres militantes do PT que iam fazer panfletagem tiveram carro trancado por caminhonete de luxo e foram agredidas verbalmente de forma extremamente grosseira por votarem em Dilma. E muitos outros poderiam ser listados, pois estão acontecendo a toda hora e por todo canto. No começo da formação do ambiente fascista que levou Mussolini ao poder na Itália maravilhosa e da ebulição nazista que arrebatou a Alemanha civilizada para o ódio e a guerra total, as coisas se davam desse jeito, ou como se costuma dizer: “Nesse nível”. Se isso prospera, o “Hitler” e o “Mussolini” serão construídos no processo de acirramento do ódio. Os “aécios” da vida vão para lata do lixo da História e os verdadeiros líderes dessa ideologia assumem o protagonismo...

Violência à mulher
Aécio foi acusado por Juca Kfouri de ter nocauteado com um soco a namorada Letícia Weber, modelo de 24 anos, durante uma balada da noite carioca, no Hotel Fasano durante evento de moda promovido pela Kelvin Klein. Agora recebe apoio agressivo do ator Dado Dolabella, acusado de agressões às ex-namoradas Luana Piovani, Eliza Joenck e Viviane Sarahyba. Ele também já foi indiciado por uso de drogas ilícitas. Outro que sempre posou com Aécio até mesmo em recebimento de medalhas pela Minas Gerais, é o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, que tem Boletim de ocorrência numa delegacia de Brasília por ter agredido fisicamente a ex-esposa.

Trairagem
Quem não deve estar muito feliz com o candidato Henrique Eduardo Alves é seu líder no PMDB, Michel temer, vice-presidente da República e candidato à reeleição na chapa liderada por Dilma Rousseff. Os amigos de Henrique no Rio Grande do Norte, com raras exceções abandonaram por completo a chapa Dilma/Temer. Ao tornar-se o espaço da campanha de Aécio no RN, a campanha de Henrique acaba sendo o suporte de onde se tenta derrotar Michel temer, pois o vice de Aécio se chama Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB e não Michel Temer, do PMDB.

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