Está no Diário do Nordeste de anteontem o afastamento de uma juíza da vizinha comarca de Aracati (CE) por ter, provavelmente, favorecido um rico carcinicultor em detrimento de pequenos pescadores pobres. Nesta briga do rico contra o pobre a imensa maioria dos julgamentos acaba, quase sempre, com um happy end para o lado mais forte. Foi na Justiça do Trabalho que tivemos um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil envolvendo pelo menos um juiz, o famoso Nicolau dos Santos Neto, que chegou a roubar cerca de R$ 100 milhões da construção de um fórum. O escândalo carimbou-lhe o apelido nada lisonjeiro de “Nicolau Lalau”. Um juiz de longos cabelos brancos, que agora me falha o nome, também ocupou as capas das revistas semanais por ter desviado R$ 140 milhões. Já faz um tempinho, mas ainda está em nossas lembranças um juiz de nome Percival não sei das quantas, que matou um jardineiro, apenas para exercitar a sua prepotência e estupidez desumana. E mais recentemente tivemos um juiz que acionou uma funcionária do Detran do Rio de Janeiro a pagar uma multa de R$ 5 mil porque lhe multou, quando ele estava ferindo a lei. E os coleguinhas deram-lhe, de presente, a sentença condenatória contra a moça. Um dia desses vimos o espetáculo deprimente de um juiz a desfilar, bossista, vidro fumê abaixado para dar na vista mesmo, em um carro sequestrado de Eike Batista, além de ter roubado dinheiro recolhido de quem tinha ferido a lei. Será que o “marginal”, desculpem, “o magistrado”, achou por bem seguir o adágio “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”? Aqui no nosso Estado, tivemos os exemplos nada exemplares dos desembargadores, presidentes do Tribunal de Justiça, Rafael Godeiro e Oswaldo Cruz formando quadrilha com uma tal Carla Ubarana para surrupiar a grana dos precatórios, sem a menor precaução. Milhões... E, comenta-se, é porque resolveram não mexer na venda sentenças. E o que dizer de Joaquim Barbosa que, para além de ser conhecido como “juiz coiceiro”, ainda é acusado de ter comprado apartamento em Miami por dez dólares, em nome de empresa uma fantasma, com sede em prédio público de Brasília, de ter recebido auxílio-paletó onde não mais trabalhava, de ter auferido salários por meses onde não dava mais aulas, de ter empregado um filho na Rede Globo na base do “jeitinho” e de ter gastado 90 mil reais para reformar banheiros no prédio onde morava às nossas custas. E agora, o dr. Sérgio Moro que se apresenta como o mais novo paladino da Justiça. Mas o que se diz dele é suficiente para fazê-lo mudar da posição de juiz para a de réu. Afora as acusações de que a esposa trabalha para o PSDB e para a Shell, concorrentes do PT e da Petrobras, alvos da sua sanha demolidora. E ainda tem uma velha história sobre sua atuação no escândalo do Banestado ao lado do mesmo doleiro Yousseff com quem faz dobradinha numa cornucópia de acusações que só vazam quando são contra o PT. Aqui no nosso pedaço temos um exemplo muito triste. A eleição de 2012 para prefeito de Serra do Mel que foi tomada de Manuel Cândido, do PT, para entregar a um grupo que só de janeiro para cá, já torrou, sem que explique em que, nada menos que R$ 15 milhões. Como Martin Luther King, “Eu tenho um sonho”. Sonho com o dia em que meus netos possam ter a certeza de que os juízes existem para fazer cumprir a lei e não para desobedecê-la, para nos proteger dos bandidos e não para sê-los. Se bem que há muitos deles que praticam a Justiça. E creio que são maioria. A esses, fica o registro do elogio do colunista. Aos outros, o que posso desejar como cidadão que paga seus gordos salários e a conta da corrupção que praticam, desejo o lugar para onde eles mandam os poucos acusados que não lhes dão propinas.
