quarta-feira, 17 de junho de 2015

Dilma vira o jogo, usando da estratégia de Muhammad Ali

Marcos Donisetti escreveu uma análise muito abalizada sobre o atual round da luta entre Dilma e os seus desafiantes em busca do “cinturão presidencial” em terceiro turno e do prêmio do Pré-sal para seus patrocinadores estrangeiros. Ela cita Luís Nassif em sua observação extremamente interessante a respeito da estratégia política adotada pela presidenta Dilma no início do seu segundo mandato. Tal como fez Muhammad Ali na luta contra George Foreman, travada no Zaire, em 1974, Dilma deixou a oposição ficar dando bordoadas por um bom tempo em seu governo. Lembro desta luta. Eu já tinha meus dezoito anos e me lembro da situação hilária de Foreman socando o vento até cansar, pois aonde seus poderosos punhos chegavam no rosto, tórax ou a cintura de Muhammad Ali, à época ainda respondendo por seu nome original, Cassius Clay, já tinha saído na velocidade de um raio. A comparação de Nassif é absolutamente perfeita. Há dias, mídia, tucanos e coxinhas gastam chumbo sem saber onde está o alvo. O mergulho de Dilma foi perfeito. E quando o discurso oposicionista radical se esgotou, caindo no vazio, Dilma contra-atacou, tomando medidas de estímulo à economia: Plano Safra, Concessões de Infraestrutura, Captação de investimentos estrangeiros, como os aportes chineses que estão chegando, entre outras que virão pela frente, visando retomar o processo de crescimento econômico. Agora, a oposição não tem mais o que dizer. O último ato de rua juntou gatos pingados. Tanto isso é verdade que essa postura agressiva já está sendo alterada e o PSDB tenta, a duras penas, encontrar um discurso propositivo, algo que nunca fez, de fato, nem mesmo na campanha eleitoral de 2014. Afinal, alguém se lembra de alguma proposta feita pelo candidato tucano à Presidência da República no ano passado, durante a campanha eleitoral? Qual? Não teve nenhuma. Ele simplesmente limitou-se a distribuir bordoadas no governo Dilma e, agora, em 2015, continuou com a mesma postura, levando junto os seus eleitores, frustrados com a quarta derrota consecutiva para um candidato do PT em uma eleição presidencial. Continuemos nas Notas Curtas:

O jogo agora é outro
De agora em diante, com a ideia do impeachment já tendo ido para o buraco, não restará à oposição senão apresentar propostas alternativas de governo. Com isso, o governo Dilma é que irá, daqui em diante, pautar o debate para encontrar soluções para os problemas do país, pois caso o PSDB apresente propostas, elas terão que se contrapor ao que o Governo Federal estará fazendo.

Tática correta
Assim, justifica-se a postura de Dilma, que foi muito criticada nos primeiros meses de governo, de não confrontar a oposição incluindo aqui a Grande Mídia, que é o maior partido de direita troglodita do país, o já famoso PIG, quando esta ainda falava de impeachment e fazia duras críticas, e de não fazer o discurso de 1.º de maio pela TV, mas por meio das redes sociais. Com isso, o governo Dilma deixou a oposição falando sozinha. 

Dilma agora tem a iniciativa
E a partir de agora, o governo Dilma é que poderá tomar a iniciativa, pois terá mais 3 anos e 6 meses para colocar a “casa em ordem”, sem correr o risco de sofrer qualquer ameaça de impeachment. Enquanto isso, Lula, candidatíssimo e solto na buraqueira, corre o País e o estrangeiro acumulando palmas, medalhas e diplomas.

FotoLegenda
A oposição, com especialidade a trupe tucana, está sempre a cuspir no prato onde comeu. Tudo o que faz, critica quando vê o mesmo ser feito por governos petistas. Em poucas pinceladas, podemos lembrar alguns pontos cruciais dos retrocessos tucanos: 1. Criou a reeleição e agora tenta derrubá-la; 2. Criou a CPMF e derrubou-a; 3. Aprovou o aborto por justificativa de ordem médica e usou cinicamente este argumento contra o PT; 4. Começou a trazer médicos cubanos quando Serra era ministro e agora se esgoelou contra o Programa Mais Médicos; 5. Emprestou dinheiro a empresas brasileiras que trabalham em Cuba e criticou a mesma atitude no governo petista como se tivesse sido cometido um grave crime. Enfim. Essa oposição sem rumo e sem prumo é a maior crítica dos seus poucos acertos. Outra molecagem da oposição cretina é a crítica desonesta ao apoio dado por governos petistas às paradas gays. As fotos abaixo mostram que esta é uma prática tradicional do PSDB também e não apenas do PT e demais partidos no poder. E acontece há exatamente dezenove anos. O governo paulista, desde Mário Covas, passando por Serra e pelos dois governos de Geraldo Alckmin, sempre apoiou a primeira e maior Parada Gay do Brasil, que é a de São Paulo, uma das maiores do mundo.

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