A marcha da insensatez
Primeiro, as tantas manifestações raivosas, onde os que foram às ruas protestar erguiam bandeiras politicamente inescrupulosas, como: “Intervenção Militar”, “Ditadura”, “Tiro na cabeça do PT”, “Morte à presidenta Dilma e sua família”, “Intervenção dos Estados Unidos”, “Fora Paulo Freire” e, pasmem: “Sonegação não é corrupção”. Eis que de repente, mais que uma ducha de água fria, uma correnteza está passando pelo País inteiro e até lá fora, para esfriar os ânimos mais exaltados, pondo um freio na estupidez e na irresponsabilidade política de gente como José Agripino, o senador “Rabo de Palha”, Ronaldo Caiado, “O truculento”, Aloysio Nunes Ferreira, “O Boca Suja”, Mendonça Filho, “O Boquirroto”, Roberto Freire, “O Quinta Coluna” e outros desta laia, que agem à base do “não quero nem saber quem tocou fogo no mar, pois quero mesmo é comer peixe assado”.
Primeiro, as tantas manifestações raivosas, onde os que foram às ruas protestar erguiam bandeiras politicamente inescrupulosas, como: “Intervenção Militar”, “Ditadura”, “Tiro na cabeça do PT”, “Morte à presidenta Dilma e sua família”, “Intervenção dos Estados Unidos”, “Fora Paulo Freire” e, pasmem: “Sonegação não é corrupção”. Eis que de repente, mais que uma ducha de água fria, uma correnteza está passando pelo País inteiro e até lá fora, para esfriar os ânimos mais exaltados, pondo um freio na estupidez e na irresponsabilidade política de gente como José Agripino, o senador “Rabo de Palha”, Ronaldo Caiado, “O truculento”, Aloysio Nunes Ferreira, “O Boca Suja”, Mendonça Filho, “O Boquirroto”, Roberto Freire, “O Quinta Coluna” e outros desta laia, que agem à base do “não quero nem saber quem tocou fogo no mar, pois quero mesmo é comer peixe assado”.
O coro da sensatez
Começou com Geraldo Alckmin, que encontrou abrigo no Palácio do Planalto para sua luta contra a falta d’água em São Paulo. Dilma recebeu-o com postura republicana e pôs a solução do problema acima das questiúnculas partidárias. E em nome da certeza de que “água não tem cor”, concedeu-lhe verbas para resolver a parada. Ele deu declarações equilibradas sobre a necessidade de manter a estabilidade política e administrativa. Depois foi Marconi Perillo, em Goiás, que recebeu Dilma com tapete vermelho e mostrou a Ronaldo Sepulcro Caiado que política se faz com diplomacia e não com truculência. Agora dois próceres do PSDB, ícone da oposição e dois do PMDB, partido aliado e condômino do poder presidencial, deram suas declarações contra essa estultícia de “brincar de impeachment”.
Começou com Geraldo Alckmin, que encontrou abrigo no Palácio do Planalto para sua luta contra a falta d’água em São Paulo. Dilma recebeu-o com postura republicana e pôs a solução do problema acima das questiúnculas partidárias. E em nome da certeza de que “água não tem cor”, concedeu-lhe verbas para resolver a parada. Ele deu declarações equilibradas sobre a necessidade de manter a estabilidade política e administrativa. Depois foi Marconi Perillo, em Goiás, que recebeu Dilma com tapete vermelho e mostrou a Ronaldo Sepulcro Caiado que política se faz com diplomacia e não com truculência. Agora dois próceres do PSDB, ícone da oposição e dois do PMDB, partido aliado e condômino do poder presidencial, deram suas declarações contra essa estultícia de “brincar de impeachment”.
De fora para dentro
Para acabar de calar os “Coxinhas”, falou Barack Obama, presidente do país que eles querem que venha intervir com a IV Frota para apoiar mais um golpe militar no Brasil. Disse Obama que “O governo Dilma é um exemplo para o mundo, no combate à corrupção”. Foi tão incisivo que Dilma aceitou visitar seu País em junho próximo, coisa que vinha rejeitando desde que se descobriu a espionagem.
Para acabar de calar os “Coxinhas”, falou Barack Obama, presidente do país que eles querem que venha intervir com a IV Frota para apoiar mais um golpe militar no Brasil. Disse Obama que “O governo Dilma é um exemplo para o mundo, no combate à corrupção”. Foi tão incisivo que Dilma aceitou visitar seu País em junho próximo, coisa que vinha rejeitando desde que se descobriu a espionagem.
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